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Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Essa dissertação discute os significados atribuídos por mulheres heterossexuais, solteiras,
adultas jovens (25 a 35 anos), com vida sexual ativa, de camadas médias e estabelecidas
profissionalmente, às suas sexualidades, em interface com questões referentes a
conjugalidade, aos projetos de vida e família. Está embasada em uma pesquisa qualitativa
desenvolvida através de entrevistas com foco biográfico em nove mulheres com o supracitado
perfil. Os dados foram analisados a partir de teorias antropológicas e/ou feministas sobre a
ordenação que os sistemas de sexo-gênero promovem em relação à organização da vida
sexual das pessoas, considerando os contextos culturais em que vivem. A apresentação dos
resultados se inicia tomando como pano de fundo para a discussão a perspectiva das mulheres
sobre configurações familiares, focando nas suas formas de vivenciar a conjugalidade. Nesse
âmbito, elas contrastam o que está socialmente disponível como ideais de conjugalidade, com
o que elas próprias situam para si como ideal possível, considerando, nesse sentido, suas
próprias trajetórias de relacionamentos afetivos/sexuais. Nesse sentido, emerge um medo de
formar parceria, que se relaciona tanto às repartições das atribuições de homens e mulheres no
âmbito da conjugalidade, que no olhar delas privilegiaria os primeiros, quanto a uma queixa
de recorrentes cenas de infidelidade por parte de seus parceiros. Infidelidade que elas
defendem ser comum aos homens de modo geral. Aprofundando as vivências da sexualidade,
as entrevistadas revelam-se, de certo modo, regidas pela ideia de que mulheres de família
comumente devem vivê-la no âmbito da conjugalidade. Frente a esse ideal, aparecem três
formas de relacionamento sexual. As mulheres dizem querer sexo com afetividade, mas esse,
a princípio, só se teria no namoro ou casamento. Em oposição ao primeiro, colocam o amor
bandido , que elas descrevem como o sexo que se faz com um desconhecido, e que é
qualificado como insatisfatório. Não obstante, frente às muitas vivências de infidelidade
masculina, elas vão cada vez mais se afastando da primeira forma, mas não querem a
segunda. Talvez pela capacidade de agência que o fato de serem estabelecidas
socioeconomicamente lhes confere, identificamos o surgimento de arranjo singular no formar
par para viver a sexualidade de forma satisfatória: a amizade colorida . Esses
relacionamentos acontecem com homens que elas consideram amigos, mas que, por não
possuir o título de namoro, nem os compromissos que esse prescreve, deixa ambos livres para
terem outros relacionamentos afetivo-sexuais
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/1053 |
Date | 31 January 2010 |
Creators | Ferrari Pizzato, Fernanda |
Contributors | Felipe Rios do Nascimento, Luis |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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