Return to search

Estudo fitoquímico e avaliação da capacidade neutralizante de Myrsine parvifolia sobre atividades biológicas provocadas pela peçonha de Bothrops sp .

Submitted by Biblioteca da Faculdade de Farmácia (bff@ndc.uff.br) on 2018-01-11T12:57:40Z
No. of bitstreams: 1
Arthur Luiz Corrêa tese doutorado.pdf: 5155463 bytes, checksum: 7138f9498d120338ec38e96e1f595180 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-11T12:57:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Arthur Luiz Corrêa tese doutorado.pdf: 5155463 bytes, checksum: 7138f9498d120338ec38e96e1f595180 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Acidentes envolvendo serpentes do gênero Bothrops são uma das principais causas de envenenamento no Brasil, e constituem importante problema de saúde pública devido as elevadas taxas de mortalidade e morbidade. A peçonha de Bothrops provoca danos teciduais locais e o processo inflamatório é uma das suas principais complicações. O tratamento preconizado pela Organização Mundial de Saúde para os acidentes ofídicos constitui na administração de soro hiperimune que neutraliza efeitos sistêmicos, mas não inibe o desenvolvimento de efeitos locais. Desta forma, a busca de tratamentos alternativos/complementares torna-se necessário. Este estudo tem como objetivo caracterizar os constituintes químicos dos extratos de Myrsine parvifolia e avaliar sua ação inibitória sobre os efeitos locais induzidos pela peçonha de B. jararaca e B.
jararacussu. No presente estudo, foi determinada a composição química do óleo essencial de frutos e folhas de M. parvifolia e o perfil químico dos extratos bruto hidroetanólico, fração em hexano, fração em diclorometano, fração em acetato de etila,
fração em butanol e extrato bruto aquoso de suas folhas. O teor de polifenóis, taninos e de flavonoides totais foi determinado por técnicas espectrofotométricas. As substâncias foram identificadas por técnicas cromatográficas e espectrométricas. A atividade antioxidante foi determinada usando os ensaios de sequestro do radical 1-difenil-2-
picrilhidrazila (DPPH). Avaliou-se a capacidade dos extratos em inibir atividade proteolítica e coagulante induzida pela peçonha de B. jararacussu em modelo in vitro e
a capacidade de proteção contra letalidade e redução do processo inflamatório (aumento da permeabilidade vascular, edema de pata e migração de leucócitos) induzido pela peçonha de B. jararaca em modelo in vivo. Inibição da proteólise e coagulação induzida pela peçonha de B. jararacussu foi verificada após pré-incubação da peçonha com os
extratos (10:1). Camundongos suíços foram pré-tratados com extrato (100 mg/kg) uma hora antes da administração da peçonha de B. jararaca e submetidos ao ensaio de indução de letalidade, edema de pata, aumento da permeabilidade vascular intraperitoneal e pleurisia. Os principais constituintes químicos identificados no óleo essencial de folhas de M. parvifolia foram óxido de cariofileno (14,4%), β-cariofileno (12,6%) e γ-muuroleno (7,9%) e nos frutos β-cariofileno (11,7%) e δ-cadineno (7,1%).
Os flavonoides miricetina, miricetina-3-O-β-arabinopiranosideo, quercetina e kaempferol foram isolados da fração acetato de etila. Terpenos, vitaminas liposolúveis e ácidos graxos foram identificados na fração em hexano e diclorometano. Todos os extratos inibiram atividade proteolítica (81-100%) enquanto que a coagulação induzida por B. jararacussu foi prolongada pelo extrato bruto hidroetanólico e fração em butanol.
Verificou-se aumento da taxa de sobrevida entre os animais tratados com fração em acetato de etila (40%). Nos animais tratados com extrato bruto hidroetanólico e fração em diclorometano observaram-se redução do edema total (40 e 52%, respectivamente),
redução do aumento da permeabilidade vascular (32,2 e 32,4%, respectivamente) e redução do influxo de leucócitos na cavidade pleural (42 e 39%, respectivamente). No grupo tratado com a fração em hexano observou-se apenas redução do edema (37%). A inibição de enzimas proteoliticas e prócoagulantes da peçonha de B. jararacussu e
