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A racionalidade genética no pensamento evolutivo

A hereditariedade e a variação biológica são centrais para a evolução biológica. Apesar das diferentes abordagens sobre esse tema, sempre se mostra recorrente no discurso de cientistas, filósofos, historiadores e sociólogos da ciência a problematização do genecentrismo. Desse modo, uma questão relevante é entender o lugar do genecentrismo no pensamento evolutivo - é preciso perguntar como e por que esse tema tem sido problematizado de uma determinada maneira. Essa dissertação tem como objetivo principal, portanto, procurar as condições históricas que possibilitaram a organização do genecentrismo no pensamento evolutivo. A principal ideia defendida nesse estudo é de que a constituição do genecentrismo, e seu lugar central na teoria evolutiva, foram possibilitados pela emergência da racionalidade genética e pela construção de uma identidade genética intrínseca no início do século XX. A partir de evidências históricas, defendo também que a emergência da racionalidade genética permitiu enunciar muitas proposições novas, formando saberes e produzindo discursos, como a demonstração da seleção natural e uma síntese teórica da evolução biológica. Mas também a partir dela se operou “constrições” no conhecimento evolutivo, como a exclusão da Embriologia e a diminuição da importância de fatores ontogenéticos e ambientais. / Heredity and variation are central focus of evolutionary studies. Despite the different approaches to heredity and evolution, the gene-centered version of evolution is a central theme in the discourse of philosophers, historians and sociologists of science. Thereby, my aim here is to understand the place of gene-centered view in the evolutionary thought and to trace the historical conditions of possibility which set up this discourse. The main idea of this dissertation is that the origin of gene-centered view of evolution was made possible by the emergence of genetic rationality and the creation of ‘genetic identity’ at the turn of the twentieth century. Historical evidence is presented to support that the emergence of genetic rationality allowed new propositions to be made, forming knowledge and producing discourse in the evolutionary theory, as the demonstration of natural selection and a theoretical synthesis. But also from the genetic rationality there are effects of “evolutionary constriction", as the exclusion of Embryology from the Evolutionary Synthesis and the decrease importance of ontogenetic and environmental factors.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/131948
Date January 2015
CreatorsAraujo, Leonardo Augusto Luvison
ContributorsAraujo, Aldo Mellender de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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