• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 26
  • 1
  • Tagged with
  • 27
  • 27
  • 27
  • 13
  • 5
  • 5
  • 5
  • 5
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
1

Apraxia construtiva subcortical : estudo comparativo com a apraxia construtiva cortical em lesões vasculares cerebrais

Maciel Junior, Jayme Antunes, 1948- 27 July 2018 (has links)
Tese (Livre-docencia) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-27T03:57:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MacielJunior_JaymeAntunes_LD.pdf: 22952009 bytes, checksum: 6f5332ad91c07458fda9aea3f1d8ffb2 (MD5) Previous issue date: 1999 / Resumo: Embasado no pressuposto da singularidade da apraxia construtiva dentro do universo dos distúrbios executivos, e de que na prática, a apraxia é caracterizada pelos tipos de erros de natureza executiva, foram exaustivamente estudados, 27 pacientes com lesão subcorticai de natureza vascular com enfoque na semiologia neuropsicológica da apraxia construtiva. Os achados semiológicos de 17 pacientes com lesão sub cortical à direita [10 homens (idade média: 45,4 anos; escolaridade média: 4,6 anos) e 7 mulheres (idade média: 49,8 anos; escolaridade média: 6,0 anos)] e dez è esquerda [6 homens (idade média: 57,8 anos, escolaridade média: 8,5 anos) e 4 mulheres (idade média: 54,5 anos; escolaridade média: 6,7 anos)} foram comparados com grupo contraste composto por dez pacientes apresentando lesão vascular isquêmica retrorroiândica à direita e à esquerda. A primeira avaliação neuropsicológica foi realizada após seis semanas do evento vascular inicial e posteriormente aos seis meses, um e dois anos quando possível. Essa sistemática visa estabelecer as repercussões dos distúrbios práxicos construtivos e outros sintomas e sinais neuropsicoíógicos na vida diária dos pacientes. O nível mínimo de escolaridade admitido no estudo foi de fés anos. Apenas um único paciente com lesão subcortical direita apresentava lateralidade homogênea a esquerda. A bateria neuropsicológica de testes construtivos (desenhos de complexidade crescente, figura complexa de Rey, cubos de Kohs, montagem de quebra-cabeça, teste visuomotor de Bender e construção com palitos) foi acrescida pelo estudo da memória visual (reprodução da figura complexa de Rey após período de distração e fase taquistoscópica do teste visuomotor de Bender), de testes visuoespaciais (complementação de figuras, dupla cabeça de bois, cancelamento de linhas e números), de detecção de agnosia visual (figuras hachuradas, discriminação figura/fundo e ordenamento de lâminas de histórias em quadrinhos), e do estudo do cálculo. Todos os pacientes foram enquadrados segundo a avaliação sociolinguística, a lateralidade e o nível de alerta/atenção. Os pacientes com lesão hemisférica esquerda foram ainda submetidos ao exame da linguagem pela aplicação do protocolo Toulouse-Montreal (versão standard inicial) e pela descrição da prancha n°i do protocolo de afasia de Goodglass & Kaplan. Os resultados da avaliação neuropsicológica foram comparados com a extensão da lesão anatômica peia neuroimagem (TC ou RNM) e ao atlas de correlação anatômica e vascular encefálica. Este estudo conclui que: l. a apraxia construtiva por lesão subcorticai, direita ou esquerda, expressa-se de maneira semelhante à observada nas lesões corticais retrorrolàndicas. A negligência ou inatenção visuoespacial freqüentemente se associa a apraxia construtiva na presença de lesão do hemisfério cerebral direito; 2. o desempenho neuropsicológico, semelhante nas lesões subcortícais e corticais, não permite estabelecer o nível da lesão anatômica tendo como base a avaliação neuropsicológica isolada A associação freqüente de distúrbio visuoespacial nas lesões hemisféricas à direita fala a favor do papel relevante deste hemisfério no sistema da atenção: 3. a imensidade dos sintomas e smais neuropsicológicos apresentam variabilidade interindividual e se expressam de maneira heterogênea em função do teste utilizado; 4. a observação dos achados do exame neuropsicológico nas lesões subcortícais serve de argumento para à concepção de que a especialização hemisférica se manifesta na organização hierárquica do SNC abaixo do córtex, 5. a persistência dos distúrbios práxicos construtivos e visuoespaciais no período tardio pós-AVC e suas implicações na vida diária dos pacientes sugerem mecanismos de desconexão córtico-subcortical na gênese dos distúrbios, 6. a constatação de queixas de inabilidade construtiva ou visuoespacial com limitação da função do trabalho sugere que a apraxia construtiva e a negligência visuoespacial podem ser duradouras e produzir incapacidade de grau variável nos pacientes. A presente casuística de apraxia construtiva por lesão subcorticai, direita e esquerda, constitui-se em forte argumento a favor da autonomia desses distúrbios neuropsicológicos, bem como da presença de mecanismos de retrocontrole exercidos pelas estruturas tálamo-lentículo-capsulares sobre a atividade cortical e responsáveis pela modulação de comportamentos complexos / Abstract: For the clinical neurologist, constructional apraxia is one of the most frequent neuropsychological symptoms of brain damage, It is diagnostically most useful since it can be detected at the bedside with simple procedures. For the overwhelming majority of clinical, situations, constructional apraxia is defined by failure to produce a drawing a) in response to verbal command; b) copying from a model. Neuropsychological evaluation based on the constructional disorder was done in 27 patients with a single subcortical vascular lesion on CT or MR1. In 17, the lesion was in the right hemisphere [12 infarctions (9 males, 3 females); 5 intraparenchymal hemorrhages (1 male, 4 females)]; in 10, the lesion was in the left hemisphere [6 infarctions (4 males, 2 females), 4 intraparenchymal hemorrhages (2 males, 2 females)], The controls consisted of 20 patients with a single cortical infarction, 10 on the right and 10 on the left hemisphere. Neuropsychological results were correlated with the extension and topography of the lesion on CT or MRI, with special concern to cerebral anatomy and vascularization. Our study concluded that: 1) Subcortical constructional apraxia, of either left or right hemispheres, is semiologicaliy similar to cortical retrorolandic lesions of the respective hemisphere, and left sided visual spatial inattention is associated with right subcortical lesions; 2) "Neuropsychological performance is not sufficient to determine the level of the vascular lesion (i.e. cortical or subcortical) due to sémiologie similarities. Our data suggest that neglect and visuospatial deficit impair drawing in right hemisphere lesions probably due to attentionai specialization of the right sided subcortical structures; 3) Performances on both visuospatial perceptual tasks and on drawing were heterogeneous between individuals and according to the tests employed, 4) Our data of subcortical constructional apraxia suggest that hemispheric specializations are already found at the level of subcortical structures; 5) Chronic persistence of constructional and visuospatial disorders is due to intrahemispheric disconnection syndrome; 6) Chronically persisting disorders after vascular subcortical lesions interfere in all aspects of the patients' lives such as home, work and social activities. Finally, our data suggest that subcortical constructional apraxia and visuospatial disorders are important arguments favouring the hypothesis that feedback mechanisms between the cerebral cortex and the thalamo-lenticulo-capsular region are implicated in the behaviour observed in our patients / Tese (livre-docencia) - Univer / Neurologia / Livre-docente em Ciencias Medicas
2

