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Cinema estrutura: estudo genealógico do cinema estrutural

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Previous issue date: 2015-07-21 / In 1969 the film critic P.A.Sitney said that, suddenly, a cinema structure "had emerged." Although imprecise, his observations were responsible for triggering a long process of discussions about a kind of cinema that, in general, was characterized by self-reflectiveness and antiillusionist processes. The exploration of the filmstrip's materiality, of the alternative projection and camera-capture methods, of the different editing processes and articulation between sound and image, as well as a number of other procedures that called attention to the cinematic structure, were taken as central features of those "structural films." In the search of a genealogical approach of the facts and building on key authors of the genealogical method, especially Nietzsche and Benjamin, alongside with the help of historicaldocumentary data, this research has made clear that the emergence of a dedicated cinematography to its own structure, had derived from a historical development marked by the emancipation of cinema as art, as well as from the development for developing alternatives to the set of cinematic codes agreed by the film industry. From the avant-garde of the 1920s to the artistic movements of the postwar 1950s, the will to acquire an "essential cinematic language have mobilized artists and filmmakers to produce experimental works that questioned such codes, giving rise to the structural films. New York, London and Vienna, altogether saw the development of a filmic production that prioritized to discuss the structural basis of cinematic experience and cinematic discourse from the visual perception phenomena, to cognitive processes during the view. Heterogeneously, the so-called structural works not only cast new light on the film practice itself, expanding its limits; but also demonstrated the possibility of using cinema as an useful instrument for philosophical speculation. Making "films about films", the structural filmmakers completed the avant-garde project of employing film as an autonomous art-form, turning its attention to its own structure, and thereby making the structure of things, the man and his thought more and more visible / Em 1969 o critico de cinema P.A.Sitney alertou para o fato de que, de súbito, um cinema da
estrutura havia emergido . Apesar de imprecisas, suas observacões foram responsáveis por
desencadear um longo processo de discussões acerca de um tipo de cinema que, em sintese,
caracterizava-se por ser auto-reflexivo e anti-ilusionista. A exploracao da materialidade da
pelicula fotoquimica, dos métodos alternativos de projecao e captacao, dos sistemas matemáticos
de montagem e articulacao entre som e imagem, bem como de uma série de outros procedimentos
que chamavam a atencao para a estrutura do cinematografo, foram tomados como caracteristicas
centrais daqueles filmes estruturais .
Buscando uma visao genealogica dos fatos e tomando como base autores fundamentais do
método genealogico, especialmente Nietzsche e Benjamin, aliados a investigacao de dados
historico-documentais, esta pesquisa tornou explicito que a emergencia de uma cinematografia
voltada para sua propria estrutura derivou do desdobramento historico de um processo marcado
pela emancipacao do cinema como arte e, consequentemente, pela elaboracao de alternativas ao
conjunto de codigos convencionados pela indústria cinematográfica. Das vanguardas da década de
1920 aos movimentos artisticos do pos-guerra dos anos 1950, a vontade pela aquisicao de uma
linguagem essencialmente cinematográfica mobilizou artistas e cineastas a produzirem obras
experimentais que problematizaram tais codigos, fazendo emergir o cinema estrutural.
A partir de Nova Iorque, Londres e Viena, desenvolveu-se um tipo de producao que priorizou
discutir as bases constituintes da experiencia e do discurso cinematográfico - da percepcao visual
aos processos cognitivos. De modo heterogeneo, as chamadas obras estruturais nao apenas
lancaram novas luzes sobre o proprio fazer-cinema, expandindo seus limites; mas também
demonstraram a possibilidade de utilizá-lo como um meio útil para a especulacao filosofica.
Fazendo filmes sobre filmes , os realizadores estruturais completaram o projeto vanguardista de
encarar o cinema como arte autônoma que, voltando-se para sua propria estrutura, também
tornou visiveis a estrutura das coisas, do homem, e de seu pensamento

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/4727
Date21 July 2015
CreatorsStutz, Fernando Henrique Lacerda
ContributorsSantaella, Lucia
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica, PUC-SP, BR, Comunicação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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