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Previous issue date: 2013-07-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho teve por objetivo investigar a associação entre stress e risco cardiovascular em profissionais de enfermagem de uma Instituição Hospitalar de Viçosa, Minas Gerais, Brasil. Realizou-se um estudo transversal, com 86 profissionais de enfermagem, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem, de ambos os gêneros. As condições sociodemográficas, de trabalho e estilo de vida foram obtidas mediante aplicação de um questionário semi-estruturado. As informações sobre hábitos alimentares de cada participante foram obtidas por meio de um questionário de frequência alimentar semi-quantitativo. A avaliação antropométrica incluiu medidas de peso, estatura e perímetro da cintura, sendo ainda calculados o índice de massa corporal (IMC) e a razão cintura/estatura (RCEst). O percentual de gordura corporal foi mensurado utilizando um aparelho de impedância bioeléctrica. Foram determinados o perfil lipídico e a glicemia de jejum por meio de exames bioquímicos. A pressão arterial foi aferida por método indireto, com técnica auscultatória e esfigmomanômetro de coluna de mercúrio. Dados pessoais como história da doença atual, história patológica pregressa, antecedentes familiares foram coletados, tendo como variáveis de interesse a presença de Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, Doenças Cardiovasculares, Obesidade e Dislipidemias. O diagnóstico de stress foi obtido por meio do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos Adaptado por Lipp (ISSL). As características psicológicas e sociais envolvidas no trabalho dos profissionais de enfermagem foram avaliadas por meio do Job Content Questionnaire (JCQ). Foram utilizados dois parâmetros para avaliação do risco cardiovascular: o Escore de Risco de Framingham (ERF) e o diagnóstico de Síndrome Metabólica (SM). Para análise estatística descritiva dos dados foram utilizadas proporções e medidas de tendência central e de variabilidade. A normalidade das variáveis foi verificada pelo teste Kolmogorov-Smirnov. Nas análises bivariadas utilizou- se o teste do Qui-quadrado de Pearson para a comparação de proporções e teste t de Student ou teste de Mann-Whitney para as comparações entre grupos, de acordo com a normalidade. Foram utilizadas as razões de prevalência e os respectivos intervalos de confiança de 95% para a associação entre stress e ERF bem como entre stress e SM, utilizando-se a regressão de Poisson. Por sua vez, macro e micronutrientes foram ajustadas pela ingestão calórica por meio do método residual. Em todas as análises foi considerado como nível de significância estatística α < 0,05. A amostra estudada apresentou idade média de 36,71 anos (DP = 7,45 anos), havendo predominância de profissionais do sexo feminino (69,8%). 48,8% dos profissionais de enfermagem apresentaram stress segundo diagnóstico do ISSL. E segundo o JCQ, 32,6% dos profissionais se encontravam no quadrante de Alta Exigência do Modelo Demanda-Controle, quadrante de maior risco em apresentar stress ocupacional. Não houve associação entre o diagnóstico de stress e risco de apresentar stress ocupacional. As mulheres apresentaram maior percentual de diagnóstico de stress em relação aos homens. A maioria dos indivíduos apresentou consumo adequado de carboidratos, proteínas, lipídeos, ácidos graxos saturados, colesterol, vitamina C, ferro, zinco e sódio. Por outro lado houve um grande percentual de consumo fora das recomendações para ácidos graxos poliinsaturados, ácidos graxos ômega-3, ômega-6, vitamina A e cálcio. Não foram encontradas associações ou diferenças estatísticas entre as variáveis de consumo alimentar e ocorrência de stress. Mais da metade dos profissionais (50,3%) apresentou excesso de peso, enquanto que 58,1% apresentaram obesidade central e 50% apresentaram percentual de gordura corporal elevado. Quanto ao risco cardiovascular, pelo ERF 54,7% dos indivíduos apresentaram risco médio ou alto de desenvolver doenças cardiovasculares em 10 anos, e 31,4% apresentaram SM. O stress se associou independentemente ao diagnóstico de SM após ajuste por regressão de Poisson. A prevalência de SM foi 2,47 vezes maior nos profissionais de enfermagem estressados do que nos profissionais que não apresentam stress (RP = 2,47; IC95% = 1,49-4,08). Diante dos resultados apresentados ressalta- se a importância deste estudo e da importância em realizar investigações das condições de trabalho, nutricionais e de saúde