Doença cerebrovascular na infancia : investigação neuropsicologica

Guimarães, Ines Elcione 16 December 2003 (has links)
Orientador: Sylvia Maria Ciasca / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-03T20:06:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Guimaraes_InesElcione_M.pdf: 7375668 bytes, checksum: ef0d4a6c487a3c98ca42716fcce96b65 (MD5) Previous issue date: 2003 / Resumo: A doença cerebrovascular (DCV) refere-se a todas às alterações na quais uma área cerebral é transitória ou definitivamente, afetada por isquemias e ou sangramento, ou nas quais um ou mais vasos cerebrais são envolvidos num processo patológico. Visando traçar um perfil neuropsicológico da criança pós-acidente vascular cerebral (AVC), foram avaliadas 28 crianças, sendo 14 do grupo experimental (GE) e 14 crianças do grupo controle (GC). O GE foi composto por 7 sujeitos do sexo masculino e 7 do sexo feminino, faixa etária na ocasião da avaliação variou de 7 anos e 1 mês a 14 anos e 1 mês, média de 9 anos e 10 meses. O GC foi pareado em sexo e idade ao GE. O protocolo de investigação neuropsicológica constou de anamnese, questionário professor, teste de inteligência, teste viso-motor, desenho da figura humana e bateria neuropsicológica. A análise dos resultados deste estudo mostrou que os melhores desempenhos após o AVC estão relacionados ao menor tempo de recuperação funcional; houve desempenho superior do GC sobre o GE em todos os instrumentos utilizados, nas áreas cognitiva, perceptual e motora. Constatou ainda que o AVC pode levar ao rebaixamento intelectual, quando ocorre um quadro de repetição do insulto vascular. Através da investigação neuropsicológica estabeleceu-se relações entre sistemas cerebrais, processos cognitivos e comportamentaisda criança após o AVC / Abstract: The cerebrovascular disease (CVD) refers to a1lthe alterations in which a cerebral area is, transitory or definitively, affected by ischemia and/or bleeding, or in which one cerebral vessels are involved in a pathologic processo Seeking to trace a neuropsychological profile ofthe child after a cerebral vascular accident (CVA), 28 children were rated, being 14 ITom the experimental group (EG), and 14 ITom the controlling group (CG). The EG was consisting of 7 subjects ITomthe male sex and 7 ITomthe female sex, ITomages between 7 years and 1 month old and 14 years and 1 month old (an average of9 years and 10 months old) at the time rating. The CG was matched in sex and age tothe EG. The protocol of neuropsychological investigation consisted of anemnesis, instructor questionnaire, intelligencetest, vision-motor test, human figure drawing and neuropsychological task. The results analysis of this study showed that the best fulfillmentafter the CVA is related to lesser time of functional recovery; there was an upper fulfillmentof the CG over the EG in a1lthe instruments used, in cognitive, perceptive and motor areas. It was also testified tOOt the CVA leads to an intellectual lowering when a summary of vascular seizure repetition OOppens. Through the neuropsychological investigation, relations between cerebral systems,cognitive and behavior processes of the child after the CVA were set u / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Ciências Médicas
3

Arteriopatia do tipo moyamoya na Sindrome de Down : estudo clinico-epdemiologico atraves de metanalise

