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Personagem imortal: a construção da memória de Tiradentes no Museu Paulista e no Museu da Inconfidência

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Previous issue date: 2014-04-14 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research, entitled "Immortal Personality: the preservation of the memory of Tiradentes in Museu Paulista and in the Museu da Inconfidência" examined how the second Lieutenant Joaquim José da Silva Xavier, known as Tiradentes, and the movement he took part in, Inconfidência Mineira (Minas Conspiracy) were portrayed, explained and immortalized in the Museu Paulista in São Paulo and Museu da Inconfidência in Ouro Preto. Historical museums often treat them, erroneously, as the forerunners of the movement of Brazilian Independence, which would only happen in 1822. This can be explained by the appropriation of the movement by Brazilian Historic and Geographic Institute (IHGB) in the nineteenth century, in order to give coherence to the nationalist movement. However, it is important to respect the specificity of the moment, as the conspirators had no notion that thirty three years later the independence would actually happen. They fought for the emancipation of Minas Gerais. One of the explanations are the reasons why these museums were opened: in São Paulo, the place where the Ipiranga monument was built and later converted into a museum, appears strongly based on tradition and the building alone was considered a historical monument, for having been the site of the proclamation of Brazilian independence. Even though the director of this museum between 1917 and 1945, Affonso d' Escragnolle Taunay, was not a historian, he was the one who planned the entire composition of the internal decoration for the Centennial of Independence in 1922. The Museu da Inconfidência, opened on August 11, 1944, was planned by President Getúlio Vargas. He gave orders to bring back to Brazil the remains of the participants of the Minas Conspiracy who were banished to Africa. The bones that could be exhumed arrived in 1937. At a time when the recovery of the Brazilian memory was becoming a priority for both government and intellectuals, the place to deposit those relics had to be Ouro Preto. Thenceforth, it is possible to understand why Tiradentes and the Minas Conspiracy where chosen to be a part of the exhibitions of these museums / Esta pesquisa, intitulada Personagem Imortal: a construção da memória de Tiradentes no Museu Paulista e no Museu da Inconfidência , analisou como o alferes Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, e o movimento de que participaria, a Inconfidência Mineira foram retratados, explicados e eternizados no Museu Paulista em São Paulo e no Museu da Inconfidência em Ouro Preto. Os museus históricos costumam tratá-los, erroneamente, como os precursores do movimento de Independência do Brasil, que só viria a acontecer em 1822. Isto se explica, primeiramente, pela apropriação do movimento pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) ainda no século XIX, no sentido de dar coerência à história nacionalista. Entretanto, é preciso respeitar a especificidade do momento, já que os inconfidentes não tinham a noção de que trinta e três anos depois a independência aconteceria de fato, na verdade, lutavam pela emancipação de Minas Gerais. Uma das explicações são os motivos pelos quais esses museus foram inaugurados: em São Paulo, o local em que foi construído o Monumento do Ipiranga, posteriormente convertido em museu, aparece fortemente calcado na tradição paulista e o prédio, por si só, já era considerado um monumento histórico, por ter sido construído no local da proclamação da Independência brasileira. O diretor desse museu entre 1917 e 1945, Affonso d Escragnolle Taunay não foi um historiador de formação, porém pensou toda a composição da decoração interna para o Centenário da Independência em 1922. Já o Museu da Inconfidência, inaugurado em 11 de agosto de 1944, foi pensado pelo presidente Getúlio Vargas ao determinar que os restos mortais dos participantes da Inconfidência Mineira degredados para a África fossem trazidos de volta ao Brasil. Os ossos que puderam ser exumados chegaram em 1937. Numa época em que o resgate da memória brasileira começava a se tornar prioridade tanto para governo quanto para intelectuais, o local para depósito daquelas relíquias só poderia ser Ouro Preto. A partir daí é possível entender a causa da escolha de Tiradentes e da Inconfidência Mineira nas exposições destes museus

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/12834
Date14 April 2014
CreatorsDolci, Mariana de Carvalho
ContributorsTorrão Filho, Amilcar
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em História, PUC-SP, BR, História
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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