Orientador: Antônio Augusto Fasolo Quevedo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação / Made available in DSpace on 2018-08-17T09:27:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Ervilha_FernandaPassosdosReis_M.pdf: 2898237 bytes, checksum: fe712c8eb592c7ff74c8059f848e933e (MD5)
Previous issue date: 2010 / Resumo: Indivíduos acometidos por acidente vascular encefálico (AVE) freqüentemente apresentam diminuição na habilidade de controlar os movimentos do ombro, cotovelo e punho, bem como de realizar as tarefas de preensão com o membro superior afetado (parético). Na última década, estudos têm investigado os efeitos da aplicação simultânea e intensiva de estimulação elétrica neuromuscular e exercícios funcionais, como forma de auxiliar na reabilitação dos movimentos da mão. Uma vez comprovada a efetividade deste procedimento terapêutico, denominado Terapia Elétrica Funcional Intensiva (TEFI), poderá haver aplicação em larga escala nos centros de reabilitação, devido à redução do tempo de tratamento proporcionado pelo procedimento, uma vez que este consiste, essencialmente, em oferecer aos pacientes sessões de tratamento longas e várias vezes por semana, porém, por poucas semanas. Convencionalmente, os pacientes se submetem a duas ou três sessões de cinqüenta minutos de fisioterapia por semana, durante anos. Contudo, várias questões no que se refere à combinação destas duas técnicas terapêuticas ainda estão por serem respondidas. O objetivo do presente estudo foi comparar os efeitos do treinamento funcional isolado com os efeitos do treinamento funcional somado à terapia elétrica funcional intensiva, a curto, médio e longo prazo, na função motora do membro superior acometido por paresia decorrente de AVE. Dez voluntários, com média de idade e de tempo de lesão de 63,1 (±11) anos e 7,9 (±6,8) meses, respectivamente, foram selecionados e divididos por sorteio em dois grupos. Oito voluntários concluíram o estudo. A intervenção foi de 5 semanas, 30 minutos de terapia convencional somados a 30 minutos de TEFI. Para o grupo experimental foi utilizado estimulador elétrico neuromuscular de 4 canais, marca Actigrip® CS system. Nas primeiras duas semanas de tratamento com estimulação elétrica, apenas músculos proximais do membro superior (m. deltóide, fibras anteriores e laterais) foram estimulados via eletrodo de superfície, com pulso monofásico com carga compensada, freqüência de 50 Hz, tempo de pulso de 200 µs e amplitude de 20 a 45 mA. Nas três semanas seguintes, o mesmo procedimento foi aplicado a músculos distais do membro superior. (canal 1 - extensor longo do polegar e, canal 2- m. oponente e flexor do polegar, canal 3 - flexor profundo em superficial dos dedos e canal 4 - músculo extensor comum dos dedos). A eletroestimulação foi realizada de tal forma a recrutar estes grupos musculares numa seqüência que mimetizava o movimento de pegar e soltar um objeto, qual seja, de estender sequencialmente o polegar, os dedos e punho e, na seqüência, flexionar o polegar, os dedos e punho. A função motora foi avaliada através dos seguintes testes: 1) Teste de Funcionalidade para Membros Superiores (Upper Extremity Functioning Test -UEFT), 2) Teste do quadrado adaptado (Drawing Test- DT) e avaliação neurológica. A análise de variância (ANOVA) mostrou diferença significante (F(4,20)=8,4; p<0,01) para o parâmetro número de repetições de movimentos funcionais realizados em dois minutos. O teste post hoc - Tukey Honest Significant Difference mostrou que tanto o grupo TEFI quanto o grupo controle apresentaram aumento significante na média do número de repetições no TFMS do pré-terapia para 2 e 5 semanas de tratamento, bem como 12 e 24 semanas de acompanhamento (p<0,03). O número de repetições das tarefas motoras aumentou de aproximadamente 8 para 11 repetições em dois minutos. Conclusão: o treinamento funcional do membro superior acometido por paresia, decorrente de AVE, somado ou não a terapia elétrica funcional intensiva induziu à melhora na funcionalidade motora. Este resultado foi atingido nas primeiras 2 semanas de treinamento e se manteve por um período de 24 semanas. / Abstract: Stroke results with decreased ability to control shoulder and elbow movements, as well as compromised grasping. In the last decade, researchers have investigated the effect of simultaneously applied intensive neuromuscular electrical stimulation and functional exercises, aiming rehabilitation of hand movements. Once proved to be effective, Intensive Functional Electrical Therapy (IFET) tends to be widely used in rehabilitation centers due to decreased treatment time needed for each patient. Conventionally, patients attend to two or three fifty minutes physiotherapy sessions a week for years. However, many questions concerned the combination of these two therapeutic techniques is still to be addressed. The present study aimed to compare the effect of functional therapy with functional therapy plus IFET, in short, medium, and in a long term. Ten volunteers, with mean (±SD) age and after stroke time 63.1 (±11) and 7.9 (±6.8) weeks and months, respectively, were randomly selected and divided in two groups. Eight volunteers concluded the study. Volunteers underwent to 5 weeks of treatment, composed of 30 minutes of conventional therapy in addition to 30 minutes of IFET. For the experimental group, a four channel electrical stimulator Actigrip® CS system was used. In the first two weeks of treatment using electrical stimulation, only upper limb proximal muscles were stimulated (m. deltoid - anterior and lateral fibers), with surface electrodes, using a 200 ?s, 50 Hz, compensated monophasic pulse, 20-45 mA of intensity. In the following three weeks, the same procedure was applied to distal upper limb muscles (channel 1 - extensor pollicis longus m., channel 2 - flexor pollicis and opponens m., channel 3 -flexor digitorum profundus and superficialis m. e channel 4 - extensor communis digitorum m.). Electrical stimulation was applied in such a way to facilitate the volunteers to grip objects, which means to extend the thumb fingers and wrist, grasp the object and then to flex the thumb, fingers and wrist. Motor function was evaluated using the Upper Extremity Functioning Test - UEFT), Drawing Test- DT, and neurological evaluation. Analysis of variance (ANOVA) showed significant difference (F(4,20)=8,4; p<0,01) for the parameter number of functional task repetitions. The Tukey Honest Significant Difference test showed that both, TEFI and control groups significantly increased the number of motor task repetitions they could perform in two minutes(p<0,03). This was significant when pre-treatment was compared with post-treatment (2 and 5 weeks of treatment, and 12 and 24 weeks of follow-up). The number of times the volunteers performed the motor task increased from 8 to approximately 11. In conclusion, functional training of upper limb, impaired due to stroke, whether added or not to intensive electrical stimulation improved motor function. This result was obtained after two weeks of treatment and last for a period of 24 weeks. / Mestrado / Engenharia Biomedica / Mestre em Engenharia Elétrica
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/261977 |
Date | 17 August 2018 |
Creators | Ervilha, Fernanda Passos dos Reis |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Fasolo Quevedo, Antonio Augusto, 1970-, Quevedo, Antônio Augusto Fasolo, Bassani, José Wilson Magalhães, Mochizuki, Luiz |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 78 f. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0028 seconds