Junqueira, Paulo Alves 26 July 2018 (has links)
Orientador: Maria Valeriana Leme de Moura-Ribeiro / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-07-26T23:47:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Junqueira_PauloAlves_M.pdf: 4350742 bytes, checksum: a117b3525ee9bb23e937a77351e6c74d (MD5) Previous issue date: 2000 / Resumo: A coexistência de pacientes com diagnóstico de síndrome de Down e anormalidades cerebrovasculares semelhantes às detectadas na doença de moyamoya (fenômeno moyamoya) têm sido sistematicamente relatadas nos últimos 20 anos. FUKUSHIMA et a! (1986) encontraram esta associação em um entre 532 pacientes com síndrome de Down e NISHIMURA et al (1985) um entre 400. Segundo KAWAI (1985 ) estes dados são três vezes superiores a incidência da doença de moyamoya na população geral. Este trabalho tem como objetivo estudar o caso de duas crianças com diagnóstico de síndrome de Down que apresentaram quadro vascular isquêmico agudo, atendidas na disciplina de Neurologia Infantil da FCM-UNICAMP e rever a literatura pertinente a este tema. Realizou-se avaliação clínico-neuro lógica e estudo por imagem dos pacientes, bem como metanálise de todos os casos desta associação descrita na literatura no período compreendido entre 1977 a 2000. Foram encontrados 40 relatos de casos, resumidos na Tabela 1, acrescidos de dois casos pessoais. Nove casos ocorreram em lactentes (até dois anos de idade). 19 em pré-escolares (dois - seis anos), seis em escolares (sete - 12 anos) cinco em adolescentes (13-19 anos) e apenas três em adultos (acima dos 20 anos). A relação entre sexo masculino/feminino foi de 1:1,33. Foi constatado ataque isquêmico transitório [AIT] em sete pacientes (16,6%); infarto em 32 (76,2%) e episódio hemorrágico somente em três (7,2%). A idade de início dos sinais e sintomas variou de seis meses a 27 anos, com pico de incidência ocorrendo entre um e seis anos. Os pacientes catalogados na metanálise são oriundos de 12 diferentes países, sendo 13 originários do Japão. Hemiparesia foi o sintoma clínico inaugural em 33 casos (78,5%), seguidos por distúrbios da feia em 11 casos (26,2%), convulsões em seis casos (14,3%) e, numa incidência menor em ordem decrescente de freqüência, movimentos involuntários (coréia), fraqueza muscular, paralisia facial, cefaléia, atrofia óptica e cegueira cortical nos demais casos. Em 24 pacientes por ocasião do diagnóstico encontrava-se presente apenas um distúrbio neurológico, em 15 pacientes, dois distúrbios concomitantes e em três pacientes, três distúrbios concomitantes. O comprometimento vascular foi bilateral em 35 casos (83,3%) e unilateral em sete (16,7%). Cardiopatia esteve presente em 10 pacientes (23,8%) sendo a Comunicação Intraventricular [CIV] a mais freqüente (40%). Os episódios isquêmicos foram recorrentes em 26 pacientes (62%) e isolados em 16 (38%). Estes dados enfatizam a freqüente associação entre síndrome de Down e moyamoya, fazendo com que, diante de pacientes com síndrome de Down e episódios de hemiparesia aguda, se formalize a hipótese de quadro vascular isquêmico com a inclusão da síndrome de moyamoya no diagnóstico diferencial / Abstract: Patients diagnosed with Down syndrome and cerebrovascular abnormalities similar to those detected in moyamoya disease (moyamoya phenomenum) have been systematically described in the last 20 years. FUKUSHIMA et al (1986) found this association in one of 532 Down Syndrome patients, and NISHIMURA et al (1985) found one in 400. According to KAWAI(1985), these figures are three fold the incidence of moyamoya disease in the general population. This paper has the goal of studying two children diagnosed with Down syndrome who presented with an acute ischemic vascular condition, and were cared for at the Child Neurology Department of FMC - UN1CAMP, and reviewing the literature pertaining to this theme. The patients were clinically and neuro logically evaluated, imaging tests were performed and a meta-analysis was conducted including all the cases in the literature presenting the above association in the period of 1977 to 2000. Forty cases reports were found and are summarized in Table 1, plus two cases seen by the author. Nine were infants (up to two years of age ), nineteen pre-schoolers (2-6 years of age), six children in school age (7-12 years of age), five teen-agers (13-19 years of age) and only three adults (over 20 years of age). The gender ratio was 1:1.33 (male/female ratio). With regard to the disease subtype, the transient ischemic attack (TIA) type was reported in 7 patients (16,6%), the infarction type in 32 (76,2%), and the hemorrhagic type in 3 (7,2 %). The age of onset of signs and symptoms ranged from six months to 27 years of age, with a peak incidence occurring between one and six years . The patients included in the meta-analysis came from 12 different countries, and of the total 13 came from Japan. Hemiparesis was initial clinical symptom in 33 cases (78,5%), followed by speech disorders in II cases (26,2%), seizures in 6 cases (14,3%), and, with a lower incidence, from most to less frequent, involuntary movements (chorea), muscle weakness, facial paralysis, headache, optical atrophy and cortical blindness in the remaining cases. In 24 patients, at the time of diagnosis, there was only one neurological disorder present; in 15 patients, two concurrent disorders; and in 3 patients, three concurrent disorders. Vascular involvement was bilateral in 35 cases (83.3%) and unilateral in 7 cases (16.7%). Congenital heart detects were present in 10 patients (23.8%), and among those, ventricular septal defect (VSD) was the most frequent condition (40%). Ischemic episodes were recurrent in 26 patients (62%) and isolated in 16 (38%). These data highlight the frequent association between Down syndrome and moyamoya disease, so that, when faced with Down syndrome patients with acute hemiparesis episodes, the hypothesis should be raised of an ischemic vascular condition including moyamoya syndrome in the differential diagnosis / Mestrado / Neurologia / Mestre em Ciências Médicas
4

