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Violência sexual

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-11-24T03:09:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / A violência sexual contra as mulheres é uma violação dos direitos humanos, além de um grave problema de Saúde Pública e Segurança Pública, cuja prevenção, detecção precoce, intervenção e tratamento dos agravos resultantes devem ser encarados como responsabilidade do Estado e da sociedade. Este trabalho tem por objetivo identificar o perfil das mulheres que sofreram violência sexual atendidas pela Rede de Atenção Integral às Vítimas de Violência Sexual e descrever as circunstâncias da agressão. Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo, baseado em dados secundários coletados no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, em uma região do Sul do Brasil, entre os anos de 2000 a 2012. Foram excluídas as notificações de violência sexual contra mulheres com idade inferior a 12 anos, homens, casos suspeitos e não confirmados de violência sexual. Os dados foram processados por meio do software estatístico IBM SPSS v. 20.0. Para análise estatística foi aplicado o Teste exato de Fisher (x2), com dados dispostos em tabelas de contingência, considerando o valor de significância fixando-se em p<0,05. O perfil caracterizou-se por uma maioria de mulheres jovens; 83,5% tinham entre 12 a 29 anos, sendo 48,7% entre 12 a 17 anos. No que diz respeito à raça/cor, observou-se que as mulheres brancas corresponderam a 74,0%; quanto à escolaridade é possível observar que 40,5% das vítimas tinham o Ensino Fundamental incompleto. Em relação ao vínculo com o agressor observou-se que os conhecidos foram aqueles que mais estupraram (50,3%), sendo que quanto mais nova a vítima, mais estreito era o vínculo. Quanto ao local da abordagem, em 45,8% dos casos ela ocorreu na residência da vítima ou do agressor, em todos os horários, sendo que 49,1% das vítimas sofreram penetração vaginal, associada com alguma forma de agressão verbal ou física. A maioria das mulheres chegou ao atendimento em tempo hábil para que medidas profiláticas fossem realizadas, 85,2% chegaram para o atendimento no serviço de saúde nas primeiras 72 horas da ocorrência. A violência sexual é uma das manifestações da violência de gênero mais cruéis e persistentes. Esse tipo de violência não conhece fronteiras e afeta mulheres de todas as idades, esferas econômicas, raças, crenças e culturas. Trata-se de uma violência que, na grande maioria de casos, não é denunciada nem reconhecida, e as vítimas ficam marcadas e invisíveis, contribuindo para a perpetuação de uma cultura violenta e machista. Neste contexto, esperamos que os dados expostos cooperem para o aumento de políticas de atenção às mulheres vítimas de violência sexual e ajudem na otimização do cuidado e na minimização do sofrimento acarretado por esse evento.<br> / Abstract : Sexual violence against women is a human rights violation, a serious Public Health and Public Security problem, in which the prevention, premature detection, intervention e treatment must been considered Government s and society s responsibility.The aim of this study is to identify the profile of female victims of sexual violence assisted by the Sexual Violence Victims Integral Attention Network and describe the circumstances of these assaults.It is a retrospect and descriptive study, based on secondary data from the Information System for Notifiable Diseases, in Brazil s South region, from the year 2000 to 2012. It was excluded from this study notifications of sexual violence against women under 12, men, suspected and not confirmed sexual violence cases. The data was processed in the statistical software IBM SPSS v. 20.0.For statistical analysis it was applied the Fisher exact, and the level for rejection of null hypothesis was set at p < 0.05.The profile was characterized by Young women: 83,5% were between the age of 12 and 29, and 48,7% were between 12 and 17. Regarding race, white women were 74% of victims; 40,5% of victims had incomplete primary education.In 50,3% of cases the perpetrator was someone the victim knew, and the younger the victim, the closer was her relationship with the aggressor.Regarding the location of the assault, 45,8% of cases happened at the victim s or the aggressor s residency, at all times of the day. 49,1% of victims suffered vaginal penetration, associated with some sort of physical or verbal aggression.The majority of women got to the health service in time for prophylactic measures to be taken, and 85,2% got there in the first 72 hours after the assault.Sexual violence is one of the most cruel and persistent gender related violence. This type of violence affects women of all ages, social classes, races, beliefs and cultures.It is a type of violence that, in most cases, is neither denounced noracknowledged, causing trauma and invisibility of victims, and the perpetuation of a violent and sexist culture. In this context, we hope that the results of this study can cooperate to increase policies regarding the assistance to victimsof sexual violence, care optimization and minimization of suffering caused by this event.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/156527
Date January 2015
CreatorsOliveira, Caroline Schweitzer de
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Coelho, Elza Berger Salema
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format104 p.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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