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A desmesura da paixão: reflexões sobre a situação incestuosa

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Previous issue date: 2015-10-14 / This paper deals with the inter-relation between the sexuality of the perverse adult and the polymorph perverse sexuality of the child, therefore infant, leading into incestuous relations, printing on the infant s psyche, on the daughters of the abuser fathers, the trauma print. Indeed necessary to emphasize that, where there is no mutual agreement, there is invasion, and, therefore, there is abuse, either physical or emotional. For such, I make use of the study and analysis of four clinical cases, of female patients serviced by me in my private clinic. I also comprehend that there is no way of thinking on the meaning of trauma, without pointing to the matter of violence. Although the crucial axis to be debated does not relate of a study about the trauma itself, there is no way to refute the experience of sexual assault, mainly in the childhood or adolescence, is emotionally overwhelming, and, obviously, traumatic. I could note peculiar and characteristic traits on each familiar group, on which I was able to comprehend that the incest issue does not encompass only the father-daughter pair, but indeed englobes a complex weft of unconscious turns that drag for generations (unconscious conflicts between paternal and maternal grandparents), and that leads into the sexual abusive situation. On the incestuous-perverse scene, there is a spectacle of Oedipus Complexes , and of non-crafted conflicts, of all this familiar group. Looking at the incestuous relation is also lean towards the comprehension of the familiar dynamics, and marital relationships. Therefore, this research also builds a reflexion about the conjugality, and, on the study of the familiar psychoanalysis, both within the incestuous situation. Cyrulink (1994) advocates the concept of physical predator by naming the abuser, signalling the desire for present destruction, and endorsing that the usage of the other like a thing-object , perpetrated by the former, has a devastating symbolic effect on his victims. I could conclude that the incestuous family leaves marks on the overwhelming victims of abuse, which can be developed with difficulties, but are not impossible to overcome / Este trabalho trata da inter-relação entre a sexualidade do adulto perverso e a sexualidade perversa polimorfa da criança, portanto infantil, culminando em relações incestuosas, imprimindo no psiquismo infantil das filhas dos pais abusadores a marca do trauma. Para tal, utilizo-me do estudo e da análise de quatro casos clínicos de indivíduos do sexo feminino, atendidos por mim em meu consultório particular.
Compreendo também que não há como pensarmos no significado de trauma sem nos remeter à questão da violência. Embora não se trate de um estudo sobre o trauma em si, não há como refutar que a experiência de abuso sexual, principalmente na infância e/ou na adolescência, é emocionalmente avassaladora e, obviamente, traumática.
Constatei traços peculiares e característicos em cada grupo familiar e pude compreender que a questão do incesto não envolve apenas a dupla pai-filha , mas sim uma imbricada trama complexa de nós inconscientes que se arrastam por gerações (conflitos inconscientes dos avós paternos e maternos) e que culminam na situação abusiva sexual. Na cena perversa-incestuosa, há um espetáculo dos complexos de Édipo e de conflitos não-elaborados de todo o grupo familiar. Olhar para a relação incestuosa também é debruçar-se sobre a compreensão das dinâmicas familiares e de relacionamento entre casais, portanto esta pesquisa também empreende uma reflexão sobre a conjugalidade e sobre o estudo da psicanálise da família, ambos na situação incestuosa. Cyrulnik (1994) defende o conceito de predador psíquico ao nomear o abusador, assinalando a ânsia de destruição nele presente e endossando que o uso do outro como objeto-coisa , perpetrado pelo abusador tem em suas vítimas um efeito simbólico devastador.
Pude concluir que a família incestuosa deixa marcas avassaladoras nas filhas vítimas de abuso, traumas que serão elaborados com dificuldade, mas não são impossíveis de superação

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/15453
Date14 October 2015
CreatorsMachado, Érica Prado
ContributorsMezan, Renato
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica, PUC-SP, BR, Psicologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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