O estatuto neurolinguistico da perseveração na afasia

Lima, Silvia Saraiva Pereira 30 July 2004 (has links)
Orientador: Edwiges Maria Morato / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-04T01:25:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Lima_SilviaSaraivaPereira_D.pdf: 3359602 bytes, checksum: 56450256b7077c6add54895497554f5b (MD5) Previous issue date: 2004 / Resumo: O termo ¿perseveração¿ conceituado por HELMESTABROOKS (1995) foi introduzido no final do século XIX, por NEISSER (1895) que considerou ¿ perseveração uma repetição iterativa ou a continuação de uma resposta anterior após, a mudança na solicitação da tarefa¿ O termo perseveração foi originalmente aplicado nas descrições de casos de psicose encontrados em psiquiatria. NEISSER (1895) caracterizou a perseveração como diferentes formas de comportamento. O objetivo deste estudo é analisar o fenômeno da perseveração na afasia considerando: ¿1. ¿ a linguagem como uma atividade constitutiva na qual a emergência de categorias lingüísticas (sintática, semântica e pragmática) não é a priori determinada; 2. a perspectiva sócio-interacionista da aquisição da linguagem quando processos de construção do objeto lingüístico pela criança, podem ser observados durante o processo de reconstrução da linguagem do paciente afásico. 3. uma teoria discursiva que dissolve dicotomias clássicas e que visa a análise da linguagem em funcionamento, considerando todos os fatores relevantes da situação. Nessa perspectiva, a língua é considerada como o resultado de um trabalho coletivo, histórico e cultural que faz emergir um conjunto de recursos expressivos próprios de cada língua natural, organizados segundo critérios de uso e interpretados em sistemas de referências onde categorias e relações são construídas culturalmente. (COUDRY e MORATO, 1988). Nossa pesquisa é um ensaio de análise qualitativa de múltiplos casos de afasia, e em acordo com o conceito de perseveração proposto por SANDSON e ALBERT (1984) e GOLDSTEIN (1948), por entendermos serem estes complementares. Por esta razão, podemos distinguir perseveração patológica de perseveração considerada um processo normal de atividade de linguagem, segundo uma perspectiva teórica interacionista, a qual confere um estatuto neurolingüístico próprio para a perseveração na afasia. Quatro sujeitos foram avaliados e neuropsicologicamente diagnosticados com afasia de acordo com a classificação de LURIA (apud CHRISTENSEN, 1979), (afasia motora eferente, amnéstica, semântica e sensorial). Três deles são do sexo masculino e um do sexo feminino, na faixa etária entre 51 a 73 anos, apresentando doença cérebrovascular e avaliados durante um período de um a doze anos após o acometimento cerebral. O exame neurolinguístico dos pacientes afásicos é baseado no PROTOCOLO TOULOUSE ¿ MONTREAL EXAME DE AFASIA, MÓDULO STANDARD INICIAL, VERSÃO ALFA. Projeto: CABRAL, L. S. (Org.) e PARENTE, M. A M. P. (Coord.), (1981). O critério de adaptação do teste foi de acordo com os objetivos deste estudo. Nos tipos de afasia descritos nesta pesquisa (a afasia motora eferente, amnéstica, semântica e sensorial) foi observado perseveração contínua, em paciente com afasia amnéstica, por exemplo, apresentando dificuldade de acesso lexical. Na afasia sensorial observamos a perseveração contínua, stuck-in-set e com predomínio do tipo recorrente, ocorrendo ao longo do teste configurando parafasias fonêmicas e semânticas devido à dificuldade relativa de compreensão de linguagem. Na afasia motora eferente observamos perseveração contínua, recorrente e stuck-in-set na produção fonêmico-lexical. Na afasia semântica observamos perseveração recorrente dada a dificuldade emântico-lexical. Observamos ainda que, a perseveração constitui muitas vezes, parafasias fonêmicas e parafasias predominantemente semânticas. Encontramos co ¿ ocorrênica de perseveração e menor produção de perseveração do tipo fonêmica ¿carry-over¿. Consideramos neste estudo uma perspectiva teórica interacionista, tal concepção permite distinguir a perseveração em dois contextos: a linguagem espontânea, que constitui a interação dialógica e o teste lingüístico. Dada a menor ocorrência de perseveração na linguagem espontânea nesses sujeitos, podemos concluir que a perseveração não é sempre uma resposta patológica permeando uma categoria clínica que delineia a semiologia neurolingüística da afasia / Abstract: The term ¿Perseveration¿ quoted by Helm-Estabrooks (1995) was introduced at the end of the last century by Neisser (1895) who considered ¿perseverantion an iterative repetition or a continuation of a previous answer after changing the task solicitation.¿ This word ¿perseveration¿ was originally applied to psychosis case descriptions found in psychiatry. Neisser (1985) has characterized perseveration as a collection of unusual forms of behavior that occurs in psychosis and in aphasia. The objective of this study is to analyse the perseveration phenomenon in aphasia which takes into consideration: ¿1. language as a constitutive activity in that the emergence of linguistic categories ( syntactic, semantic and pragmatic) is not a priori determined; 2. the socio-interactionist perspective of language acquisition when processes of linguistic object construction by children can be observed during language reconstruction processes by the aphasian patient; 3. a discourse theory that aims to analyse language in use, considering all the relevant factors of the situation or context. In this view, language is considered both as an individual property and as a collective, cultural and historical result which brings to light a set of meaningful sources proper of each native language, organized according to criteria of use interpreted by reference systems where categories and relations are culturally built.¿(Coudry and Morato, 1988). The perseveration case according to the aphasia types described in this research (motor aphasia efferent, amnestical, semantical and sensorial) designs the neurolinguistical semiology. It can be noticed that in such aphasian patients perseveration is shown as a linguistic deficit, for instance, in a lexical difficulty (as in amnestical aphasia) the continuous perseveration. In the sensorial aphasia (AP) there can be noticed the continuous perseveration, stuck-in-set, and the recurrent perseveration occurs along the test designing semantical and phonemic paraphasias due to language comprehension relative difficulty. In efferent motor aphasia (EF) there can be noticed the continuous, recurrent perseveration and stuck-in-set in phonemic-lexical and semantical productions. In the semantical aphasia (SI) there can be noticed recurrent perseveration, due to semantic-lexical difficulty. It was also observed that perseveration sometimes guides phonemic paraphasias predominantly the semantical ones. Perseveration co-occurrence was also present as well as a lesser occurrence of the carry-over phonemic type. Our research is an analysis essay according to the concept of perseveration proposed by Sandson and Albert (1984) in aphasia according to Luria¿s (apud Christensen, 1973) and Goldstein (1948) because we understand that his ideas enrich the discussion. For this reason, we can distinguish the pathological perseveration from the perseveration considered a normal process of language activity following the theoretical perspective of linguistic enunciation which confers an specific neurolinguistic statute to perseveration in aphasia. Four subjects have been evaluated. They have been neuropsychologically diagnosed with aphasia according to Luria¿s typology (apud Christensen, 1973) (efferent motor, amnestic, semantic and sensorial aphasia). Three of them are male and a female, from 51 to 73 years old, presenting a cerebrovascular disease and evaluated during one and twelve year period after the brain injury. The neurolinguistic exam of the aphasic patients is based on the Montreal Protocol ¿ Toulose Aphasia Exam, Initial Standard Module, Alpha Version. PROJECT: Cabral, L.S. (org.) and M.S. Parente, M.A. M. P. (Coord.), (1981)*. The criteria of test adaptation were coherent to the research objectives. This study is an essay which aims to analyse the perseveration phenomenon in efferent motor, amnestic, semantic and sensorial aphasia. It was considered a discoursive-enunciative linguistic theoretical perspective ¿ which pressuposes language activity produced in an interlocutive, historical, social space of the subject. Such conception provided the opportunity to distinguish perseveration in two contexts: The spontaneous language which involves interaction and the linguistic test, when the epilinguistic activity (hesitations, long pauses, reelaborations, antecipations, lapses, repetitions, etc.) and metalinguistics could be observed. Considering the lesser occurrence of perseveration in spontaneous language, one can conclude that perseveration is not always a pathological answer conveying to a clinical category that permeates the neurolinguistic semiology of perseveration in aphasia / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Ciências Médicas
5

Polimorfismo dos genes PSGL-1, ICAM1, CD18, mieloperoxidade e manifestações clinicas na anemia falciforme

