[pt] São muitas as análises sobre a política externa dos Estados Unidos, mas
dentre todas elas destaca-se um tipo específico que utiliza a distinção entre
políticas realistas e idealistas para caracterizá-la. A presente dissertação dialoga
com esse tipo de análise da política externa do país, fornecendo uma alternativa
para essa interpretação bipartida entre realismo e idealismo. Resgatando o
conceito da tradição política liberal nos Estados Unidos, desenvolvido pela
primeira vez pelos adeptos do paradigma da história consensual da década de 50,
esta pesquisa identifica as influências dessa tradição liberal na política externa.
Segundo a idéia de tradição liberal, a grande característica da política nos Estados
Unidos é a ausência de uma tradição conservadora; os valores liberais estão
completamente difundidos e impregnados no pensamento político do país. O
maior reflexo desse fato na política externa é a capacidade dos Estados Unidos de
projetarem seus interesses e valores particulares como universais. Tal
característica se sobrepõe à suposta divisão da política externa em vertentes
realistas e idealistas. Assim, a pesquisa se desenvolve analisando as relações
existentes entre as análises de política externa que se utilizam dessa distinção
entre realismo e idealismo e a tradição liberal, em dois momentos específicos: no
fim da Segunda Guerra Mundial, período em que essas análises começam a se
disseminar, e no pós-Guerra Fria. / [en] There are a great number of analyses on United States
foreign policy, but
among all of them there is a specific kind that uses a
distinction between realist
and idealist polices to classify it. The present
dissertation engages itself with this
specific kind of analysis, proposing an alternative to this
realist-idealist
interpretation. Recalling the concept of the liberal
tradition of the United States,
first developed by the followers of the consensus history
paradigm during the
decade of 50, this work identifies the influences of this
liberal tradition on United
States foreign policy. In accordance with the argument of
the liberal tradition, the
major characteristic of politics in the United States is
the absence of a
conservative tradition; the liberal values are completely
embedded on the political
thought of the country. The great reflex of this fact on
foreign policy is the
capacity of the United States in projecting its own
interests and values as if they
were universals. This characteristic supplants the supposed
realist-idealist division
of foreign policy. In this way, this work develops an
analysis of the relations
between the writings on foreign policy that use this
realist-idealist division and the
liberal tradition, in two specific moments: the end of
World War II, at the time
when this distinction starts to spread, and at the end of
Cold War.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:6459 |
Date | 18 May 2005 |
Creators | GERALDO NAGIB ZAHRAN FILHO |
Contributors | MARIA REGINA SOARES DE LIMA, MARIA REGINA SOARES DE LIMA, MARIA REGINA SOARES DE LIMA |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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