[pt] A presente dissertação busca esclarecer, principalmente a partir das teorias
de Sigmund Freud e Jacques Lacan, a articulação de dois conceitos centrais da
teoria psicanalítica, a saber: gozo e desejo. A partir desta investigação, serão
propostos possíveis entrelaçamentos, convergências e correlações entre estes dois
termos-chave da psicanálise, frequentemente tratados como opostos, divergentes e
antagônicos, tanto na teoria como na clínica psicanalítica. O conceito de angústia
também será abordado, uma vez que é situado por Jacques Lacan como termo
intermediário entre o gozo e o desejo (1962-63/2005, p. 193). As noções de um
gozo a serviço do desejo ou gozo produtivo e de um gozo que estabiliza
serão algumas das articulações possíveis que serão propostas ao longo do
trabalho. Considerando que o sujeito da psicanálise existe inserido na cultura,
alguns fenômenos culturais serão observados e discutidos enquanto expressões
tanto de gozo como de desejo e, por que não, de angústia. Pretende-se discutir
também a importância do manejo, do acolhimento e da singularidade do gozo na
clínica – diga-me como gozas e eu te direi quem és - ou seja, de que maneira a
forma única de cada um gozar, e a relação singular de cada sujeito com o gozo,
pode contribuir para a direção do tratamento. Nossa bússola neste nebuloso e
paradoxal percurso do desejo ao gozo serão as palavras de Miller: o gozo não
mente (2011, p. 195). / [en] This dissertation seeks to clarify, mainly in the theories of Sigmund Freud
and Jacques Lacan, the articulation of two central concepts of psychoanalytic
theory, namely jouissance and desire. From this research, possible interlacements,
convergences and correlations will be proposed between these two key terms of
psychoanalysis, often treated as opposites, divergent and antagonistic, both in
theory and in clinical psychoanalysis. The concept of anxiety will also be
addressed, since it is located by Jacques Lacan as a middle term between
jouissance and desire (1962-63/2005, p. 193). The notions of a jouissance in the
service of desire or productive jouissance and a jouissance that stabilizes are
some of the proposals that will be presented along the text. Once the subject of
psychoanalysis is inserted into the culture, some cultural phenomena are observed
and discussed throughout the work as expressions of both jouissance and desire
and, why not, of anxiety. We also intend to discuss handling, care and the
importance of the singularity of jouissance in the psychoanalytic clinic – tell me
how you enjoy (jouis) and I ll tell you who you are – in other words, how the
unique mode of jouissance and the unique relationship established by each subject
with jouissance, can contribute to the direction of the treatment. Our compass in
this paradoxical and nebulous course from desire to jouissance will be Miller s
words: the jouissance doesn´t lie (2011, p. 195).
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:22405 |
Date | 19 December 2013 |
Creators | ARTHUR FIGER |
Contributors | ANA MARIA DE TOLEDO PIZA RUDGE, ANA MARIA DE TOLEDO PIZA RUDGE |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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