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Previous issue date: 2005 / Este trabalho pretende examinar algumas dimensões em comum entre o modelo
paraeconômico, proposto por Guerreiro Ramos, e o modelo constituído a partir da dádiva
antropológica, apontada por Marcel Mauss. Pretende-se conduzir este exame mediante uma
exploração teórica comparada dos seus principais conceitos e categorias. O objetivo é o de
subsidiar análises organizacionais multidimensionais, no campo da Administração e da Teoria
Organizacional, buscando o estabelecimento de uma aproximação entre tais modelos. O
modelo paraeconômico tem por premissa a existência da racionalidade substantiva em
oposição à racionalidade meramente instrumental, e propõe a delimitação de sistemas sociais
segundo as suas finalidades, objetivos e características. A partir de polaridades entre a
orientação individual ou coletiva e o grau de prescrição social são configurados tipos ideais
(weberianos) dos sistemas sociais da paraeconomia. A paraeconomia propõe, ainda, políticas
substantivas de adequada alocação de recursos para diversos sistemas de vida humana
associada e organizações. O modelo baseado na dádiva antropológica, onde esse fenômeno é
identificado como o elemento coesivo primário das sociedades humanas, tem como premissa
e suporte conceitual de suas múltiplas e paradoxais configurações de sistemas sociais a tríade
verbal dar – receber – retribuir, segundo o grau de obrigação ou liberdade e de interesse ou
desinteresse na manutenção do laço social. Este constructo, por sua vez, dá base teórica a
sistemas sociais orientados por múltiplas dimensões, onde o econômico se acha entrelaçado e
subordinado aos demais aspectos da vida social, como o político, o social, o religioso etc. A
comparação dos fundamentos de cada modelo mostra que a razão incorpora elementos da
dádiva, enquanto esta é capaz de demonstrar a racionalidade de ações aparentemente
irracionais sob uma ótica do interesse econômico, ou a irracionalidade efetiva de ações
aparente e ou temporariamente racionais. Ambos os paradigmas procuram articular as tensões
entre o nível individual e o nível coletivo, segundo variados graus de determinação pela
estrutura ou norma social. A guisa de conclusão, procura-se discutir algumas implicações
desses modelos para a análise organizacional. / Salvador
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/9699 |
Date | January 2005 |
Creators | Peters, Luis Antônio Schmitt |
Contributors | França Filho, Genauto Carvalho de |
Publisher | Universidade Federal da Bahia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | http://www.adm.ufba.br/sites/default/files/publicacao/arquivo/luis_antonio_peters.pdf, reponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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