redução da inflamação induzida pelo envenenamento por B. jararaca, demonstram o potencial antiofidico de folhas de M. parvifolia, principalmente no controle da morbidade observada dos acidentes por serpentes do gênero Bothrops / Accidents involving snakes of the genus Bothrops are one of the main causes of
poisoning in Brazil, and represent a significant problem of public health due to its high
rates of mortality and morbidity. The Bothrops venom causes local tissue damage and the inflammatory process is one of its major complications. The recommended treatment for snakebites by the World Health Organization is the administration of
hyperimmune serum which neutralizes systemic effects, but does not inhibit the development of local effects. Therefore, the search for alternative/complementary treatments becomes necessary. This study aims to characterize the chemical constituents and evaluate the inhibitory effects of Myrsine parvifolia extracts against local effects induced by the Bothrops jararaca and B. jararcussu venom. In the present study, it has been estabilished the chemical composition of the essential oil from the M. parvifolia
leaves and fruits and the chemical profile of the hydroethanolic crude, hexane,
dichloromethane, ethyl acetate, butanol and aqueous crude extracts. The concentration
of total phenols, tannins and flavonoids was established using spectrophotometric techniques. Compounds were identified by chromatographic and spectrometric techniques. The antioxidant activity was determined by 2,2-diphenyl-1-picrylhydrazyl
radicals (DPPH) radical scavenging assay. The extracts ability to inhibit proteolytic and coagulant activity induced by the B. jararacussu venom was determined in vitro and
their ability of protection against lethality and reduction of the inflammatory process (increase in vascular permeability, paw edema and leukocyte migration) induced by the
B. jararaca venom was determined in vivo. Inhibition of proteolysis and coagulation induced by the B. jararacussu venom was verified after preincubation of the venom with extracts (10: 1). Swiss mice were pretreated with extract (100 mg/kg) one hour before the administration of the B. jararaca venom and then submitted to the assays of lethality, paw edema, increased intraperitoneal vascular permeability and pleurisy. The main substances identified in the essential oil of leaf of M. parvifolia were
caryophyllene (14.4%), β-caryophyllene (12.6%) and γ-muurolene (7.9%) and in the fruits β-caryophyllene (11.7%) and δ-cadinene (7.1 %) were identified. The flavonoids myricetin, myricetin-3-O-β-arabinopyranoside, quercetin and kaempferol were isolated from the ethyl acetate extract. Terpenes, fat-soluble vitamins and fatty acids were identified in the hexane and dichloromethane extracts. All extracts inhibited proteolytic activity (81-100%), while coagulant activity induced by the B. jararacussu was inhibited only by hydroethanolic crude and buthanol extracts. There was an increase in survival rates in the animals treated with ethyl acetate extract (40%). In the animals treated with the hydroethanolic crude and dichloromethane extract it was noted total edema reduction (40 and 52 %, respectively), reduction in vascular permeability increase (32.2 and 32.4 %, respectively) and reduction of leukocytes in the pleural cavity (42 and 39 %, respectively). Inhibition of proteolytic and procoagulant enzymes from B. jararacussu venom and the reduction of inflammation induced by B. jararaca
poisoning demonstrate the antiofidic potential of M. parvifolia leaves, mainly in the control of morbidity observed in accidents coused by Bothrops snakes

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:https://app.uff.br/riuff:1/5477
Date11 January 2018
CreatorsCorrêa, Arthur Luiz
ContributorsAmendoeira, Fábio Coelho, Bastos, Jairo Kenupp, Carvalho, José Carlos Tavares, Fiaux, Sorele Batista, Fuly, André Lopes, Rocha, Leandro Machado
PublisherNiterói
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFF, instname:Universidade Federal Fluminense, instacron:UFF
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0029 seconds