Costa, Raimundo Nonato Pereira da 24 March 2004 (has links)
Orientador: Fernando Ferreira Costa / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-04T02:23:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Costa_RaimundoNonatoPereirada_M.pdf: 3164333 bytes, checksum: 78a508da9ba2db4ac569d31a75b1ec47 (MD5) Previous issue date: 2004 / Resumo: Anemia falciforme (AF) é uma doença monogênica, mas com uma apresentação clínica variável, devido a possível associação com outros genes. Especula-se que nesta doença genes envolvidos com a resposta inflamatória tenham efeito epistático. A mieloperoxidase (MPO) é uma enzima com atividade antimicrobicida, sendo encontrada nos grânulos azurofilicos dos neutrófilos. O polimorfismo A-463MPO diminui a expressão desta enzima, podendo este alelo ser possível marcador para eventos infecciosos em pacientes com defesa imune já comprometida. Neste estudo 97 pacientes com AF acompanhado pelo ambulatório de hematologia-Unicamp foram inicialmente divididos em dois grupos, conforme o número de internamentos hospitalares para antibioticoterapia: pacientes que não apresentaram infecção com necessidade de intemação (64 pacientes) e um segundo grupo onde ocorreu pelo menos 1 episódio de hospitalização devido a infecção (33 pacientes). O grupo controle foi composto por 48 indivíduos sadios negros da Babia-BrasiL Pacientes e controles foram genotipados para o polimorfismo G/A-463MPO, através da técnica de "Conformation Sensitive Gel Eletrophoresis" (CSGE) e sequenciamento automatizado. Observou-se que a presença do genótipo AA ou AG está associado a maior número de eventos infecciosos (P=O.005 OR=3.8). Esta correlação também foi observada na análise quanto à presença do alelo A-463MPO (P=0.004 OR=2.7). Este achado sugere que deficiência de MPO em pacientes com AF provavelmente favorece a ocorrência de eventos infecciosos. Vaso oclusão é o principal evento nas crises dolorosas dos pacientes com anemia falciforme (AF) e marcadores genéticos de risco para eventos vaso oclusivos ainda são desconhecidos. Polimorfismos em genes envolvidos na adesão celular PSGL-l (VNTR no exon 2), ICAM-1 G241R e K461E) e CD18 (V441V) foram genotipados em 103 pacientes com AF. Os pacientes foram inicialmente divididos em dois grupos: pacientes em que ocorre acidente vascular cerebral (AF+A VC,16 pacientes) e pacientes sem ocorrência de A VC (AF-A VC, 87 pacientes). Posteriormente, os pacientes foram divididos em outros dois grupos: pacientes em que foi detectado um dos seguintes eventos: A VC, síndrome torácica aguda (STA), necrose asséptica de cólo de fêmur (NACF) e priapismo (AF+FVO, 35 pacientes) e pacientes em que não ocorrem essas complicações (AF-FVO, 70 pacientes). PSGL-l é um receptor nas células mielóides e linfócitos T estimulados de alta afinidade para P-selectinas, tendo fundamental papel na adesão dos leucócitos às plaquetas e ao endotélio. O gene contém 3 variantes alélicas (A, B, C) de um número variável de repetição "in tandem" (VNTR). A análise das freqüências dos genótipos e alelos revelou associação da variante B com o grupo AF+FVO [p=O.04, IC 95% OR=2 (1-4)] e quase significante com os casos de A VC [p=0.09, IC 95% OR=2 (0.8-4.9)], enquanto que o alelo A revelou nível significativo de associação com o grupo AF+FVO [p=O.Ol IC 95% OR=O.5 (0.2 0.9)]. O gene da molécula de adesão leucócitário CD-I8 é a beta-2 subunidade das integrinas a_heterodímeros. O polimorfismo C1323T foi recentemente implicado como fator de risco para fenômenos vaso oc1usivos. O estudo deste polimorfismo em pacientes portadores de anemia falciforme não revelou associação significativa com FVO ou A VC. ICAM-l é uma molécula da superfamília das imunoglobulinas com importante papel na adesão das células endotelial-leucócitos durante a resposta inflamatória. No mínimo dois sítios polimórficos são conhecidos R241E e K469E. Ambos sítios estão envolvidos na ligação aos contrareceptores Mac-I e LF A-I. A análise destes polimorfismos através da técnica de CSGE e seqüenciamento, revelou uma associação significativa do heterozigoto K469E para risco a A VC [P=0.02 IC 95% OR=3.6 (1.1-12.3)]. No entanto, o estudo falhou em demonstrar associação alélica com os casos de A VC ou FVO. Como não se conhece bem a relação funcional deste polimorfismo, maiores estudos são necessários incluindo análise funcional, para se esclarecer o real papel deste polimorfismo ao risco a AVC / Abstract: Not informed / Mestrado / Genetica Medica / Mestre em Genética e Biologia Molecular
6

Avaliação da aplicabilidade de um programa com a rede bayesiana na probabilidade de pneumonia aspirativa em pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico agudo

Pinto, Gisele Sant'ana January 2013 (has links)
Resumo: O Acidente Vascular Cerebral e uma das principais causas de morte e a principal causa de incapacidade física e mental, com um forte impacto econômico e social. Em aproximadamente 40% dos pacientes ocorrem sequelas motoras, de linguagem e distúrbios da deglutição. O objetivo deste estudo e avaliar a utilização de um programa computadorizado em pacientes pos-Acidente Vascular Cerebral Isquêmico quanto à probabilidade de pneumonia. Metodologia: estudo prospectivo e transversal realizado em Hospital Universitário de Curitiba no período de marco de 2010 a agosto de 2012. Após a confirmação do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico por Tomografia Axial Computadorizada, foram realizadas as avaliações clinica e nasolaringofibroscopica da deglutição ate 72 horas do inicio dos sintomas. Todos os pacientes receberam orientações fonoaudiologicas pos-Acidente Vascular Cerebral e os dados obtidos foram posteriormente analisados pelo programa computadorizado. Os pacientes receberam acompanhamento medico e fonoaudiologico por três meses. Resultados: Foram avaliados 52 pacientes com idade media de 62,05 ±13,88 anos, sendo 29 (55,8%) do gênero masculino. Dos totais de pacientes, somente três (5,7%) apresentaram pneumonia aspirativa. Estes foram enquadrados pelo programa computadorizado no grupo com probabilidade de pneumonia entre 80% a 100% com outros nove pacientes (somando 23% do total). Outros 32 pacientes (61,7%) apresentaram a probabilidade de pneumonia entre 0% a 19%; cinco pacientes (9,5%), entre 20% a 49%; enquanto três indivíduos (5,7%) ficaram no grupo entre 50% a 79%. Conclusão: O programa computadorizado aumenta a boa correlação com o índice de probabilidade de Pneumonia Aspirativa.
7

