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Exercício físico e depressão : efeitos em desfechos clínicos e em biomarcadores

O exercício físico vem sendo cada vez mais utilizado como uma intervenção terapêutica para a depressão. Diversos estudos mostram a sua eficácia em episódios depressivos mais leves. Sua eficácia em episódios mais graves como em indivíduos hospitalizados ainda não foi suficientemente estudada. Faltam informações também sobre a existência de fatores que possam predizer ou moderar o efeito antidepressivo do exercício como também informações sobre os potenciais mecanismos ou correlatos biológicos que possam estar associados aos efeitos antidepressivos do exercício em indivíduos deprimidos. A presente tese consiste de quatro artigos, sendo o primeiro uma revisão sistemática sobre os potenciais fatores preditores ou moderadores do efeito antidepressivo do exercício, o segundo, uma revisão sistemática sobre os potenciais mecanismos ou correlatos biológicos do exercício, o terceiro, um ensaio clínico randomizado avaliando os efeitos do exercício físico em pacientes internados com depressão grave, e o ultimo, uma análise dos efeitos do exercício em marcadores de neurogênese e estresse oxidativo. Os resultados encontrados na primeira revisão sugerem que existem vários potenciais candidatos a preditor ou moderador do efeito antidepressivo do exercício físico; entretanto, a literatura não é suficientemente robusta para sugerir de forma consistente sua existência. De acordo com a segunda revisão, o exercício pode potencialmente promover respostas agudas em diversos biomarcadores. No entanto, as respostas crônicas em adaptação ao treinamento parecem ser menos consistentes. Cabe ressaltar que a literatura apresenta diversas limitações importantes, impedindo conclusões mais sólidas, tanto para as respostas agudas quanto para as crônicas. Com o ensaio clinico, evidenciamos que o exercício físico pode ser uma intervenção terapêutica eficaz na redução dos sintomas depressivos e na melhora de alguns domínios da qualidade de vida de participantes hospitalizados com depressão grave. Enquanto no ultimo artigo, utilizando uma amostra do ensaio clinico, foram encontradas diminuições nos níveis séricos de marcadores de stress oxidativo, porem, não houve alterações nos níveis de marcadores de neurogênese. A presente tese avança no entendimento do fenômeno do efeito antidepressivo do exercício, achando pontos a serem explorados em futuras investigações. Demonstra, também, a eficácia do exercício em pacientes hospitalizados com depressão grave. Por ultimo, mostra que existem diversos potenciais mecanismos e correlatos biológicos que possam vir a explicar ou estar associados a este efeito antidepressivo. / Physical exercise has been increasingly exploited as a therapeutic intervention for depression. Several studies have shown its effectiveness in milder severity of depression, however, their effectiveness in severe episodes in hospitalized individuals still needs further investigation. There is also a lack of information about factors that can predict or moderate the antidepressant effect of exercise and the potential mechanisms or biological correlates that are associated with antidepressant effects of exercise in depressed individuals. This thesis consists of four articles. The first is a systematic review of potential predictors or antidepressant effect of exercise moderators. The second is a systematic review of the potential biological mechanisms or correlates of exercise. The third is a randomized clinical trial evaluating the effects of physical exercise in patients hospitalized with severe depression. The last one, is an analysis of the effects of exercise on neurogenesis markers and oxidative stress. The findings of the first review suggest that there are several potential candidates predictors and moderators. However, the literature is not robust enough to suggest any predictor or moderator with greater consistency. According to the second review, exercise can potentially promote acute responses in several biomarkers. On the other hand, the chronic adaptations to exercise training appear to be less consistent. The literature contains several important limitations, preventing more solid conclusions regards the acute and chronic responses. According to the clinical trial, we observed that exercise can be an effective therapeutic intervention in reducing depressive symptoms and improving some domains of quality of life of participants hospitalized with severe depression. Finally, in the fourth article, using a sample of the clinical trial, serum levels of oxidative stress markers decreases were found., However, no changes in the levels of neurogenesis markers were found. This thesis advances in the understanding of the antidepressant effect of exercise phenomenon, finding points to be further explored regarding the predictors and moderators. It also demonstrates the antidepressant effectiveness of physical exercise in hospitalized patients with severe depression. Finally, shows that there are several potential mechanisms and biological correlates that may explain or be associated with this antidepressant effect.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/116782
Date January 2015
CreatorsSchuch, Felipe Barreto
ContributorsFleck, Marcelo Pio de Almeida
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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