Return to search

Poética da esquiva: modos como a arte colabora para a produção da subjetividade que escapamàs sociedades de controle

Made available in DSpace on 2016-12-08T16:19:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
luana.pdf: 90940 bytes, checksum: 4a099e39b7885f5627482840718ace70 (MD5)
Previous issue date: 2008-11-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study investigates ways in which Art can collaborate to create singular modes of existence, in the context of technological social-cultural transformations that eliminates singularities and promotes indifference and anesthesia. Adiagnosis ofthe context in which artistic production takes place nowadays is outlined, highlighting the wild implementation of electronic surveillance equipment problem, justified by the increase of urban violence. This diagnosis shows that information and communication technologies, together with surveillance systems allows to retrieve the individuais behavior profiles, from the data provided to the systems in their daily movement. Those profiles are used to control the consumption, through each day more individualized marketing strategies, and also forthe State control, detecting deviations in data pattern. This is the context of the society of control, as described by philosopher Gilles Deleuze, which succeeds the disciplinary society, defined by philosopher Michel Foucault. Changes in subjectivity's figure in modern and post-modern period are outlined: from a fixed identity, able to interpret the worid and to produce new features; to multiple identities, chosen among pret' a'porter models, who appropriates and produces detournment in previous productions. The hypothesis presented is that subjectivities are produced in a relationship between the individual and the objects that surround him. These objects function as devices to processes of subjectivation. Art is considered a device, since, as ali otherobjects, participates in processes ofsubjectivation when someone relates to it. Art as a device has the potential to produce subjectivities that escape from society of control's modulations. The net is presented as a metaphor to understand several contemporary processes, from interpersonal relations, creative processes, and even the formation of consciousness. Some contemporary creative processes exemplifythe metaphorofthe neto Artists and cultural producers are shown as orchestrators of meanings ma de by recombining everything that was once produced, proposing with their appropriations new directions. Appropriation and detournment as a creative strategy is highlighted in professional artists', beginners', collectives' and non-artists' works. Environments in which creative freedom still exists are described. Those are sites where situations, objects or people who do not usually coexist can be found side by side, in which there is creative freedom, as long as they keep unnoticed in control systems. Invisibility is concluded to be the strategy to escape from information and surveillance systems, preserving creative freedom and the possibility to produce ethical and aesthetic subjectivities. In order to do so, one should control the data retrieved by those systems, so thatthis data are unremarkable from the ordinary information flow / O presente trabalho investiga meios como a arte pode colaborar para criar maneiras de existir singulares, no contexto das transformações sócio-culturais e tecnológicas, que promovem a indiferenciação e a anestesia, eliminando as singularidades. É esboçado um diagnóstico do contexto em que a produção artística se realiza nos dias de hoje, destacando-se o problema da implementação desenfreada de aparelhos eletrônicos de vigilância, justificado pelo aumento da violência urbana. Através desse diagnóstico é possivel verificar que as tecnologias de informação e comunicação, associadas aos sistemas de vigilância, permitem produzir perfis de comportamento de cada indivíduo, a partir dos dados fomecidos aos sistemas em sua movimentação cotidiana. Esses perfis são usados para o controle em prol do consumo, como estratégias de marketing cada dia mais personalizadas, e também para o controle do Estado que detecta desvios no padrão dos dados. Esse é o contexto das sociedades de controle descritas por GUIes Deleuze, que sucedem as sociedades disciplinares definidas por Michel Foucault. Também são apontadas mudanças na figura da subjetividade na modemidade e na pós-modemidade: de uma identidade fixa, interpretadora do mU,Qdo e produtora de novidades, para identidades múltiplas, escolhidas dentre modelos prontos para usar (prêt-à¬porter) que se apropria e rearticula produções anteriores. É apresentada a hipótese de que as subjetividades são produzidas a partir da relação de um indivíduo com os objetos que o cercam, que funcionam como dispositivos para os processos de subjetivação. A arte é considerada um dispositivo, já que, como todos os outros objetos, participa de processos de subjetivação quando um indivíduo se relaciona com ela. A arte como dispositivo contêm a potência de produzir subjetividades que escapam às modulações das sociedades de controle. A rede é apresentada como metáfora para a compreensão de diversas estruturas atuais, desde as relações interpessoais, os processos criativos, até mesmo a formação das consciências, e é exemplificada nos processos criativos contemporâneos. Os artistas e produtores culturais são apresentados como orquestradores de sentidos que se apropriam de tudo o que já foi produzido, recombinando e propondo novos sentidos. A apropriação e o desvio como estratégia de criação são apontados em exemplos de artistas profissionais, iniciantes, coletivos e não-artistas. São descritos ambientes nos quais existiria uma certa liberdade criativa e a suspensão da ordem hierárquica, por algum tempo. Sítios que permitiriam a coexistência de situações, objetos ou pessoas que não costumam se encontrar em outros lugares, e que permitem a liberdade criativa enquanto passam despercebidos pelo controle. Conclui-se que é necessário permanecer invisível aos sistemas de informação e vigilância, para manter a liberdade criativa e a possibilidade de produzir subjetividades éticas e estéticas que escapam às modulações da sociedade de controle. Para isso é necessário controlar os dados que são fornecidos a esses sistemas de forma a não se destacardo fluxo de dados cotidiano

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.udesc.br #179.97.105.11:handle/749
Date30 November 2008
CreatorsVeiga, Luana Marchiori
ContributorsAraujo, Yara Rondon Guasque
PublisherUniversidade do Estado de Santa Catarina, Mestrado em Artes Visuais, UDESC, BR, Artes Visuais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UDESC, instname:Universidade do Estado de Santa Catarina, instacron:UDESC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0048 seconds