Return to search

A clínica da psicose na clínica do CAPS : reflexões a partir das perspectivas do paciente, de sua família e de profissionais que o atendem num CAPS de São Luís (MA)

Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, 2008. / Submitted by wesley oliveira leite (leite.wesley@yahoo.com.br) on 2009-09-11T17:29:01Z
No. of bitstreams: 1
2009_IsalenaSantosCarvalho.pdf: 2203427 bytes, checksum: 4c3e12798e9345f56daf6938aaa29f9f (MD5) / Approved for entry into archive by Luanna Maia(luanna@bce.unb.br) on 2009-09-14T12:51:15Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2009_IsalenaSantosCarvalho.pdf: 2203427 bytes, checksum: 4c3e12798e9345f56daf6938aaa29f9f (MD5) / Made available in DSpace on 2009-09-14T12:51:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2009_IsalenaSantosCarvalho.pdf: 2203427 bytes, checksum: 4c3e12798e9345f56daf6938aaa29f9f (MD5)
Previous issue date: 2008 / Este estudo teve como principal objetivo discutir o atendimento ao paciente psicótico no CAPS a partir das perspectivas dele, de sua família e dos profissionais que o atendem num serviço de São Luís (MA). Como ramificações desse objetivo, visou-se identificar concepções sobre: o paciente psicótico; a proposta de tratamento do CAPS a esse sujeito; e a contribuição da família para seu atendimento. Participaram do estudo uma paciente, quatro membros de sua família e seis profissionais. Foram utilizados diário de campo e entrevistas individuais. A análise do discurso foi o referencial de análise do material. Observou-se que os familiares tendem tanto a relevar os comportamentos apresentados pelo paciente, por não o considerarem capaz de discernimento, quanto a caracterizar os que indicam afronta ao funcionamento familiar como intencionalmente transgressores sem relação alguma com questões psicopatológicas. Entre a equipe, há os profissionais que consideram o paciente apenas como um “doente mental”. Para outros, essa caracterização depende do estado no qual ele se encontra. Em crise, há a consideração de que nenhuma intervenção é possível, a não ser a medicamentosa, ou mesmo, a internação. A concepção mais favorável foi da paciente sobre si mesma. Discutiram-se os esforços que desenvolve para se perceber e ser percebida de forma menos limitante. Ela, no entanto, como outros usuários, não tem uma opinião tão favorável em relação às pessoas que ingressam no CAPS com quadro psicótico. Como pacientes e familiares parecem receber poucas informações sobre o diagnóstico, há uma divisão dos usuários conforme a possibilidade de interação manifestada. Observou-se, em geral, uma carente posse de informações sobre o funcionamento do CAPS e suas potencialidades junto ao território. Para os familiares e profissionais, qualquer melhora parece ser percebida como algo espontâneo ou creditada principalmente à medicação. É como se o paciente não sofresse influência significativa das relações que há no CAPS. A contribuição da família no tratamento é limitada pela falta de modalidades a ela direcionadas. Suas idas tendem a se restringir à discussão de assuntos burocráticos ou à de comportamentos destoantes do funcionamento institucional apresentados pelo paciente. Os dados apontam a necessidade de criação de espaços sistemáticos como grupos de familiares e reuniões para avaliação do serviço. Sugerem, ainda, a importância da supervisão clínico-institucional para a equipe. Essas são ações fundamentais para que as concepções e as intervenções tradicionais em relação ao paciente psicótico não se perpetuem na sociedade. ____________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The main objective of this paper is to discuss the treatment of a psychotic patient at CAPS from her perspective, her family’s and the one of the professionals who deal with her in a service provided in São Luís (MA). As extensions of this goal, it was aimed to identify the conceptions of psychotic patients, the proposed CAPS treatment applied to them and the families’ contribution to their assistance. The study included a female patient, four members of her family and six professionals. As a tool, we performed field studies and individual interviews. Speech analysis was used as reference for analysis of the material. It was observed that family members tend to soften the behavior showed by the patient for they do not consider her able to reason, as well as to characterize those who represent a threat to the family’s functioning as intentional transgressors without any link with psychopathological matters. Among the staff, there are professionals who consider the patient only as “mentally ill”. For others, this label depends on the mental state of the patient at the moment of the observation. During a crisis, it is thought that no intervention is possible, unless it is performed through drugs, or even, hospitalization. The most favorable conception was the patient’s about herself. The efforts that she makes to perceive herself and to be perceived by others in a less limiting way were here discussed. She, however, like other patients, doesn’t have a favorable opinion concerning the individuals who join CAPS with a psychotic event. Since the patients and their families seem to receive little information about the diagnosis, there is a division of the users according to the manifested possibility of interaction. In general, a limited knowledge about CAPS operation and its potentialities on the territory was observed. For family members and professionals, any improvement seems to be perceived as something spontaneous or mainly credited to the medication. It is as if the patient hadn’t obtained any significant influence of the relations existent in CAPS. The contribution of the families to the treatment is limited by the lack of alternatives directed to them. Their visits to CAPS tend to be restricted to bureaucratic issues or to the behavior presented by the patient that does not correspond to institutional functioning. The data point out the need for systematic spaces such as family groups and meetings to evaluate the service provided. They also suggest the importance of clinical-institutional supervision for the staff. These are fundamental actions to prevent traditional conceptions and interventions related to psychotic patient to perpetuate in society.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/1656
Date January 2008
CreatorsCarvalho, Isalena Santos
ContributorsBucher-Maluschke, Júlia Sursis Nobre Ferro, Costa, Ileno Izídio da
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0025 seconds