Return to search

Bento de Espinosa: pol?tica liberal e ?tica libertina / Bento de Espinosa: liberal politics and libertine ethics

Submitted by Sandra Pereira (srpereira@ufrrj.br) on 2017-03-21T16:20:34Z
No. of bitstreams: 1
2016 - Mi?cimo Ribeiro Moreira Junior.pdf: 924413 bytes, checksum: 4ab2cab109dbbf9ad627a9bad4ead296 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-21T16:20:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2016 - Mi?cimo Ribeiro Moreira Junior.pdf: 924413 bytes, checksum: 4ab2cab109dbbf9ad627a9bad4ead296 (MD5)
Previous issue date: 2016-06-27 / Funda??o Carlos Chagas Filho de Amparo ? Pesquisa do Estado do RJ - FAPERJ / The purpose of this dissertation is to present some reasoning which support the idea of the existence of two philosophical postures characterized by Spinoza?s Theological-Political Treatise and Spinoza?s Ethics. The posture of the Treatise is a result of a civic effort of secularization pertinent to seventeenth-century. The main purpose is to promote the institutional protection of some liberties, which we identify as a liberal policy. The posture of Ethics is related to an individual effort of rational elevation. It is the result of a reasoaning that sees the desire as the human essence itself, and because of this and other reasons such as the appreciation of the body, the monism, the reflections of values and virtues without make use of transcendences, the work is identified as libertine. The purpose that guides the tree chapters of this dissertation is to show how this two books contribute to a philosophical posture which is not separated in a project of immanent philosophy. The first chapter presents the philosopher and his work in complex historical and political context, showing the fragility and the power of that time. Specially in Holland, the seventeenth-century was a very important time to the construction of the modern political thinking. To understand this, we approached some factors which have influenced the free-thinkers of that time and the tension between them and the religious authorities. The second chapter approaches some concepts and reasonings tha are fundamentally extracted from the firsts books of Ethics. The development of some questions of the third chapter depends on the approach of some subjects with the support of the conceptual web elaborated by the philosopher. The critic about the finalist thinking was the way choosen to lead to the reasonings that will be presented. To understand this critics, we tried to develop the concept of power, which is fundamental to the elaboration of the immanence plan. This issue is quite relevant, because we find in Spinoza the idea that the way the reality is seen and organized interferes in our comprehension power of things, and with it, interferes in the way men proceed. The concept of power goes through discussions about ontology and politics in a very peculiar way on spinozist thought. Having this in mind, we will lead the discussion about the power to modal level issues, in other words, issues about conatus as essence of finite modal (human) and the passion web in wich it is submited. The goal of the 3rd chapter is to present what Spinoza shows his liberal proposal of political conduction. Besides we direct our attention to books IV and V of Ethics. First, we show the possibility of institutional liberty seen by the philosopher and, after this, we explain how the Ethics point to a kind of liberty that can?t be obtained by another way unless by the individual effort of searching knowledge and virtue, which we identify as the libertin ethics / O objetivo dessa disserta??o ? apresentar alguns racioc?nios que apoiem a ideia de que existe, na filosofia de Bento de Espinosa, duas posturas filos?ficas caracterizadas nas obras Tratado Teol?gico-Pol?tico e ?tica. A postura do Tratado ? fruto de um esfor?o c?vico de seculariza??o pr?prio ao s?culo XVII. O principal objetivo da obra ? promover a prote??o institucional de certas liberdades, que identificamos como uma pol?tica liberal. A postura da ?tica ? pr?pria de um esfor?o ?ntimo de eleva??o racional. Isso ? fruto de um pensamento que v? o desejo como a pr?pria ess?ncia humana e, por esses e outros motivos tais como a valoriza??o do corpo, o monismo, a reflex?o de valores e virtudes sem recorrer a transcend?ncias, ? identificado como uma ?tica libertina. O objetivo que orienta os tr?s cap?tulos dessa disserta??o ? mostrar como essas duas obras articulam duas posturas filos?ficas que n?o se separam dentro de um projeto de filosofia imanente. O primeiro cap?tulo situa o fil?sofo e sua obra dentro de um complexo contexto hist?rico e pol?tico, mostrando a situa??o delicada e o poder daquele per?odo. O s?culo XVII, especialmente na Holanda, foi um per?odo de grande import?ncia para a forma??o do pensamento pol?tico moderno. Para compreender essa import?ncia, abordamos alguns fatores que influenciaram os livres-pensadores da ?poca e a tens?o entre eles e as autoridades religiosas. O segundo cap?tulo aborda alguns conceitos e racioc?nios fundamentalmente extra?dos dos primeiros livros da ?tica. O desenvolvimento do terceiro cap?tulo depende da abordagem de alguns temas com o apoio da teia conceitual elaborada pelo fil?sofo. A cr?tica que Espinosa faz ao pensamento finalista foi o caminho escolhido para conduzir os racioc?nios que ser?o apresentados. Para compreender essa cr?tica, desenvolvemos o conceito de pot?ncia, que ? fundamental para a constru??o do pensamento imanente espinosista. Essa quest?o ? muito relevante, pois encontramos em Espinosa a ideia de que a forma como a realidade ? compreendida e organizada interfere na nossa pot?ncia de compreender os modos e, com isso, interfere no modo de proceder dos homens. O conceito de pot?ncia atravessa as discuss?es sobre ontologia e pol?tica de forma muito singular no pensamento espinosista. Tendo isso em vista, conduziremos a discuss?o acerca da pot?ncia para as quest?es do n?vel modal, ou seja, para a quest?o da persevera??o como ess?ncia do modo finito homem e a teia afetiva ? qual ele est? submetido. O objetivo do terceiro cap?tulo ? expor o que Espinosa apresenta ao final do Tratado Teol?gico-Pol?tico, que ? onde ele apresenta de forma mais direta sua liberal proposta de condu??o pol?tica. Al?m disso, tamb?m direcionaremos nossa aten??o aos livros IV e V da ?tica. Primeiro, mostraremos a possibilidade de liberdade institucional enxergada pelo fil?sofo e, depois, mostraremos como a ?tica aponta para um tipo de liberdade que n?o pode ser alcan?ada por outro meio que n?o seja o esfor?o individual de buscar conhecimento e virtude.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:jspui/1471
Date27 June 2016
CreatorsMoreira J?nior, Mi?cimo Ribeiro
ContributorsSilva, Walter Valdevino Oliveira, Medeiros, Nelma Garcia de, Itokazu, Ericka Marie, Carvalho, Danilo Bilate
PublisherUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Programa de P?s-Gradua??o em Filosofia, UFRRJ, Brasil, Instituto de Ci?ncias Humanas e Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ, instname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, instacron:UFRRJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationBibliografia Obras de Bento de Espinosa: ESPINOSA, Bento de. ?tica. Trad. Tomaz Tadeu. Edi??o bil?ngue latim ? portugu?s. 2? ed. Belo Horizonte: Aut?ntica, 2008. ________. Tratado pol?tico. Trad., introd. e notas. Diogo Pires Aur?lio. S?o Paulo: Martins Fontes, 2009. ________. Tratado teol?gico-pol?tico. Trad., introd. e notas. Diogo Pires Aur?lio. S?o Paulo: Martins Fontes, 2008. GUINSBURG, J.; CUNHA, Newton; ROMANO, Roberto (Org.). Spinoza: Obra completa I. S?o Paulo: Perspectiva, 2014. ________. Spinoza: Obra completa II. S?o Paulo: Perspectiva, 2014. ________. Spinoza: Obra completa III. S?o Paulo: Perspectiva, 2014. Outras obras: AUDI, Robert (Org.). Dicion?rio de Filosofia de Cambridge. 2? ed. S?o Paulo: Paulus, 2011. BALIBAR, Etienne. Spinoza and Politics. Trad. Peter Snowdon. New York, London: Verso, 2008. BARRETO, Ana Cl?udia G.; BILATE, Danilo; BARROS, Tiago M. da S. (org.). Spinoza & Nietzsche: fil?sofos contra a tradi??o. Rio de Janeiro: Mauad X, 2011. BEL?M LOPES, Dawisson. Da cruz ?s espadas: a autoridade pol?tica no pensamento medieval ocidental. Revista de Ci?ncias Humanas (Taubat?), v. 1, p. 1-14, 2009. BENJAMIN, C?sar. Estudos sobre Spinoza. Trad. Eliana Aguiar; Estela dos Santos Abreu; Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014. BOVE, Laurent. Spinoza e a quest?o ?tico-social do desejo. Trad. Leon Farhi Neto. In: Fractal, Rev. Psicol., vol. 24, n. 3, p. 443-472, 2012. CHAU?, Marilena de Souza (Comp.). Cole??o os Pensadores, Espinosa 3? ed. S?o Paulo: Abril Cultural, 1983. ________. Pol?tica em Espinosa. S?o Paulo: Companhia das Letras, 2003. ________. Desejo, Paix?o e A??o na ?tica de Espinosa. S?o Paulo: Companhia das Letras, 2011. 