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?Porque o funk est? preso na gaiola? (?): A criminaliza??o do funk carioca nas p?ginas do Jornal do Brasil (1990-1999)

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Previous issue date: 2017-06-29 / In view of the persecution against the carioca funk music that was developed during the 1990s (and intensified in the 2000s), this dissertation has as its main objective to find explanations for the criminalization of the carioca funk movement. In terms of sources, songs released throughout this decade were used, also laws and draft laws that were specifically aimed at funk music and especially the contents presented in ?Jornal do Brasil? during this same period, which had as main theme the carioca funk. The analysis of the selected sources allowed to conclude that the persecution carried out by the public power against the manifestations of the carioca funk (mainly the funk dances) were the result of the persecution against the adherents of the movement, that is, against the funk dancers (funkeiros); mostly black, young, poor and favela dwellers. In this sense, the occurrence of organized gang-sackings in October of 1992 marks the history of the funk movement, once the suburban funkeiros were pointed out as the main culprits of the pillages occurred in the beaches of the South Zone. From this blame, a stigmatized image had been built upon the funkeiros by the mainstream media that reduced them to potential violent, dangerous, and criminal subjects. This was evidenced in the fact that the absolute majority of the events about carioca funk music in ?Jornal do Brasil? have presented the funk music and the funkeiros in a negative way.We therefore perceive that the criminalization of funk music in the 1990s was largely based on racism and social prejudices against black, poor, favela dwellers, which represented funk?s greatest producing and consuming mass. / Tendo em vista a persegui??o contra o funk carioca, desenvolvida ao longo da d?cada de 1990 (e intensificada nos anos 2000), esta disserta??o teve como objetivo principal encontrar explica??es para a criminaliza??o do movimento funk carioca. Nesse sentido, foram utilizados, em termos de fontes, can??es lan?adas ao longo desta d?cada, leis e projetos de leis que se destinavam especificamente ao funk e, principalmente, os conte?dos presentes no Jornal do Brasil, neste mesmo per?odo, que tinham como tema principal o funk carioca. A an?lise das fontes selecionadas permitiu concluir que a persegui??o levada a cabo pelo poder p?blico contra as manifesta??es do funk carioca (sobretudo os bailes funk) eram fruto da persegui??o contra os adeptos do movimento, ou seja, contra os funkeiros, em sua maioria jovens negros, pobres e favelados. Nesse sentido, a ocorr?ncia dos arrast?es em outubro de 1992 marcam a hist?ria do movimento funk, uma vez que os funkeiros suburbanos foram apontados como os principais culpados pelos arrast?es que ocorreram nas praias da Zona Sul. A partir desta culpabiliza??o, fora constru?da sobre os funkeiros pela grande m?dia uma imagem estigmatizada que os reduziu a sujeitos violentos, perigosos e criminosos em potencial. Isto ficou comprovado no fato de a maioria absoluta das ocorr?ncias sobre o funk carioca no Jornal do Brasil ter apresentado o funk e os funkeiros de forma negativa. Percebemos, portanto, que a criminaliza??o do funk na d?cada de 1990 esteve calcada, em grande medida, no racismo e nos preconceitos de origem social contra os jovens negros, pobres e favelados, que representavam a grande massa produtora e consumidora do funk.

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Date29 June 2017
CreatorsBRAGAN?A, Juliana da Silva
ContributorsNascimento, ?lvaro Pereira do, Nascimento, ?lvaro Pereira do, Barros, Jos? Costa D'Assun??o, Amaral, Adriana Facina Gurgel do
PublisherUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Programa de P?s-Gradua??o em Hist?ria, UFRRJ, Brasil, Instituto de Ci?ncias Humanas e Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ, instname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, instacron:UFRRJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
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