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Passagens e novas fronteiras dos abates: o Matadouro Municipal de Ponta Grossa e a historicidade dos espaços de matança animal centralizada

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Previous issue date: 2015-04-14 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Still lacking specific studies in the Human Sciences, the history of the slaughterhouses integrates the analysis of a production chain from the breeding, their transport, death, industrialization, to the sale and consumption of meat. This human consumption of meat is historically linked to the questioning of how the human species is related not only with other animal species, but also with the spaces where they live and on the constitution of their cultures. For the most part of the of the 19th century, the killing of animals for human consumption was performed without fiscalization and in a way that today we might call precarious. It is during that period that concerns regarding racionalization and modernization of the urban environments are emerging. Increasing government intervention in the social dynamics involved the review of several aspects that concerned the different meat production of moments such as: the condition of creation and death of cattle, new demands about the hygiene of the slaughterhouses, need for centralization, municipalization and inspection of the slaughters; the disciplining of the butchers; and the gradual displacement of the slaughterhouses away from the urban space and vision of the population leading to progressive fading of ethical concerns about the animal death. To build a work to analyse this process of transformations of slaughterhouses and the historicity of animal death for human consumption, it was built a narrative around the specific case of the city of Ponta Grossa/PR. Thus, an investigation was carried in documents that deal with the subject, like minutes of the city council, newspaper excerpts, official publication of the city, posture codes and period images. The public debate surrounding the construction of the municipal slaughterhouse in 1888 and its subsequent shift to the city outskirts in the mid-1930 are examples of a broader movement of the control about the food supplies in urban contexts. Therefore, we seek with this work not only contribute to building a possible history of the slaughterhouses and the historicity of its process, but also increase a historiographical discussion of a practice that directly involves the interface between human societies and nature, ie the meat consumption. / Ainda carente de estudos específicos no campo das Ciências Humanas, a história dos matadouros integra a análise de uma cadeia produtiva que vai desde a criação de animais, seu transporte, a morte, a industrialização, até a venda e o consumo da carne. Esse consumo humano de carne está historicamente ligado à problematização de como a espécie humana se relaciona não só com outras espécies animais, mas também com os espaços onde habita e na constituição de suas culturas. Por boa parte do século XIX a morte de animais para o consumo humano era realizada sem fiscalização e de uma forma que hoje poderíamos chamar de precária. É durante esse mesmo período que começam a emergir preocupações em relação à racionalização e à modernização dos espaços urbanos. Uma intervenção cada vez maior dos poderes públicos na dinâmica social implicou a revisão de vários aspectos que diziam respeito aos diferentes momentos da produção da carne tais como: as condições de criação e morte das reses; novas demandas sobre a higienização dos locais de matança; necessidade de centralização, municipalização e fiscalização dos abates; a disciplinarização do trabalho dos abatedores; e o gradual deslocamento dos matadouros para longe do espaço urbano e da visão da população que levou a progressivo um esmaecimento de preocupações éticas sobre a morte animal. Para construir um trabalho que analise esses processos de transformação dos matadouros e da historicidade da matança animal para o consumo humano, foi tecida uma narrativa em torno do caso específico da cidade de Ponta Grossa/PR. Assim, foi realizada uma investigação de documentos que versam sobre o tema em atas da câmara de vereadores, trechos de jornais, publicações oficiais da prefeitura, códigos de postura e imagens de época. Os debates públicos que envolveram a construção do matadouro municipal em 1888 e o seu posterior deslocamento para a periferia da cidade em meados da década de 1930 são exemplares de um movimento mais amplo sobre o controle da produção e circulação dos suprimentos alimentícios nos contextos urbanos. Logo, busca-se com o presente trabalho não só contribuir na construção de uma história dos matadouros e da historicidade de seus processos, mas também incrementar uma discussão historiográfica sobre uma prática que envolve diretamente a interface entre sociedades humanas e natureza, ou seja, o consumo de carne.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.uepg.br:prefix/368
Date14 April 2015
CreatorsRocha, Lucas Vinicius Erichsen da
ContributorsCarvalho, Alessandra Izabel de, Brannstrom, Christian, Benatte, Antonio Paulo, Pádua, José Augusto
PublisherUNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA, Programa de Pós Graduação em História, UEPG, BR, História, Cultura e Identidades
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG, instname:Universidade Estadual de Ponta Grossa, instacron:UEPG
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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