Return to search

O desconcerto anarquista de John Cage

Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-06-12T12:41:55Z
No. of bitstreams: 1
Gustavo Ferreira Simões.pdf: 8116368 bytes, checksum: 0439c61cff6b118ec6caa1d0492422a2 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-12T12:41:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Gustavo Ferreira Simões.pdf: 8116368 bytes, checksum: 0439c61cff6b118ec6caa1d0492422a2 (MD5)
Previous issue date: 2017-06-02 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / In 1988, John Cage invented Anarchy, an experimental-writing book in which he
praised the lives of anarchist women and men who had influence his anarchist ethicalaesthetical
trajectory from mid-1940s to the 1990s. This influence was explicit until
the last of his works, entitled “number pieces” (1987-1990), in which he presented
what he called the “anarchical harmony”. During the 1940s, John Cage, by then an
already famous artist after his “prepared piano”, started experiencing anarchism as a
life practice in contact with artists and militants in the Black Mountain College and
with The Living Theatre troupe in New York. In 1952, his piece 4’33” appeared as an
anarchist-oriented direct action against the musical representations of sounds and in
favour of the incorporation of noises excluded from the concert rooms. The following
decades, living alongside artists and anarchists in the country side location of
Stonypoint, Cage started publishing ‘how to improve the world (you only make
matters worse), a diary kept from 1965 to 1982 in which he engaged with Henry David
Thoreau’s writings, and antimilitary and ecological concerns. Although absent of
almost all biographies and studies on Cage’s work, the artist experimented the
anarchism in a fashion Edson Passetti calls “pathway heterotopies”. Beyond the book
Anarchy and other explicit antiauthoritarian works, Cage lively experienced anarchy in
the singular way he faced his existence, making out of the everyday life an invention in
which he affirmed an otherwise path. According to Foucault, the cynical philosophers
valued that notion to distinguish their scandalous lives from the other ones that reify
regular values and conventions. This dissertation followed this path by establishing the
reverberations between John Cage and the contemporary anarchist attitudes / Em 1988, John Cage inventou Anarchy, livro em que, a partir de escritos
experimentais, valorizou as vidas de mulheres e homens anarquistas que marcaram seu
percurso ético-estético libertário desde meados dos anos 1940 até a década de 1990,
quando em seus últimos trabalhos, “number pieces” (1987-1992), apresentou o que
denominou “harmonia anárquica”. Foi a partir da coexistência com artistas e militantes
na Black Mountain College, no final da década de 1940, assim como em Nova York
com o The Living Theatre (TLT), que o artista já conhecido por seu corajoso “piano
preparado” passou a elaborar o anarquismo como prática de vida. “4’33” (1952), ação
direta contra a representação musical dos sons e em favor da incorporação dos ruídos
excluídos pelas salas de concerto, irrompeu empolgada por essa aproximação
libertária. Nas décadas seguintes, vivendo ao lado de artistas e anarquistas, afastado da
cidade, em Stonypoint, iniciou a publicação de how to improve the world (you only
make matters worse) (1965-1982), diário mantido por mais de quinze anos e no qual
apresentou a lida com os escritos de Henry David Thoreau, preocupações antimilitares
e ecológicas. Apesar de quase ausente das biografias e estudos sobre o trabalho do
artista, John Cage experimentou o anarquismo como o que Edson Passetti definiu
heterotopias de percurso. Assim, para além de Anarchy e de obras nitidamente
antiautoritárias, o artista realizou a anarquia na maneira própria de levar adiante a
existência, fazendo da vida também uma invenção, afirmando um caminho outro,
noção valorizada pelos filósofos cínicos, segundo Michel Foucault, para diferenciar o
traço de vidas escandalosas daquelas que reiteram convenções e valores usuais. Foi
este o caminho que esta tese acompanhou, estabelecendo reverberações de John Cage
em atitudes anarquistas contemporâneas

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/20153
Date02 June 2017
CreatorsSimões, Gustavo Ferreira
ContributorsPassetti, Edson
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0025 seconds