Repercussão do acidente vascular cerebral na aprendizagem da criança / Impairment of learning after stroke in childhood

Rodrigues, Sonia das Dores 19 June 2008 (has links)
Orientador: Sylvia Maria Ciasca / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-11T17:57:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rodrigues_SoniadasDores_D.pdf: 8099474 bytes, checksum: 226f6030b13997c9e7b5431da272fce8 (MD5) Previous issue date: 2008 / Resumo: A doença cerebrovascular (DCV) é considerada rara na infância, com incidência aproximada de 2.3 a 2.5/100.000 crianças/ano. Comparando-se aos estudos realizados na idade adulta, na infância os estudos ainda são raros e, em geral, a idéia passada pela literatura é que essa doença não traz maiores repercussões para o futuro desses indivíduos. Entretanto, pesquisas realizadas a partir da última década, principalmente, vêm demonstrando que o acidente vascular cerebral (AVC) pode comprometer a cognição da criança. Em se tratando de aprendizagem e escolaridade, os estudos são superficiais e, não raro, apenas indicam se há, ou não, defasagem escolar e se houve necessidade de apoio educacional especializado. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo investigar a repercussão do AVC na aprendizagem da criança. Foram incluídas no estudo trinta e cinco pacientes que tiveram AVC isquêmico ou hemorrágico, com idade entre sete e quinze anos, acompanhadas pelo Grupo de Pesquisa em Doença Cerebrovascular da Infância e Adolescência do HC/Unicamp (Grupo Experimental - GE). O diagnóstico do AVC foi realizado por meio de exames clínicos, laboratoriais e de neuroimagem. Para a comparação com o GE foram avaliadas vinte e nove crianças sem lesão cerebral (Grupo Controle - GC). Essas crianças do GC estavam matriculadas no ensino fundamental e, de acordo com seus professores, não tinham problemas de aprendizagem. Como instrumentos de avaliação foram utilizados o Método Clínico de Piaget (com oito provas operatórias), o Teste de Desempenho Escolar (Stein, 2003), a Prova de Memória de Curto Prazo (Mello, 2003) e o Questionário de Nível Sócio-Econômico (Periscinoto, 2004). Para seis crianças seriamente comprometidas do ponto de vista intelectual, foi utilizado a Escala de Maturidade Social de Vineland (1947). Os resultados obtidos mostraram que a performance do GE foi significativamente inferior, quando comparado com o GC. As crianças com lesão em áreas corticais tiveram pior desempenho que aquelas que tiveram lesão em área subcortical. Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa em nenhum dos testes e provas, quando se comparou o desempenho das crianças em função do tipo de AVC (isquêmico e hemorrágico). Entretanto, constatou-se que as crianças que evoluíram com epilepsia após o insulto vascular tiveram pior desempenho em escrita e aritmética e, além disso, quatro delas tinham deficiência intelectual. Por fim, lesão em fase precoce do desenvolvimento (antes dos cinco anos de idade) foi mais prejudicial às crianças. Conclui-se que o AVC repercutiu negativamente na aprendizagem das crianças analisadas / Abstract: Childhood stroke is defined as cerebrovascular event that occur between 29 days and 18 years of life. Stroke is relatively rare among children, with an incidence between 0.6 - 13 cases / 100.000 children years. Usually, children who have stroke are perceived to have a favorable outcome; however the literature provides significant number of children with residual impairments. The majority of clinical studies focused on motor outcome and there is few date regarding cognitive and educational evolution after childhood stroke. The aim of this study was to evaluate the effect of stroke in childhood on learning and academic skill. Thirty five patients with ischemic or hemorrhage stroke, aged 15 years or younger, who had been treated in the Faculty of Medical Sciences/State University of Campinas (UNICAMP), were included in this study (Experimental Group - EG). The diagnosis of stroke was established on clinical, laboratorial and neuroimaging features (CT, MRI). We select and evaluated twenty-nine children without neurological injury (Control Group -CG) for to compare with the EG. The children of CG were enrolled in public schools and according to their teachers had no learning difficulties. We used the Piaget's clinical method, Academic Skill Test (Stein, 2003), short-term memory (Mello, 2003) and economical and social level (Periscinoto, 2004) to evaluate children of EG and CG. The Vineland Social Maturity Scale (1947) was used to evaluate six children of EG with severe cognitive impairment. The results obtained show that the performance of EG was statistically significant below when compared with CG. We found worse performance in children who had lesions in cortical areas. We did not found significant shift in relation of type of stroke (ischemic or hemorrhagic). Children with epilepsy had more difficulties in writing and arithmetical and four of then were classified as intellectual deficient. There was a significant shift in functioning towards lower levels in children who have brain injury before five years. We conclude that the brain damage affected the learning of children who have stroke / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Ciências Médicas
8

Insultos cerebrais destrutivos em fases precoces do desenvolvimento e epilepsia : caracteristicas clinicas, eletrencefalograficas e de ressonancia magnetica em 51 pacientes

