O objeto do estudo é a complexidade da inserção de um Sistema de Alimentação Coletiva no Capitalismo Fordista. Foi estabelecida uma sistematização fixada em três etapas: a) a Alimentação Coletiva frente a gênese, o desenvolvimento e a crise do sistema produtivo fordista; b) a Alimentação Coletiva como uma estratégia do sistema produtivo, tendo em vista a energia humana laboral necessária ao setor produtivo, viabilizada através da oferta de refeições nutricionalmente adequadas; c) a experiência brasileira na Alimentação Coletiva e finalmente, d) a concepção de um Modelo Conceitual Simbólico da Alimentação Coletiva. O objetivo, portanto, é estabelecer as interfaces entre Nutrição, Trabalho, Capital Produtivo e Setor Produtivo Estatal, a fim de compreender a estrutura funcional da Alimentação Coletiva como parte integrante da Política de Saúde. Os procedimentos metodológicos para alcançar os objetivos exigiram duas abordagens: histórica e sistêmica. A primeira se refere a integração espaço-tempo do Sistema da Alimentação Coletiva quando depoimentos de atores sociais que construíram a história da Alimentação Coletiva foram colocados em evidência. A segunda é de natureza holística, o que a diferencia da abordagem clássica, com visão fragmentada. Dentre os enfoques possíveis da abordagem sistêmica optou-se pela aplicação do Modelo Conceitual Simbólico, consubstanciado na Teoria Geral de Sistemas, através do qual é possível descrever a integração dos sub-sistemas encontrados neste setor produtivo, a saber: Trabalho, Capital Produtivo, Setor Produtivo Estatal e Nutrição. Neste estudo, Sistema é um conjunto de elementos discretos (componentes ou subsistemas) interconectados ou em interação dinâmica, organizados e agenciados em função de um objetivo, fazendo o referido conjunto objeto de controle. Foram gerados três Modelos Conceituais Simbólicos que representam as memórias da Alimentação Coletiva no paradigma do capitalismo fordista. Eles possibilitaram perceber que com a evolução da tecnologia de alimentos, estudos em Nutrição e o desenvolvimento do capitalismo, o Sistema de Alimentação Coletiva foi se tornando mais complexo. Importante é ressaltar, que o entendimento da dinâmica do setor, só épossível se for ultrapassado os muros da Nutrição, na busca da interação desta com o meio ambiente. Para tanto, o Modelo Conceitual Simbólico é útil, uma vez que é capaz de colocar em evidência os subsistemas do Sistema de Alimentação Coletiva e as interações entre eles.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:1252 |
Date | 29 November 2000 |
Creators | Haydée Serrão Lanzillotti |
Contributors | George Edward Machado Kornis, Eliane de Abreu Soares, Célia Regina Pierantoni, Jane Dutra Sayd, Amaranto Lopes Pereira |
Publisher | Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, UERJ, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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