120 COSTA, Admar Almeida da. HADDAD, Alice Bitencourt. AZAR FILHO, Celso Martins. Filosofia e prazer ? di?logos com a tradi??o hedonista. Serop?dica, RJ: Edur, 2012. DAM?SIO, Ant?nio. Em Busca de Espinosa: prazer e dor na ci?ncia dos sentimentos. Adapta??o para o portugu?s do Brasil Laura Teixeira Motta. S?o Paulo: Companhia das Letras, 2004. DELEUZE, Gilles. Spinoza et le probl?me de l?expression. Paris: ?d. de Minuit, 1968. ________. Espinosa: filosofia pr?tica. Trad. Daniel Lins; Fabien Pascal Lins. S?o Paulo: Escuta, 2002. FRAGOSO, Emanuel Angelo da Rocha. ?As defini??es de causa sui, subst?ncia e atributo na ?tica de Benedictus de Spinoza?. In UNOPAR Cient., Ci?nc. Hum. Educ., Londrina, v. 2, n.1, p. 83-90, mar. 2001. ________. ?O conceito de Liberdade na ?tica de Benedictus de Spinoza?. In Revista Philosophica de Lisboa, n.27, 2006, p.157-173. __________. "Biblioteca do Spinoza". Dispon?vel In: <http://www.benedictusdespinoza.pro.br/biblioteca-do-spinoza.html>. Acesso em: 21 jan. 2016. BARATA RIBEIRO, Bernardo.. O maquiavelismo de Spinoza. In: Ana Cl?udia Gama Barreto, Danilo Bilate e Tiago Barros. (Org.). Spinoza & Nietzsche: fil?sofos contra a tradi??o. 1ed.Rio de Janeiro: Mauad X, 2011, v. 1, p. 151-162. GLEIZER, Marcos Andr?. Espinosa & a afetividade humana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005. GOMES, D?bora. ?A no??o hobbesiana de estado de natureza e a teoria pol?tica de Spinoza?. In Revista do Semin?rio dos Alunos do PPGLM/UFRJ: n.2, 2011. HOBBES, Thomas. O Leviat?: ou mat?ria forma e poder de um Estado eclesi?stico e civil. Trad. Daniel Moreira Miranda. S?o Paulo: EDIPRO, 2015. ISRAEL, Jonathan I. A Revolu??o das Luzes. Trad. Daniel Moreira Miranda. S?o Paulo: EDIPRO, 2013. ________. The Dutch Republic. Nova Iorque, Oxford University Press 1995 JAQUET, Chantal. A unidade do corpo e da mente: afetos, a??es e paix?es em Espinosa. Trad. Marcos Ferreira de Paula; Lu?s C?sar Guimar?es Oliva. Belo Horizonte: Aut?ntica, 2011. LIMONGI, M. I. M. P. . Hobbes e o conatus: da f?sica ? teoria das paix?es. In Discurso. Departamento de Filosofia da FFLCH da USP, S?o Paulo, v. 31, p. 417-439, 2000. 121 MEDEIROS, Nelma. Cultura libertina e cultura clandestina na Inglaterra, 1580-1620. Disserta??o de mestrado apresentada ao Programa de P?s-Gradua??o em Hist?ria da Universidade Federal Fluminense. Orienta??o: Prof. Dr. Francisco Jos? Calazans Falcon, 1994. ___________. ?Espinosa: um pensamento sem sujeito?. In: Anais do Col?quio ?tica e Alteridade. Serop?dica; Edur- Editora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2010. Dispon?vel em: <http://www.ufrrj.br/graduacao/prodocencia/publicacoes/eticaalteridade/artigos/Nelma de_Medeiros.pdf> NADLER, Steven. Um livro forjado no inferno: o tratado escandaloso de Espinosa e o nascimento da era secular. Trad. Alexandre Morales. S?o Paulo: Tr?s estrelas, 2013. __________. A book forged in hell. New Jersey, Oxfordshire: Princeton University Press, 2011. NEGRI, Antonio. A anomalia selvagem: poder e pot?ncia em Spinoza. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993. NODARI, Paulo C?sar. ?tica, Direito e Pol?tica: a paz em Hobbes, Locke, Rousseau e Kant. S?o Paulo: Paulus, 2014 ONETO, Paulo Guilherme Domenech. ?Spinoza e a passagem ao pol?tico?. In Revista Conatus, v.1, n.1, jul. 2007. ONFRAY, Michel. Contra-hist?ria da filosofia, v. 3: libertinos e barrocos. Trad. Eduardo Brand?o. S?o Paulo: Martins Fontes, 2009. PINHEIRO, Ulysses. ?A heresia oculta de Espinosa?. In Revista Analytica, vol. 14, n. 1, p. 217-242, 2010. PONCZEK, Roberto Leon. Deus ou seja a Natureza. Salvador: EDUFBA, 2009. RAMOND, Charles. Vocabul?rio de Espinosa. Trad. Claudia Berliner. S?o Paulo: Martins Fonts, 2010. RIZK, Hadi. Compreender Spinoza. Petr?polis: Vozes, 2006. SENELLART, Michael. As Artes de Governar. Trad. Paulo Neves. S?o Paulo: Ed. 34, 2006. STEWART, Mathew. The courtier and the heretic: Leibniz, Spinoza and the fate of God in the modern world. New York, London: W. W. Norton, 2006. TORRES, Sebasti?n. ?La presencia de Machiavelli em el Tratado Pol?tico de Spinoza?. In Revista Conatus, vol. 4, n? 7, julho de 2010, pp. 81-95.

Page generated in 0.0026 seconds