Teixeira, Ricardo Afonso 09 December 2003 (has links)
Orientador: Fernando Cendes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-03T19:10:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Teixeira_RicardoAfonso_D.pdf: 9547757 bytes, checksum: e43518987732254f5b762e881f1962e2 (MD5) Previous issue date: 2003 / Resumo: Estudamos uma série de pacientes com lesões destrutivas precoces e epilepsia tendo como principais objetivos: a) categorizar estes pacientes em grupos mais homogêneos através dos dados clínicos e de ressonância magnética (RM); b) definir o espectro de anormalidades estruturais encontrado nestes pacientes através das imagens de RM; c) correlacionar os achados de RM com os dados clínicos e eletrencefalográficos. Inicialmente nós agrupamos os pacientes em dois diferentes grupos: pacientes com lesões císticas e pacientes com lesões atróficas (artigo 1). Esta polarização foi embasada em evidências de que lesões císticas estão normalmente associadas a insultos mais precoces do desenvolvimento quando comparadas às lesões atróficas, e talvez por isso a apresentação clínica destes dois grupos de pacientes fosse distinta. De uma forma geral os dois grupos mostraram-se bastante parecidos, e ambos revelaram uma alta freqüência de atrofia hipocampal por análise visual. Excluímos deste estudo inicial pacientes com eventos pós-natais significativos. Em seguida ampliamos nossa amostra incluindo também pacientes com antecedentes pós-natais não traumáticos na primeira década de vida que apresentassem lesões destrutivas. Passamos então a agrupar os pacientes em três grupos de acordo com a distribuição topográfica das lesões na RM: lesões hemiatróficas (grupo H). lesões em território de ftonteira arterial o Bdz e lesões em território arterial e cífico grupo AJ). Percebemos que esta divisão fazia mais sentido do ponto de vista fisiopatogênico, corroborada pela história natural dos pacientes e por estudos de angio-RM (artigo 2), passando a usá-la nos estudos subseqüentes. A análise das características clínicas das crises e dos achados eletrencefalográficos (EEG) evidenciou algumas particularidades (artigo 3) destacando-se o fato de que pacientes com lesões mais extensas apresentaram mais fteqüentemente alterações da atividade eletrencefalográfica (EEG) de base assim como discordância de lateralização entre atividade epileptiforme e lesão estrutural. Estes pacientes com discordância lateralizatória comumente apresentaram espessamento compensatório da calota cran1ana adjacente à lesão, podendo este representar um dos fatores determinantes desta discordância entre lesão e EEG (artigo 4). Detectamos urna alta freqüência de atrofia hipocampal nos diferentes grupos tanto pela análise visual como por estudos volumétricos (artigo 5). Mostramos que em pacientes selecionados com epilepsia do lobo temporal refratária e lesões destrutivas extensas, a ressecção temporal standard pode ser suficiente para o controle das crises. Demonstramos através de estudo volumétrico que alguns dos pacientes estudados apresentavam atrofia cerebelar contralateral à lesão principal. Este padrão de atrofia cerebelar cruzada estava associado a lesões mais extensas e o antecedente de estado de mal epiléptico mostrou-se um fator tão ou mais importante que a extensão da lesão (artigo 6). Ao analisarmos o padrão de lateralização das lesões estudadas, encontramos lesões do grupo H praticamente exclusivas do hemisfério direito, enquanto que nos grupos Bdz e AT houve uma tendência de acometimento do hemisfério esquerdo. Os possíveis fatores para estas diferenças de lateraHzação de lesão entre os grupos são discutidos no artigo 7. Descrevemos individuahnente um dos pacientes do grupo AT que apresentava uma lesão no território da artéria cerebral média direita, mas nos chamou a atenção pela presença de lesão ulegírica em ambas regiões pericentrais, padrão este reconhecido na literatura mas muito pouco descrito (artigo 8). Os resultados destes estudos nos mostram que a RM é uma ferramenta eficaz para o delineamento do conjunto de alterações estruturais associadas a pacientes com epilepsia secundária a lesões destrutivas precoces. Este conhecimento estrutural mais detalhado ajuda no entendimento da fisiopatogenia destas lesões e permite avançar na formulação das melhores estratégias cirúrgicas para os pacientes com epilepsia refratária e lesões desta natureza. A classificação proposta mostrou-se útil, pois categorizou os pacientes em grupos de relativa homogeneidade clinica, incluindo padrões lesionais destrutivos não traumáticos :&eqüentemente associados a epilepsia / Abstract: We studied a series of patients with epilepsy secondary to precocious destructive brain lesions with the following purpose: a) categorize these patients in more homogeneous groups using magnetic resonance (MR) studies and clinical data; b) determine the spectrum of MR structural abnormalities present in these patients; c) correlate the MR findings with clínical and electroencephalographic (EEG) data. Early on we separated the patients in two groups: those with cystic lesions and those with atrophic lesions (paper 1). This polarization was influenced by the thesis that patients with cystic lesions are associated to more precocious insults and therefore they would present distinct clinical features. In general, clinical features were very similar between the two groups, both showing a high ftequency of hippocampal atrophy on MR by visual analysis. We excluded ftom this analysis any patient who had post-natal significant events. We expanded our sample including patients with non-traumatic post-natal antecedents in the first decade of life who showed a destructive lesion on MR. We divided these patients into three main groups according to the topographic distribution of the lesion on the MRI: hemiatrophy (group H); main arterial territory (group AI); arterial borderzone (group Bdz). This division reflected better the physiopathogenesis ofthe lesions (corroborated by clínical and MRA data) (paper 2). We then used this classification in the subsequent studies included in this Thesis. The analysis of the eletroclinical features showed that the groups showed some particularities (paper 3). In addition, patients with large lesions often showed EEG background abnormalities as well as lateralization discordance btween epileptiform discharges and side of the lesion. These patients with EEG-lesion discordance often presented compensatory thickening of the cranial vault adjacent to the lesion, that can represent a determinant factor to this lateralization discordance (paper 4). We detected a high ftequency of hippocampal atrophy among the three groups using volumetric studies (paper 5). We showed that in selected patients with intractable temporal 1000 epilepsy and large destructive lesions, a limited temporal resection can be effective to achieve seizure control. We demonstrated through volumetric studies that some patients presented cerebellar atrophy contralateral to the main lesion. This pattern of crossed cerebellar atrophy was associated to unilateral large lesions as well as the antecedent of status epilepticus (paper 6). We found that the pattetn of lesion lateralization was different among the groups: patients ttom group H had lesions almost exc1usively in the right hemisphere while patients ttom groups Bdz and A T had left hemisphere lesions more often. The potential factors that could determine lesion lateralization among these patients are discussed in paper 7. We described separately one of the patients from group A T who had a lesion on the tenitory of the middle cerebral artery, but called our attention by the presence of a bilateral pericentral ulegyric lesion, a pattem that has been rarely described in the literature (paper 8). The results of these studies showed that the :MR is an effective tool for the better delineation of the spectrum of structural abnormalities present in patients with epilepsy secondary to precocious destructive brain lesions. This knowledge helps to clarify the physiopathogenesis of these lesions and also to advance in the formulation of the best surgical strategies for patients with intractable epilepsy with this kind of lesions. The proposed classification demonstrated its usefulness as it categorized patients in relatively homogeneous clinical groups, including prevailing patterns of non-traumatic destructive lesions associated to epilepsy / Doutorado / Clinica Medica / Doutor em Clínica Médica
9

