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IMPLICAÇÕES DA CULTURA DE PARTICIPAÇÃO DO TRABALHO COOPERADO DOS SEM-TERRA ASSENTADOS NA GESTÃO DA ESCOLA: a gestão escolar como reflexo da realidade / CULTURE IMPLICATION OF WORK PARTICIPATION WITH LANDLESS SETTLED IN THE SCHOOL MANAGEMENT: the school management as the reality reflection

This research has as reference a fundamental and public high school in Rio Grande do Sul located in a settle proposed by the rural landless workers‟ movement. This essay has as the main goal to analyze the school management observing its join and interactions with the way of work developed by the landless. Pointing out the totality idea (Kosik, 2002) it is considered the school as a total that relate with others totalities as the state. This school management is understood as a reflection of a totality around to understand the workers necessities as the money interests. In this theoretical beginning, it is possible to analyze the school management of the politic relation pointing specifically to the participation culture, democratic question in the capitalist structure and its relation with the landless work organization that many times is showed as a cooperated form like the association case. In this context, it is possible to understand that the capital dynamic and the way the state keeps the social relations hegemonic being the school crises an instrument to the new exploration forms. In this way, the democratic management school is identified as apparent followed the model analyzes of production fordista/toylorista and its substitution by toyotismo considering the influence of business administration in the school organization. Kept all specific of each totality, the cooperated work of the landless shows as the alternative of the current model presenting characteristics that make a relation with the management school trying to make it participative perspective. The historic materialism offered the theoretical base to the analysis of the reality investigated. In methodological term through the participants‟ observation it was analyzed the characteristics of the management school of the settle, the object of this research. It was observed the daily routine of the school and the families from their informal conversation to the events in school class and also it was realized interviews with the teachers, employees, students and parents. The results gotten showed that the cooperated work of the landless organize the social practices appeared in the collective relations and taken the institutionalized form (association) got the workers interests disobeying the State coherence that try to do the bureaucracy and to do hierarchy in the work. So, when the landless work take social forms of production and capitalists commercialization the school management that develop conceptions pointed to the workers interests by the lack of participation of the landless it is given to the state government. In this way, there is the individual form and collective of work in the settle, the school gives space to the bureaucracy and the task centralization keeping the pedagogical practices with the reflexive beginning of the real objective which in practice, shows in the partial form. It corresponds to the relation that the society practice on school indicating that there is more participation in the organization practice of the landless through the cooperate work, more the reflex of these practices in the management administrative pedagogical of the school. / Tendo como referência uma escola pública de ensino fundamental e médio do Estado do Rio Grande do Sul, localizada em assentamento proposto pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, este trabalho tem como objetivo principal analisar a gestão da escola em questão, observando suas ligações e interações com a forma de trabalho desenvolvido pelos sem-terra. Partindo da idéia de totalidade (KOSÍK, 2002), consideramos a escola como uma totalidade que se relaciona com outras totalidades, como o Estado, cuja gestão escolar é compreendida como um reflexo da totalidade que a cerca, tanto para atender as necessidades dos trabalhadores, quanto aos interesses do capital. Nesta base teórica, analisamos a gestão escolar no contexto das relações políticas, enfocando especialmente a cultura da participação, a questão da democracia na estrutura capitalista e sua relação com a organização do trabalho dos sem-terra, que, muitas vezes, manifesta-se em forma cooperada, como é o caso das associações. Nesse contexto, compreendemos a dinâmica do capital e a forma como o Estado mantém as relações sociais hegemônicas, sendo a crise da escola um instrumento para as novas formas de exploração. Desta forma, identificamos a gestão democrática escolar como aparente a partir da análise dos modelos de produção fordista/taylorista e sua substituição pelo toyotismo, considerando a influência da administração empresarial na organização escolar. Guardadas as devidas especificidades de cada totalidade, o trabalho cooperado dos sem-terra apresenta-se como alternativa ao modelo vigente, apresentando características que se relacionam com a gestão escolar de modo a torná-la numa perspectiva participativa. O materialismo histórico ofereceu a base teórica para a análise da realidade investigada. Em termos metodológicos, através da observação participante analisamos as características da gestão da escola do assentamento objeto da pesquisa. Observamos o cotidiano da escola e das famílias, desde as conversas informais até os eventos em sala de aula, bem como realizamos entrevistas semi-estruturadas com os professores, funcionários, alunos e pais. Os resultados a que chegamos demonstram que o trabalho cooperado dos sem-terra organiza as práticas sociais surgidas em suas relações coletivas e, mesmo assumindo uma forma institucionalizada (associação), atende os interesses dos trabalhadores em desobediência à coerção do Estado, que tendem a burocratizar e hierarquizar o trabalho. No entanto, quando o trabalho dos sem-terra assume as formas sociais de produção e comercialização capitalistas, a gestão escolar, que tende a desenvolver concepções voltadas aos interesses dos trabalhadores, por reflexo da falta de participação dos sem-terra, entrega-se a conformidade do Estado. Assim, quando existe a forma individual e coletiva de trabalho no assentamento, a escola concede espaço a burocracia e a centralização de tarefas, conservando as práticas pedagógicas com princípios reflexivos da realidade objetiva, a qual, na prática, apresenta-se de forma parcial. Isso corresponde à conseqüente relação que a sociedade exerce sobre a escola indicando que quanto mais participação há nas práticas de organização dos sem-terra, através do trabalho cooperado, maior é o reflexo destas práticas na gestão administrativo-pedagógico da escola.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsm.br:1/6938
Date31 May 2010
CreatorsLuciano, Charles Luiz Policena
ContributorsPereira, Sueli Menezes, Ribeiro, Marlene, Meurer, Ane Carine
PublisherUniversidade Federal de Santa Maria, Programa de Pós-Graduação em Educação, UFSM, BR, Educação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSM, instname:Universidade Federal de Santa Maria, instacron:UFSM
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
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