Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Os Aulopiformes são peixes marinhos com amplitude temporal do Eocretáceo ao
Recente. Os táxons fósseis são encontrados em depósitos sedimentares das Américas do Sul e
do Norte, Europa, Ásia e África. Os representantes viventes podem ser encontrados desde
águas rasas costeiras, estuários, até profundidades abissais, excedendo 3.000 m. Os limites do
grupo, suas intra e inter-relações são objeto de muitos estudos. O objetivo central desta tese é
aplicar métodos de Biogeografia Histórica como Panbiogeografia e a Análise de Parcimônia
de Endemismos aos peixes Aulopiformes. Adicionalmente, foi realizada a análise filogenética
dos Aulopiformes. Como resultado foram obtidos: 21 traços generalizados de Synodontoidei,
28 de Chlorophthalmoidei, 3 de Giganturoidei e 7 de Enchodontoidei. O clado
Synodontoidei apresenta um padrão de distribuição primordialmente em águas tropicais e
subtropicais, associado à borda de placas tectônicas e ao tipo de substrato. O clado
Chlorophthalmoidei apresenta padrões de distribuição associados a cadeias de montanhas
submarinas e corais de profundidade. O clado Giganturoidei possui uma distribuição
vicariante com a família Giganturidae ocupando águas mais quentes e Bathysauridae as
regiões mais frias. O clado Enchodontoidei foi associado a recifes de coral e zonas de
ressurgência pretéritos. Adicionalmente, foi analisada uma matriz de dados com 84 táxons e
105 caracteres morfológicos não ordenados e sem pesagem a priori. Como resultado foram
obtidas sete árvores igualmente parcimoniosas com 1214 passos, índice de consistência de
0,1129 e índice de retenção de 0,4970. A ordem Aulopiformes não constituiu um grupo
monofilético, com as famílias Chlorophthalmidae, Notosudidae, Synodontidae, Paraulopidae,
Pseudotrichonotidae e Ipnopidae mais proximamente relacionados ao Myctophidea que aos
Alepisauroidei. Assim a partir da combinação dos resultados alcançados conclui-se que a
Biogeografia Histórica funcionou como uma ferramenta na identificação dos problemas
taxonômicos dos Aulopiformes e a sua análise filogenética permitiu identificar controvérsias
sistemáticas, indicando que são necessários maiores estudos sobre a anatomia dos
aulopiformes, a fim de esclarecer suas inter-relações. / The Aulopiformes are marine fishes ranging from Early Cretaceous to Recent. Fossil
taxa are found in sediments from South and North America, Europe, Asia and Africa. The
living forms can be found from shallow coastal estuaries, to the abyssal depths, exceeding
3,000 m. Interrelationships among this group are subject of many studies. The aim of these
studies is to apply historical biogeography methods as Panbiogeography and Parsimony
Analysis of Endemicity to Aulopiformes fishes. Additionally, were performed a phylogenetic
analysis of this taxon. As a result were obtained: 21 generalized tracks from Synodontoidei;
28, Chlorophthalmoidei; 3, Giganturoidei and 7 to Enchodontoidei. Synodontoidei shows a
pattern of distribution primarily in tropical and subtropical regions, associated with the edge
of tectonic plates and the substrate. Chlorophthalmoidei distributions are linked to chains of
seamounts and deep water corals. Giganturoidei is a vicariant, group with Giganturidae
occupying warmer waters and Bathysauridae colder regions. Enchodontoidei was associated
with coral reefs and upwelling areas on past. Additionally, we analyzed a data matrix with 84
taxa and 105 morphological characters unordered and without a priori weighting. Results
obtained with seven equally parsimonious trees with 1214 steps, consistency index of 0.1129
and retention index of 0.4970. The order Aulopiformes did not constitute a monophyletic
group, with the families Chlorophthalmidae, Notosudidae, Synodontidae, Paraulopidae,
Pseudotrichonotidae and Ipnopidae more closely related to Myctophidea than Alepisauroidei.
From the composite of results it is concluded that the Historical Biogeography functioned as a
tool to identifying taxonomic problems and its phylogenetic analysis recognized systematics
disagreements, showing that more studies are required on Aulopiformess anatomy in order to
clarify their interrelationships.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:2238 |
Date | 08 April 2011 |
Creators | Hilda Maria Andrade da Silva |
Contributors | Valéria Gallo da Silva, Paulo Marques Machado Brito, Marcelo Ribeiro de Britto, Fabio di Dario, Juan Jose Morrone |
Publisher | Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-graduação em Ecologia e Evolução, UERJ, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf, application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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