Avaliação do desenvolvimento cognitivo de crianças com doença cerebrovascular do tipo isquemica

Rodrigues, Sonia das Dores 17 December 2003 (has links)
Orientador: Sylvia Maria Ciasca / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-03T20:03:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rodrigues_SoniadasDores_M.pdf: 7501443 bytes, checksum: 98d2a4527ae1dd3547e2f41aea9fab93 (MD5) Previous issue date: 2003 / Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar as funções cognitivas de crianças acometidas por doença cerebrovascular isquêmica (DCV-I). Foram incluídas no estudo quinze crianças, atendidas desde a fase aguda no Hospital das Clínicas (HC) - Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/UNICAMP). A idade dos sujeitos variou de 7 anos e 9 meses à 16 anos e 1 mês, sendo 8 do sexo masculino. Outras quinze crianças, com idade, sexo e nível sócio-econômico similares compuseram o Grupo Controle. A avaliação das funções cognitivas, realizada pelo método clínico de Piaget, mostrou que a maioria das crianças do Grupo DCV-I (10/15) tinha defasagem para a faixa etária. A comparação no desempenho entre os dois grupos mostrou que o grupo propósito teve desempenho significativamente inferior ao controle. Os autores concluem que a DCV na infância pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo das crianças / Abstract: The aim of this study was to assess the cognitive structures of children with ischemic cerebrovascular disease. Fiftteen children, 7 girls and eight boys, aged from 7,9 to 16,1 years, were evaluate by Piaget's clínical method. Fifteen children whose ages, sex and socioeconomic conditions were similar to those of the isquemic cerebrovascular disease group composed the Control Group. The cognitive structure assessment of the isquemic cerebrovascular disease group showed that most of the children (10/15) were below their age group, when compared with the results obtained by the Control Group. The authors concluded that isquemic cerebrovascular disease in childhood may compromise cognition, therefore, needs a follow up of acquisitions during ali the stages of development / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Ciências Médicas
10

Influência da hipoterapia no treino de marcha e na qualidade de vida em indivíduos hemiparéticos pós-acidente vascular cerebral / Influence of hippotherapy on gait training and quality of life in hemiparetic post-stroke

Beinotti, Fernanda 16 August 2018 (has links)
Orientador: Antonio Guilherme Borges Neto / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-16T05:06:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Beinotti_Fernanda_M.pdf: 9201808 bytes, checksum: d609b11e7e91baf9efe4ad77f7a31d67 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da Hipoterapia no treino de marcha em indivíduos hemiparético pós-AVC. O estudo constou de 20 indivíduos divididos em dois grupos (A e B), o grupo A realizou tratamento convencional e o grupo B, tratamento convencional e Hipoterapia, durante 16 semanas. Os pacientes foram avaliados pela Escala Modificada de Aswhorth, Escala de Fugl-Meyer, Escala de Equilíbrio de Berg, Escala de Deambulação Funcional, a Cadência e o Questionário genérico de Qualidade de Vida -SF36, no início e no final do tratamento. Nos resultados melhoras significativas foram observadas no grupo experimental incluindo melhora do tônus apenas dos flexores plantares (p=0,0268), comprometimento motor em membros inferiores (p= 0,004), o equilíbrio, em relação ao tempo (p= 0,007) e a independência na marcha apresentou uma tendência à significância (p = 0.0519). A cadência e a velocidade não apresentaram relevância estatística em ambos os grupos (p = 0,69 e 0,44). Em relação à qualidade de vida, no total da pontuação da escala, houve significância entre os grupos. O experimental melhorou significativamente (p=0,007), já o controle não (p-valor= 0,80). Nos itens Capacidade Funcional, Aspectos Físicos e Saúde Mental houve diferença entre os grupos (p= 0,0273; 0,0156 e 0,0410). No grupo experimental houve melhora significativa nos Aspectos Físicos (p= 0,0019), no item Saúde Mental houve uma tendência a significância (p=0,0619) e na Capacidade Funcional não existiu melhora (p= 0,08). No controle não houve melhora significativa na Capacidade Funcional (p= 0,1828) e nos Aspectos Físicos e Saúde Mental houve piora, porém sem significância (p= 0,3078 e 0,4297). Os domínios, Dor, Estado Geral de Saúde, Vitalidade, Aspectos Sociais e Limitação por Aspecto Emocional não apresentaram melhoras significativas. Com os achados no estudo conclui-se, que a Hipoterapia associada à fisioterapia convencional mostrou ser um bom recurso para a melhora da marcha e da qualidade de vida dos indivíduos hemiparéticos / Abstract: the objective of this study was to evaluate the influence of Hippotherapy in gait training in post-stroke hemiparetic individuals. The study consisted of 20 individuals divided into two groups (A and B). Group A performed a conventional treatment, and group B a conventional treatment along with Hippotherapy, during 16 weeks. The patients were evaluated by the Modified Scale of Aswhorth, Fugl-Meyer Scale, only the lower limbs and balance sub items, Balance Scale of Berg, Functional Ambulation Category Scale, Cadence and the Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey - SF-36, in the beginning and end of treatment. In the results, significant improvements were observed in the experimental group including spasticity improvement, only in the plantar flexors (p=0,0268), motor impairment in lower limbs (p = 0.004), balance, over time (p = 0.007), the gait independence showed a significant trend over time (p = 0.0519). The cadence and speed were not significantly in both groups (p = 0.69 and 0.44). As to life quality, there was significance between groups in scale score total. The experimental group improved significantly (p=0.007), yet the control group not (p= 0.80). In the Functional Capacity, Physical Aspects and Mental Health item there was a difference between the groups (p= 0.0273; 0.0156 e 0.0410). In the experimental group there was a significant improvement in Physical Aspects (p= 0.0019), the Mental Health item showed a significant trend (p=0.0619) and Functional Capacity did not present significant improvements (p= 0.08). In the control group the Functional Capacity item did not show significant improvements (p= 0.1828) and Physical Aspects and Mental Health items presented worsening, but not significant (p= 0.3078 e 0.4297). The domains Pain, General Health State, Vitality, Social Aspects and Limitation by Emotional Aspect did not present significant improvements. With the findings of this study, it is possible to conclude that Hippotherapy associated to conventional physical therapy proved to be a good resource to improve gait and the quality of life of hemiparetic individuals / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Ciências Médicas

Page generated in 0.1295 seconds