Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Bioética, 2015. / Submitted by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2016-05-31T20:32:48Z
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2015_AnaFláviaVianaCampellodeMeloBandeiraCoêlho.pdf: 1638122 bytes, checksum: 8233620b96bca12c18a82afc809fb299 (MD5) / A ética do cuidado a criança com câncer traz uma reflexão importante para a bioética e a saúde pública, em razão da necessidade de uma atenção voltada para a integralidade e a humanização, levando instituições de saúde a buscarem a adoção de técnicas e condutas na perspectiva do cuidado ampliado, onde são integradas às técnicas de cuidado convencional, práticas médicas humanísticas, a exemplo das Artes Expressivas (AEs), como dispositivo terapêutico, e merecem ser investigadas pelos fundamentados da bioética latino-americana. Este estudo de natureza quanti-qualitativo descritivo exploratório, teve por objetivo analisar à luz da bioética a percepção dos profissionais de saúde que atuam na oncologia pediátrica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz de Pernambuco (HUOC) sobre o uso de Artes Expressivas como dispositivo ético de cuidado à criança com câncer. A pesquisa constou de duas etapas, a primeira consistiu na aplicação de um questionário estruturado eletrônico e a segunda de entrevistas em profundidade, com profissionais de saúde que atendem a criança oncológica no HUOC. Os dados quantitativos foram descritos pela estatística descritiva simples e os dados qualitativos submetidos à análise de conteúdo. Os resultados foram organizados em três eixos temáticos: 1) Conhecendo os Participantes e o Uso das Artes Expressivas no HUOC; 2) Um Olhar Bioético sobre o Uso das Artes Expressivas no Cuidado à Criança com Câncer: O Hospital como Um Espaço de Resgate e Valorização do Mundo Infantil; 3) Dimensões Bioéticas no Discurso dos Participantes sobre o Uso das AEs. Os resultados evidenciaram que os profissionais utilizam as AEs de forma significativa e as consideram um potente recurso terapêutico e bioético. Os profissionais percebem que AEs potencializam o processo terapêutico ao favorecer a resignificação resiliente da experiência de adoecimento tanto pela criança com câncer, como pelos familiares, a melhora da comunicação e das relações envolvendo profissional-paciente pediátrico-família, da ambiência hospitalar que mantém a criança inserida social e culturalmente, e consequentemente, uma melhor adesão ao processo de tratamento e de hospitalização. Como dispositivo Bioético, eles ressaltam que as AEs influenciam na melhor resolução de possíveis problemas, dilemas e conflitos éticos e morais associadas à vivência da doença, das vulnerabilidades sociais e da hospitalização e das condições institucionais, ao ampliar a participação e a autonomia da criança nas atividades e na tomada de decisões, propiciadas e estimuladas pela oferta de diferentes AEs, que impactam na dignidade e no bem-estar da criança com câncer. Identificou-se que em situações mais complexas, sem perspectivas terapêuticas ou que envolvem decisões difíceis na condução terapêutica, discursos de alguns profissionais que se aproximam de heteronomia e paternalismo médico. Os profissionais ressaltam que o uso de AEs potencializa os princípios propostos pelas bioéticas da Intervenção e da Proteção, como a Dignidade Humana, o Cuidado, a Solidariedade e o Respeito à Autonomia. Pode-se concluir, que o uso das AEs na produção do cuidado pelos profissionais na atenção à criança com câncer, se revelam um importante dispositivo ético e de humanização à luz dos princípios bioéticos da Intervenção e Proteção, e que podem ser incorporados em diferentes campos da saúde pública. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The ethics of caring for child cancer patients brings with it important reflections for bioethics and public health because of the necessity of paying attention to integrality and humanization. This leads health institutions to look to adopt behaviors and techniques of more wide-ranging care, in which these conventional techniques are integrated with of caregiving (humanistic medical practices) as a therapeutic tool. Expressive Arts (EAs) are examples of these types of behaviors and techniques, which deserve to be researched through the lens of the principles of Latin American bioethics. This study, which is explorative, descriptive, and quantitative-qualitative, seeks to analyze, in light of bioethics, the perceptions of pediatric oncology health professionals at the Oswaldo Cruz University Hospital of Pernambuco (HUOC in Portuguese) of the use of Expressive Arts as an ethical tool for caring for children with cancer. This study was carried out in two stages with professionals from different specialties who attend to children with cancer in the HUOC: the first consisted of a structured electronic questionnaire and the second of in-depth interviews. Qualitative data was described with simple descriptive statistics and quantitative data was analyzed with content analysis. Results were organized around three central themes: 1) Getting to know the participants and the uses of Expressive Arts in the HUOC; 2) A bioethical look at the use of Expressive Arts and caring for children with cancer: the hospital as a space for saving and valuing children’s worlds; 3) Bioethical dimensions of participant discourses on the use of EAs. The results revealed that the professionals use EAs in a significant way and consider them powerful therapeutic and bioethical resources. The professionals believe that EAs help make the therapeutic process conducive to a resilient redefinition of the experience of getting sick, as much for the children as for their families. They also improve communication and relationships between professionals and patients, and pediatricians and families, in addition to the atmosphere in hospitals. This maintains children’s social and cultural engagement, which consequently leads to better adherence to the treatment and hospitalization process. The professionals emphasize that, as a bioethical tool, EAs influence the best solutions for possible problems, dilemmas, and ethical and moral conflicts associated with social vulnerabilities, hospitalization, institutional conditions, and living with disease. They also influence decision-making that affects the dignity and well-being of children with cancer and broaden their participation and autonomy in activities. In more complex situations that lack therapeutic perspectives or involve difficult therapeutic decisions, one can notice that the discourse of some professionals approached heteronomy and medical paternalism. The professionals emphasized that using EAs strengthens the principles proposed by the bioethics of Intervention and Protection, such as Human Dignity, Caregiving, Solidarity and Respect for Autonomy. One can conclude that using EAs in professional caregiving processes for children with cancer reveals an important ethical tool of humanization in light of the bioethical principles of Intervention and Protection, and that EAs can be incorporated into different fields of public health.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/20629 |
Date | 25 August 2015 |
Creators | Coêlho, Ana Flávia Viana Campello de Melo Bandeira |
Contributors | Lima, Maria da Glória |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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