dos profissionais de enfermagem, pois mesmo intimamente ligados ao processo de cuidado de pacientes, não raramente negligenciam o auto cuidado, levando a riscos à própria saúde. / This study aimed to investigate the association between stress and cardiovascular risk in nursing professionals in a hospital institution of Viçosa, Minas Gerais, Brazil. Eighty-six nursing professionals, including nurses and nurse technicians of both sexes, were enrolled in this cross-sectional study. Sociodemographic profile , work conditions and lifestyle data were obtained by semi-structured questionnaire. Eating habits of each participant was assessed by a semi-quantitative food frequency questionnaire. Anthropometric measures included weight, height and waist circumference. Body mass index (BMI) and the waist / height ratio (WHtR) also were calculated. The percentage of body fat was assessed using bioelectrical impedance. It was determined lipid profile and fasting glucose by biochemical tests. Blood pressure was measured byusing the sphygmomanometer mercury column. Personal data such as history of present illness, medical history, family history of diseases, were collected. Variables of interest were the occurrences ofdiabetes mellitus, hypertension, cardiovascular disease, obesity and dyslipidemia. The diagnosis of stress was obtained using the Inventory of Stress Symptoms for Adults Adapted by Lipp (ISSL). The psychological and social aspects at work of nursing professionals were evaluated using the Job Content Questionnaire (JCQ).The Framingham Risk Score (FRS) and the diagnosis of Metabolic Syndrome (MS) were used as cardiovascular risk factors. To descriptive statistical analysis of the data were used proportions and measures of central tendency. The normality of variables was evaluated by the Kolmogorov-Smirnov test. In bivariate analyzes, we used the Chi-Square Pearson test for the comparison of proportions and variability. In addition, we used the Student t test and Mann-Whitney test for the comparison between groups, according to normality of variables. The prevalence ratio was determined by Poisson regression with a confidence interval of 95% to assess the associations among of stress with FRS and MS. In turn, macronutrients and micronutrients were adjusted by caloric intake using the residual method. In all analyzes was considered as statistical significance probability α < 0.05. The sample had a mean of age of 36.71 years (SD = 7.45 years), with predominance of women (69.8%). 48.8% of nursing professionals had stress according to the ISSL and 32.6% of professionals were in quadrant High Requirement of the Demand-Control Model (JCQ), which presents high risk to present occupational stress. There was no association between the diagnosis of stress and the risk of occupational stress. Women showed a diagnosed stress prevalence compared to men. Most subjects had adequate intake of carbohydrates, proteins, lipids, saturated fatty acids, cholesterol, vitamin C, iron, zinc and sodium. In turn, there was a large percentage of consumption out of recommendations for polyunsaturated fatty acids, omega-3, omega-6, vitamin A and calcium. There were no statistical differences or associations between dietary intake variables and the occurrence of stress. More than half of the professionals (50.3%) were overweight, 58.1% of the sample had a high waist circumference and 50% had high body fat percentage. As the cardiovascular risk, according FRS 54.7% of patients had medium or high risk of developing cardiovascular disease within 10 years, And 31.4% had MS. Stress was independently associated with the diagnosis of MS after multivariate adjustment of the data. The prevalence of MS is 2.47 times higher in the stressed nursing professionals than those had no stress (PR = 2.47, 95%; CI = 1.49 - 4.08). The results reinforce the importance of this study and the importance in conducting investigations of working conditions, nutrition and health of nursing professionals, because even closely related to the process of care of patients, not infrequently neglect self care, taking the risks to their own health.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/9947 |
Date | 31 July 2013 |
Creators | Schitini, Josiane Keila Gomes Viana |
Contributors | Bressan, Josefina, Hermsdorff, Helen Hermana Miranda, Ribeiro, Andréia Queiroz, Santana, Ângela Maria Campos |
Publisher | Universidade Federal de Viçosa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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