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Práticas de resistência : educação e ensino de língua em escola de assentamento

Cette thèse de Doctorat dont le thème est Práticas de Resistence: éducation et enseignement de la langue dans l'école de l'assentamento a pour but général observer si l‘enseignement de la Langue Portugaise constitue à des formes matérielles de la résistance, dans le processus de lutte du Mouvement des Travailleurs Sans Terre - MST, à l‘école E.E.C. Iraci Salete Strozak, du ―Assentamento‖ (terre conquise) Marco Freire, située à la ville de Rio Bonito do Iguaçu, au département du Paraná/ Brésil. Le corpus de l‘analyse s‘est constitué des observations de l‘assentamento, des entretiens réalisés avec les professeurs, l‘observation de la classe dela Langue Portugaise dans l‘école elementaire, ainsi que le recueil de productions écrites et de matériaux didactiques. De ce fait, l‘investigation s‘organise d‘abord autour des bases philosophiques de l‘Éducation construites par le Mouvement des Travailleurs Sans Terre. De cette information, ce sont identifiées les conceptions de langue imprégnant les cours de Langue Portugaise au sein du Mouvement. Ensuite, comment cette (ces) conception (s) de langue présenté (es) par les professeurs entraînent la mise en oeuvre des cours de Langue Portugaise. En considérant la composition des objectifs, la recherche soutient un dialogue avec deux chemins théoriques: i) les apports soviétiques à propos de langue/langage, ayant le processus dialectique de la pensée comme référence épistémologique; et ii) les études discursives de Pêcheux (2009, 2010). Afin d‘étudier la question da la langue en tant que matérialité de résistance face aux forces hégémoniques, à l‘origine d‘un projet d‘éducation de l‘infrastructure, il faut considérer aussi le MST en tant que Formation Idéologique (Suite)Pour entreprendre cette affaire, on choisit tisser les liens avec les écrits d‘Althusser (1999), Idéologie et Appareils Idéologiques d‟État, afin d‘analyser la construction d‘appareils qui ne réponderaient ni à l‘État ni à la superstructure, bien au contraire des appareils provenant d‘une Formation Idéologique construite et organisée dans l‘infrastructure, capables de faire opposition aux appareils idéologiques d‘État. Dans le but de comprendre comment l‘infrastructure pourrait être capable d‘organiser des appareils idéologiques, on réalise la lecture du MST comme événement qui réorganise, au moyen de la lutte pour la terre, la discursivité sur l‘éducation et la langue, ayant comme fondement philosophique les savoirs du mouvement révolutionnaire russe, notamment l‘organisation de la paysannerie et l‘alliance avec les ouvriers, ce qui aboutit à la Révolution de 1917. La réorganisation du système éducatif et leurs penseurs tels que Pistrak, Makarenko et Krupskaya constituent les fondements théoriques de l‘organisation de l‘École du MST. C‘est la raison pour laquelle cette étude parcourt la Révolution Russe, les savoirs à propos de l‘éducation dans le contexte post-révolution, les réflexions sur langue/langage des philosophes soviétiques Bakhtin et Volochinov, et les questions de l‘écriture de l‘Histoire pour y dégager le lieu de l‘événement. Une fois qu‘on aura compris les savoirs et les pratiques du MST en tant que geste de résistance et de rupture aux pratiques capitalistes, une approche historique y aura lieu, en tenant compte du parcours des masses sociales selon Veyne (1998), dans Comment on écrit l‟histoire, et tel que Foucault (2005), dans L‟Archéologie du Savoir, s‘occupe des rapports de l‘Histoire de manière non-linéaire et par des procédés dispersifs. / Este estudo realizado sobre o tema: Práticas de Resistência: educação e ensino de língua em escola de assentamento tem por finalidade observar se o ensino de Língua Portuguesa se constitui em uma das formas materiais da resistência, no processo de luta do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, na E.E.C Iraci Salete Strozak Salete Strozak, do Assentamento Marco Freire, localizada na cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná. O corpus de análise é constituído das observações realizadas no assentamento, de conversas realizadas com os(as) educadores(as). Além de observação das aulas de Língua Portuguesa, no Ensino Fundamental II, bem como o recolhimento de produções escritas e de materiais didáticos. Dessa forma, a investigação organiza-se em torno de quais são as bases filosóficas sobre a Educação construídas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. A partir dessa informação, serão identificados quais as concepções de língua que perpassam as aulas de Língua Portuguesa dentro do movimento e, por fim, como a reflexão sobre língua apresentada pelos professores(as) se produz como prática nas aulas de Língua Portuguesa. Considerando a composição de nossos objetivos, a abordagem teórica teve como principal eixo articulador os estudos soviéticos sobre a língua(gem), de base materialista, concatenados com os estudos discursivos de Pêcheux (2009, 2010) Para abordarmos a questão da língua como materialidade de resistência às forças hegemônicas, dentro de um projeto educacional da infraestrutura é preciso considerar, também, o MST como uma Formação Ideológica. Para realizar essa reflexão, percorremos os escritos de Althusser (1999), Aparelhos Ideológicos do Estado, para tecer a construção de aparelhos ideológicos que não respondessem ao Estado e à superestrutura, mas sim, aparelhos organizados a partir de uma Formação Ideológica construída e organizada na infraestrutura, capazes de antagonizar com os aparelhos ideológicos do Estado. Para compreendermos como a infraestrutura poderia ser capaz de organizar aparelhos ideológicos, fizemos também a leitura de como o MST emerge como acontecimento que reorganiza, a partir da luta pela terra, a discursividade sobre a educação e a língua, tendo como base filosófica os saberes contidos no movimento revolucionário russo, especialmente, a organização do campesinato e a aliança com os operários que culminou na Revolução de 1917. A reorganização do sistema educacional soviético e seus pensadores como Pistrak, Makarenko e Krupskaya, são a base teórica da organização da Escola do MST Assim, nossa leitura percorre a Revolução Russa; os saberes sobre educação no período pós-revolucionário; as reflexões sobre língua(gem) dos filósofos soviéticos Bakhtin e Volochinov; as questões de escrita da História para pensar o lugar do acontecimento. E como trabalharemos os saberes e práticas do MST como um gesto de resistência e ruptura às práticas capitalistas, precisamos também de uma abordagem histórica que considere o percurso das massas sociais conforme Veyne (1998) em A escrita da História, bem como no modo como Foucault (2005), em Arqueologia do Saber, trata o funcionamento da História de forma deslinearizada e marcada pelos processos dispersivos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/172389
Date January 2017
CreatorsVedovato, Luciana
ContributorsZandwais, Ana
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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