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Previous issue date: 2012 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil / A transmissão materno-infantil (TMI) do vírus da hepatite C (VHC) ocorre em 4%-13% das gestações quando a mãe é infectada, e poucos estudos de prevalência foram realizados em gestantes no Brasil. O objetivo desta pesquisa foi determinar a prevalência de infecção e fatores associados à presença de infecção pelo VHC em gestantes, e determinar a taxa de TMI do VHC. O estudo foi realizado em Salvador, no período entre Maio de 2009 e Abril de 2011, na Maternidade Referência Professor José Maria Magalhães Netto. Todas as voluntárias que assinaram ao TCLE, tiveram seus prontuários revisados e tiveram amostra de soro coletada para a realização do teste rápido anti-VHC (Bioeasy), ELISA 3ª geração (Artech), e detecção do VHC-RNA Qualitativo e Quantitativo (AMPLICOR HCV TESTE, ROCHE versão 2.0). Em uma subamostra de gestantes selecionada aleatoriamente, realizouse entrevista para analisar fatores sócio-demográficos e de exposição ao VHC não disponíveis nos prontuários. A análise estatística descritiva e de associação foram realizadas utilizando o programa EPI Info 3.5.3 (CDC, Atlanta, GE, EUA). Foram incluídas no estudo 3.049 gestantes, sendo que 8 (0,26%; IC 95%: 0,12%-0,50%)foram soropositivos para o anti-VHC pelo ELISA e 6 (0,20%; IC 95%: 0,08%-0,41%) confirmaram viremia. Todos os VHC genotipados pertenceram ao genótipo 1, 1a ou 1b. Os principais fatores associados à infecção materna pelo VHC foram uso de drogas, tatuagem, e infecção por HIV (p < 0,05). Das 6 gestantes com HCV positivo, 2 (33,3%; IC 95%: 6,0%-73,8%) transmitiram o HCV para seus filhos. Em um dos casos de TMI, a mãe relatou ter feito uso de drogas injetáveis e inaláveis durante a gestação, possuía tatuagem e era portadora do HIV sob tratamento antiretroviral. O recém-nascido (RN) nasceu com idade gestacional (IG) de 38 semanas através de parto cesariano eletivo. No outro caso, a mãe relatou uso de drogas injetáveis e inaláveis, possuía piercing e tatuagem, mas não foi portadora de HIV. O RN nasceu com IG de 39 semanas, através de parto normal, com tempo de ruptura da bolsa de 15 horas. Concluímos que a prevalência de infecção pelo VHC entre gestantes é baixa quando comparada à da população em geral na mesma localidade, sendo associado a uso de drogas e tatuagem. A taxa de TMI do VHC encontrada foi maior do que o esperado. Assim, estudos mais amplos serão necessários. / The mother-to-child transmission (MTCT) of hepatitis C virus (HCV) occurs in 4%-
13% of pregnancies when the mothers are infected and very few studies were
conducted to determine the HCV prevalence in pregnant women in Brazil. The aim of
this work was to determine the prevalence and associated factors of HCV infection in
pregnant women, and the rate of the MTCT of HCV. It was conducted in Salvador,
between March 2009 and April 2011, at the maternity hospital Prof. José Maria
Magalhães Netto. All volunteers signed to informed consent, their medical records
were reviewed and serum samples were collect for screening anti-HCV antibody by a
rapid anti-HCV testing (Bioeasy), ELISA 3rd generation (Artech), and HCV-RNA
qualitative and quantitative detection (AMPLICOR HCV TEST, ROCHE version 2.0).
In a randomly selected pregnant women subsample, interviews were made to
evaluate socio-demographic and exposure factors for HCV, not available in the
records. The descriptive and association statistical analysis were performed using
Epi Info 3.5.3 (CDC, Atlanta, GE, USA). The study included 3.049 pregnant women,
8 (0.26%; 95% CI: 0.12%-0.50%) were anti-HCV positive by ELISA and 6 (0.20%;
95% CI: 0.08%-0.41%) confirmed viremia. All genotypes HCV belonged to genotype
1, 1a or 1b. Injection and inhaled drug use, tattoo and piercing were the most
important associated factors for the mother infection. Out of the 6 HCV infected
mothers, 2 (33.3%; 95% CI: 6.0%-73.8%) transmitted HCV to their newborns. In one
of the cases of MTCT, the mother reported to injection and inhaled drug user during
pregnancy, had tattoo and was HIV carrier held under antiretroviral therapy. The
newborn was born at gestational age (GA) 38 weeks by elective cesarean section. In
the other case, the mother was also injection and inhaled drug user, had piercing and
tattooing. Her newborn was born at GA 39 weeks by normal delivery, and time of
rupture of membranes was estimated to be 15 hours. We conclude that the
prevalence of HCV infection among pregnant women was lower than the prevalence
in the general population in the same locality, been associated to drug use and
tattoo. The rate of MTCT of HCV was higher than expected. Thus, larger studies are
required.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.arca.fiocruz.br:icict/7151 |
Date | January 2012 |
Creators | Passini, Sione Souza Santos |
Contributors | Ribeiro, Guilherme de Sousa, Almeida, Maria da Conceição Chagas de, Vallve, Maria Lourdes Farre, Silva, Luciano Kalabric |
Publisher | Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ, instname:Fundação Oswaldo Cruz, instacron:FIOCRUZ |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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