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O comportamento do uso de práticas de contabilidade gerencial sob a ótica institucional / Usage Behavior of management accounting practices under the institutional view

Pesquisas da Bain & Company (2013, 2015) indicam que Práticas de Contabilidade Gerencial (PCG) são usadas largamente pelas organizações; entretanto, de 2004 até hoje as companhias reduziram em 50% a quantidade de práticas usadas simultaneamente, daí ser relevante conhecer o comportamento do uso das PCG. Os objetivos deste estudo foram: conhecer a percepção dos gestores sobre o comportamento do uso da PCG mais utilizada na organização (uso cerimonial e/ou instrumental), em resposta às pressões institucionais a que está submetida; e conhecer os fatores que levam ao uso cerimonial e/ou instrumental da PCG mais usada pela organização, com base nas pressões institucionais e no contexto relacional do processo de institucionalização. Adotando a teoria institucional como teoria de base, que tem uma perspectiva interpretativa, que considera que as práticas sociais não são um fenômeno natural, mas socialmente construídas, e considerando que o processo de institucionalização é recursivo, como resultado da ação humana e de um contexto de forças que não pode ser totalmente controlado ou conhecido pelos atores, tem-se a base para a caracterização do comportamento de uso na dicotomia cerimonial versus instrumental. Foi realizada a pesquisa empírica, por meio de survey, do qual participaram 102 gestores (controllers, gerentes, diretores e superintendentes) de empresas de grande porte não financeiras, que atuam no Brasil. Os dados foram submetidos a análises estatísticas, utilizando equações estruturais (PLS) e técnicas de análise de correspondência (ANACOR e HOMALS). Foram estruturados e testados oito constructos para a pesquisa transversal em Teoria Institucional, e feita ampla revisão desta teoria em suas vertentes NIS (New Institutional Sociology) e OIE (Old Institutional Economics), visando sua integração, como forma de compreender os estágios transitórios de mudança institucional identificados por Bush (1983; 1987), como encapsulamento cerimonial progressivo (dos tipos \"voltado para o passado\" e voltado para o futuro\"), o que gerou uma abordagem metodológica que sustenta a pesquisa empírica. Como contribuição teórica, é proposta uma extensão do framework desenvolvido por Tolbert e Zucker (1999, p. 211), especificamente para o estágio de total institucionalização, que possibilitou identificar cinco diferentes comportamentos de uso para PCG (ou instituições de forma genérica). A pesquisa empírica constatou que 69% dos gestores percebem as PCG sendo usadas com o comportamento instrumental, 26% as percebem sendo usadas com o comportamento misto (cerimonial e instrumental simultaneamente) e 5% as percebem com o comportamento exclusivamente cerimonial. Também é possível afirmar que o comportamento instrumental do uso das PCG está diretamente associado com as pressões miméticas e coercitivas externas à organização, e negativamente associado com o ímpeto para difusão das PCG (interno à organização). Também é possível afirmar que o valor dado ao uso da PCG está diretamente associado ao \"Fundo de Conhecimento\", aquele que sustenta a base de valores organizacionais. Com isso, pode-se concluir, empiricamente, que o Valor é o responsável por conferir significado ao uso das PCG. / Bain & Company studies (2013, 2015) indicate that Management Accounting Practices (PCG) are largely used by organizations; however, since 2004 companies have reduced by 50% the number of practices used simultaneously. Hence, understanding the usage behavior of PCG is a relevant subject. The study objectives were: to know the managers\' perception about the usage behavior regarding the most used PCG in the organization (ceremonial or instrumental use), in response to the institutional pressures it suffers; and to know the factors that lead to the ceremonial or instrumental use of the preferred PCG, based on institutional pressures and on the relational context of the institutionalization process. By adopting the institutional theory as a basic theory, which has an interpretive perspective, which considers that social practices are not a natural phenomenon, instead they are socially built, and taking into account that the institutionalization process is recursive, as a result of human action and of a context of forces that cannot be completely controlled or known by the players, we have the basis for characterizing the usage behavior in the ceremonial versus instrumental dichotomy. As empirical research, a survey included 102 executives (controllers, managers, directors and superintendents) of large non-financial companies operating in Brazil. The collected data were investigated by means of statistical analysis that used structural equations (PLS) and correspondence analysis techniques (ANACOR and HOMALS). We structured and tested eight constructs for the cross-sectional research on Institutional Theory, and did a comprehensive review of the theory\'s two tracks - NIS (New Institutional Sociology) and OIE (Old Institutional Economics) - aiming at their integration in order to understand the transitional stages of institutional change identified by Bush (1983, 1987), such as progressive ceremonial encapsulation (of the types \"facing the past\" and facing the future \"), which generated a methodological approach that supports the empirical research. As a theoretical contribution, we propose an extension of the framework developed by Tolbert and Zucker (1999, p. 211), specifically for the total institutionalization stage, which enabled the identification of five different usage behaviors of PCG (or institutions, generically). Empirical research found that 69% of managers perceive that PCG are being used with the instrumental behavior, 26% perceive them as being used with mixed behavior (ceremonial and instrumental simultaneously) and 5% perceive them with an exclusively ceremonial behavior. It is also possible to state that the instrumental behavior of PCG usage is directly associated with the mimetic and coercive pressures external to the organization, and negatively associated with the impetus for PCG diffusion (internal to the organization). We may also say that the value given to the use of PCG is directly associated with the \"Knowledge Fund\", which supports the base of organizational values. Therefore, we can empirically conclude that Value is responsible for giving meaning to PCG use.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-22012016-111432
Date17 December 2015
CreatorsPaschoal Tadeu Russo
ContributorsReinaldo Guerreiro, Fabio Frezatti, Amaury José Rezende, Welington Rocha
PublisherUniversidade de São Paulo, Controladoria e Contabilidade, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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