Return to search

Estudo clínico-histológico das alterações de pele e associação com Doença do Enxerto contra o hospedeiro em pacientes pediátricos submetidos a transplante de células-tronco hematopoéticas no Serviço de Transplante de Medula Óssea do HC-UFPR.

Resumo: A Doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) é um processo imunológico resultante da ativação de linfócitos T do doador pelos antígenos do tecido do hospedeiro resultando em agressão imunológica contra a pele, trato gastrointestinal e fígado. A apresentação clínica da DECH na pele consiste em eritema que ocorre entre 1 e 8 semanas após o transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH). A biópsia cutânea é freqüentemente utilizada no diagnóstico diferencial das alterações de pele pós-TCTH, contudo sua interpretação é um desafio, pois apesar dos critérios histológicos da DECH estarem estabelecidos, outras complicações produzem manifestações histologicamente semelhantes. Este estudo se propõe a descrever o perfil clínico-histológico das alterações cutâneas em pacientes pediátricos submetidos ao TCTH no HC-UFPR e analisar as características clínicas e histológicas em relação a DECH. Foram avaliados retrospectivamente todos as alterações de pele submetidas a estudo histológico entre Janeiro de 2006 a Junho de 2007. Cada biópsia foi analisada para presença de 10 elementos histológicos. Constituíram a amostra deste estudo 36 casos de alterações cutâneas observadas em 28 pacientes submetidos ao TCTH alogênico. As alterações de pele ocorreram com mediana de 48,0 dias pós-TCTH, 77,8% como eritema cutâneo e 27 casos com suspeita clínica de DECH. O diagnóstico histológico alterou o diagnóstico clínico em 38,9%. Conforme a terapêutica empregada a amostra foi dividida em DECH e não DECH. No grupo DECH as alterações de pele ocorreram com mediana de 56,0 dias pós- TCTH, todas como eritema cutâneo. Atrofia epidérmica, queratinócitos necróticos, atipia nuclear e vacuolização basal foram mais freqüentemente observadas no grupo DECH, porém sem diferença significantemente significativa (p>0,05). Observou-se associação entre presença de vacuolização basal e a ausência de paraceratose com a DECH. Desta forma conclui-se que as alterações cutâneas biopsiadas se apresentaram como eritema em média 7 semanas após o TCTH. A suspeita clínica da DECH foi o principal motivo para realização da biópsia cutânea e seu estudo alterou a conduta clínica em 38,9% dos casos. A prevalência da DECH clínica foi de 67,8% e sua apresentação clínica mais freqüente foi eritema cutâneo em média seis semanas após o TCTH. No estudo histológico a presença de vacuolização da camada basal apresentou tendência como fator predisponente para DECH e a ausência de paraceratose como fator protetor para DECH.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/25853
Date04 May 2012
CreatorsVasselai, Angélica
ContributorsCarvalho, Vania Oliveira de, Abagge, Kerstin Taniguchi, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias da Saúde. Programa de Pós-Graduaçao em Saúde da Criança e do Adolescente
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0025 seconds