Orientador: Renato Jose Pinto Ortiz / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-09T16:07:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: A música brasileira foi marcada, durante quase todo século XX, por sua ligação com a identidade nacional, num momento em que nação correspondia a um Estado e a um Povo determinados, sendo que as relações entre estes três elementos e o resto do mundo se davam a partir da oposição interno/externo. Em um tempo atual no qual a identidade nacional é forjada a partir de um espaço global, a relação de forças que se apresenta em sua conformação é modificada. Estudar a música brasileira neste espaço global através os discursos feitos em torno dela em referência a questões identitárias aclara um cenário no qual identidades se hierarquizam a partir de uma complexa organização de forças cada vez mais controladoras e excludentes. Se por um lado vemos surgir possibilidades de identificações diversas na geração de sentido social, que vamos denominar, ao lado da identidade nacional, de identidades mundial e restritas, por outro vemos que as forças para a adequação individual ou coletiva a essas diversas identidades são distribuídas desigualmente. Em um cenário capitalista num nível global ¿ no caso da música dominado por uma indústria cultural complexa, formada por instâncias tecnológicas e fonográficas, e por ideologias bem fincadas, que buscam estabelecer uma aura de democratização cultural ¿ a alguns indivíduos e grupos é exigida a fixidez identitária enquanto para outros é oferecida a múltipla identificação. Se hoje a mobilidade é fator positivo de diferenciação ¿ uma exigência do processo de globalização ¿ a desigualdade está dada. Ademais, a legitimidade da mobilidade na globalização transpassa para as identidades e aquelas com maior capacidade de se inserirem no espaço global e, portanto, se adaptarem aos padrões hegemônicos, terão maior valor em um mercado mundial de símbolo. Pensando no caso da música, os artistas que se inserem no mercado mundial devem lidar de um lado com a sua própria capacidade de se moverem entre identidades e de outro com o valor que sua identidade, condicionado pela indústria, possui. Possibilidades libertárias e opressoras estão lançadas em um mesmo tabuleiro. Contudo, as peças do jogo não têm a mesma força para todos / Abstract: Brazilian music, throughout almost the whole XXth Century, had a direct relation to the national identity, in a moment in which the nation corresponded to a singular State and a singular People, while the relationship among these three elements and the rest of the world was articulated by the opposition internal/external. In a contemporary time, in which the national identity is forged in a global space, the relationships of forces working on its formation are modified. Studying the Brazilian music in this global space through the discourses related to identity around this music makes a clearer scenario in which identities are ranked by a complex organization of forces ever more controlling and excluding. If at one hand, we note the surging of possibilities of diverse identification for generating social meaning ¿ which we will call, beside national identity, world and restricted identities ¿ at the other hand the forces for individual or collective approaches to these diverse identities are unfairly distributed. In a global level capitalist reality ¿ in terms of music dominated by a complex cultural industry, formed by technological and phonographic instances and by fairly consolidated ideologies (striving to establish an air of cultural democracy to the discussions) ¿ to some individuals and groups, fixed identity is claimed, while to others multiple identifications are offered. In a world in which mobility is a positive factor of social differentiation, the inequality is given. Besides, the legitimacy of the mobility in the globalization becomes also evident in the identities. Those more capable to be inserted into the global space and, therefore, more capable to be adapted to the hegemonic patterns, will have higher value in a world market of symbols. Thinking about the music, the artists that break through in the world market should cope with, at one hand their own capacity of moving through different identities, and at the other hand with the value held by their identity ¿ conditioned by the industry. Possibilities of freedom and of oppression are presented in the same field. However, the pieces owned by the players of this game do not carry the same strength / Mestrado / Mestre em Sociologia
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/279252 |
Date | 12 October 2007 |
Creators | Nicolau Netto, Michel, 1978- |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Ortiz, Renato, 1947-, Ortiz, Renato Jose Pinto, Ridenti, Marcelo Siqueira, Zan, José Roberto |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 248 p., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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