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Análise da expressão da Anexina A1 na pele de pacientes com leishmaniose cutânea e correlação com o aspecto histopatológico

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Previous issue date: 2015-03-27 / FAPEMAT / CNPq / A leishmaniose tegumentar americana é causada por protozoários do gênero Leishmania e a transmissão ocorre através da picada de flebotomíneos. É uma doença infecciosa, que acomete pele e mucosa. A resposta imune celular tem sido apontada como um importante fator na progressão das lesões da leishmaniose tegumentar. A proteína anti-inflamatória anexina-A1 é reconhecida como um importante mediador no processo inflamatório. O objetivo deste trabalho foi quantificar a expressão da anexina-A1, nos macrófagos e nas células T CD4+ e T CD8+ de fragmento da pele de paciente com leishmaniose cutânea, e correlacionar com o aspecto histopatológico. Biópsias de pele de pacientes (n=55) com leishmaniose cutânea foram processadas e analisadas. Para caracterizar a espécie de Leishmania foi utilizada PCR–ITS1/RFLP, identificando que todas as amostras biológicas apresentavam o parasita Leishmania brasiliensis. Na análise histopatológica, observou-se intensa migração leucocitária, evidenciando infiltrado histiolinfoplasmocitário. Em seguida foi realizada a determinação da expressão de anexina-A1 nos macrófagos e nas células T CD4+ e T CD8+ dos pacientes pela técnica de imunofluorescência. Na quantificação da expressão da anexina-A1, observou-se um aumento dessa proteína nos macrófagos da pele de pacientes com leishmaniose cutânea, quando comparados com essas células em individuos saudáveis (controle: 64,6 ± 3,0 UA; LT: 107,0 ± 2,7 UA; p<0,0001). Esses dados podem indicar a atuação dessa proteina durante o processo de fagocitose. Além disso, os macrófagos presentes nas lesões do tipo reação exudativa necrótica da pele de pacientes com leishmaniose cutânea apresentavam maior expressão dessa proteína (123,5 ± 6,9 UA) quando comparados com as células presentes nas lesões do tipo reação exudativa granulomatosa e reação exudativa celular (100,0 ± 4,1, p<0,01; e 104,6 ± 3,0, p<0,05). Esses dados podem indicar que, nas lesões do tipo reação exudativa necrótica, os macrófagos expressam mais anexina-A1 devido a ativação celular para fagocitose dos parasitas e de fragmentos celulares provenientes das regiões necróticas. Com relação as células T CD4+ e T CD8+, nossas análises demonstraram que essas células apresentavam maiores níveis de anexina-A1 nas lesões do tipo reação exudativa celular (TCD4+: 123,9 ± 11,6 UA) (TCD8+: 121,3 ± 9,0 UA), quando comparadas com as células presentes nas lesões do tipo reação exudativa granulomatosa e reação exudativa necrótica (TCD4+: 87,7 ± 5,2, p<0,05; e 53,7 ± 15,7, p<0,01) (TCD8+: 76,0 ± 11,4, p<0,05; e 77,0 ± 10,4, p<0,05). Esses dados demonstram que essa proteína está expressa durante a resposta celular frente aos antígenos da Leishmania. Além disso, a expressão aumentada da anexina-A1 nas células T presentes nas lesões do tipo reação exudativa celular pode ser explicada pelo aspecto mais disseminado do infiltrado histiolinfoplasmocitário, com maior presença de edema e ausência de contenção da infecção como ocorre nas lesões do tipo reação exudativa granulomatosa. Em conclusão, os dados apresentados nesse trabalho, em associação com os dados da literatura, demonstram a relevância da dinâmica da anexina-A1 na regulação do sistema imunológico durante a leishmaniose cutânea. Esses dados trazem, pela primeira vez, uma contribuição para o entendimento do papel da anexina-A1 na ativação dos macrófagos e células T na leishmaniose cutânea. Estudos futuros permitirão o entendimento preciso do mecanismo de ação da anexina-A1 no processo infeccioso da leishmaniose cutânea. / American tegumentary leishmaniasis is caused by protozoa of the genus Leishmania, and the transmission occurs through the sandflies bite. It is an infectious disease that affects the skin and mucosa. The cellular immune response has been identified as an important factor in the progression of tegumentary leishmaniasis lesions. The anti-inflammatory protein annexin A1 is recognized as an important mediator in the inflammatory process. The aim of this study is quantify the annexin-A1 expression in macrophages and CD4+ and CD8+ T cells from skin fragment of patients with cutaneous leishmaniasis, and correlates with histopathological aspects. Skin biopsies of patients (n= 55) with cutaneous leishmaniasis were processed and analyzed. To characterize the species of Leishmania, it was used ITS1-PCR/RFLP, which identified that all biological samples had parasite Leishmania brasiliensis. In the histological analysis, there was an intense leukocyte migration, showing lymphohistiocytic and plasmocytic infiltrate. Then, it was conducted the determination of annexin-A1 expression in macrophages and CD4+ and CD8+ T cells by immunofluorescence technique. In annexin-A1 expression quantification, there was an increase of this protein in macrophages from patients skin with cutaneous leishmaniasis, when compared to these cells from healthy individuals (control: 64.6 ± 3.0 AU, LT: 107.0 ± 2.7 AU; p <0.0001). These data might indicate the role of this protein in the phagocytic process. In addition, macrophages present in the necrotic exudative reaction skin lesions of patients with cutaneous leishmaniasis showed higher expression of the protein (123.5 ± 6.9 AU) when compared with cells present in the granulomatous exudative reaction and cellular exudative reaction lesions (100.0 ± 4.1, p <0.01, and 104.6 ± 3.0, p <0.05). These data may indicate that in necrotic exudative reaction lesions, macrophages express more annexin-A1 due to cell activation induce by phagocytosis of parasites and cellular debris from necrotic regions. Regarding CD4+ and CD8+ T cells, our analysis showed that these cells had higher levels of annexin-A1 in cellular exudative reaction lesions (CD4+: 123.9 ± 11.6 AU) (CD8+: 121.3 ± 9.0 AU) when compared with cells present in necrotic exudative reaction and granulomatous exudative reaction lesions (CD4+: 87.7 ± 5.2, p <0.05; and 53.7 ± 15.7, p <0.01) (CD8+ T: 76.0 ± 11.4, p <0.05; and 77.0 ± 10.4, p <0.05). These data demonstrate that this protein is active during the cellular response to Leishmania antigens. Furthermore the increased annexin-A1 expression in T cells from cellular exudative reaction lesion could be explained by the widespread aspect of lymphohistiocytic and plasmocytic infiltrate, with higher presence of edema and absence infection containment, as occurs in the granulomatous exudative reaction lesions. In conclusion, the data presented here, together with the literature, show the relevance of the annexin-A1 dynamics in the immune system regulation during cutaneous leishmaniasis. These data shows for the first time, a contribution to understanding the role of annexin-A1 in the activation of macrophages and T cells in the cutaneous leishmaniasis. Future studies will allow the accurate understanding of the annexin-A1 mechanism of action in the infection process of cutaneous leishmaniasis.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:1/691
Date27 March 2015
CreatorsSilva, Helen Aguiar Lemes da
ContributorsDamazo, Amílcar Sabino, Damazo, Amílcar Sabino, Hueb, Márcia, Almeida, Renato Porrozzi de, Santos, Rogerio Alexandre Nunes dos
PublisherUniversidade Federal de Mato Grosso, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, UFMT CUC - Cuiabá, Brasil, Faculdade de Medicina (FM)
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFMT, instname:Universidade Federal de Mato Grosso, instacron:UFMT
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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