Orientador: Albina Messias de Almeida Milani Altemani / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-04T15:06:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: A inflamação da vilosidade placentária, ou vilosite, pode ser causada por diversos agentes infecciosos, porém na maioria dos casos a etiologia é desconhecida. As vilosites estão associadas a aborto, malformações fetais, prematuridade e retardo do crescimento intra-uterino, que é a principal manifestação clínica nos casos de etiologia desconhecida. Estes casos têm sido explicados como o resultado de uma reação imune materna contra o tecido placentário ou causados por algum agente infeccioso não identificado e sem manifestação clínica materno-fetal. Não é possível distinguir, ao exame histológico, a vilosite de etiologia desconhecida (VED) de uma vilosite infecciosa, se nesta última não for identificado microorganismos no tecido ou sinais histológicos de infecção, tais como inclusões virais. O aspecto histológico é semelhante em ambos os grupos e na maioria dos casos a reação inflamatória está constituída por linfócitos e histiócitos. A presença de padrões imunofenotípicos específicos nos diferentes tipos de vilosite poderia auxiliar tanto no diagnóstico como na compreensão da patogênese dessas lesões placentárias. Foi estudada a composição do infiltrado inflamatório em 23 placentas com vilosite (oito por T. cruzi, cinco por T. gondii e oito de etiologia desconhecida), duas placentas com intervilosite pelo Paracoccidioides brasiliensis e 8 placentas controles sem inflamação, através da técnica imunoistoquímica avidina-biotina-peroxidase em cortes histológicos de material fixado em formalina e incluido em parafina. Os anticorpos pesquisados foram: UCHL1 (CD45RO), L26 (CD20), CD45RO/0PD4 (CD4), CD8, NK-like, M1 (CD15), Mac 387, HAM 56 (CD68) e proteína S-100. Em todos os casos e nos diferentes tipos de vilosite estudados a reação inflamatória estava predominantemente constituída por linfócitos T do subtipo CD8+ e histiócitos HAM 56+. Também foram identificados, em menor quantidade, linfócitos T CD4+, macrófagos MAC 387+, granulócitos, células S-100 + e escassas células NK. Os linfócitos B estavam ausentes ou eram menos do que 2% das células inflamatórias em todos os casos. Nas placentas com intervilosite por P. brasiliensis o infiltrado era composto por macrófagos Mac 387 + e granulócitos M1+. O estudo da composição do infiltrado inflamatório, por imunoistoquímica, não permite diferenciar VED de vilosite infecciosa. A presença de um mesmo perfil de células inflamatórias em ambos os grupos (infeccioso e VED) favorece a hipótese de que a VED seja causada por algum agente infeccioso não identificado, possivelmente viral. Também é possível que diferentes agentes etiológicos causem inflamação vilositária através do mesmo mecanismo patogênico, o qual envolve uma reação imune celular mediada por linfócitos T CD8+ e histiócitos / Abstract: Villitis is characterized by an inflammatory infiltrate within the villous stroma and can be caused by a large number of infectious agents, although most are of unknown etiology. Villitis, not rarely, is associated with intrauterine fetal death, abortion, malformations and fetal growth retardation. The latter has been the major clinical association of villitis of unknown etiology (VUE). Two hypotheses has been advocated to explain this lesion: a maternal immune attack against fetal tissue or an unidentified infection. Histology alone cannot distinguish VUE from an infectious villitis, unless microorganisms or viral inclusions are found in tissue. Both lesions are characterized by chronic inflammatory cells, mainly lymphocytes and macrophages, in the placental villous stroma. Granulomas and trophoblast damage, very typical of some infectious villitis, can also be a feature of VUE. Therefore, immunohistochemical phenotyping of the inflammatory cells could be of diagnostic value in villitis. There are few immunomorphological studies about the inflammatory cells in infectious villitis as well as in VUE. We studied the inflammatory cells by immunohistochemistry in 23 placentas with villitis (8 cases of Trypanosoma cruzi villitis, 5 cases of Toxoplasma gondii villitis and 8 cases of VUE). Two cases of P. brasiliensis intervillositis and 8 control placentas without inflammation were also analysed. Paraffin sections of all placentas were submitted for immunohistochemistry analysis according the avidin-biotin-peroxidase technique. Antibody panel consisted of UCHL1 (CD45RO), L26 (CD20), CD45RO/OPD4, CD8, NK-like, M1 (CD15), Mac387, HAM 56 (CD68) and S-100 protein. In all cases of villitis (infectious and of unknown etiology) the inflammatory infiltrate consisted mainly of HAM 56+ macrophages and T lymphocytes. Among T cells, CD8+ cells outnumbered CD4+ cells in all placentas. B lymphocytes were absent or very rare (<2%). A small number of Mac 387+ monocytes, NK cells and S-100+ cells were also detected. Paracoccidiodomycosis intervillositis consisted of Mac387+ histiocytes and M1+ granulocytes. Our findings showed that immunohistochemical study of the inflammatory cells cannot distinguish VUE from infectious villitis. The same cellular composition of the inflammatory infiltrate in the two studied groups (VUE and infectious villitis) favors the hypothesis that VUE could result from an infectious cause. In addition, this finding raises the possibility that different etiologic factors acts through a common pathway to cause villitis which is an inflammatory lesion mediated by CD8+ T lymphocytes and macrophages / Doutorado / Anatomia Patologica / Doutor em Ciências Médicas
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/310423 |
Date | 23 May 2005 |
Creators | Brito, Hugo Leite de Farias |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Altemani, Albina Messias de Almeida Milani, 1953-, Schultz, Regina, Patricio, Francy Reis da Silva, Andrade, Liliana Aparecida Lucci de Angelo |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 76f. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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