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Estudo de cepas de Yersinia pestis isoladas durante epizootia no Foco da Chapada do Araripe, Pernambuco, Brasil

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Previous issue date: 2006 / A Yersinia pestis, bactéria Gram-negativa da família Enterobacteriaceae, é uma
espécie muito homogênea quando observada pelos métodos fenotípicos: apresenta apenas
um sorotipo, um fagotipo e um biotipo subdividido em três biovars ou variedades
geográficas. A peste é uma doença primária dos roedores, geralmente transmitida por
pulgas e que ocasionalmente pode infectar outros mamíferos, inclusive o homem, que é
atingido acidentalmente ao penetrar no ecossistema da doença. Ela ainda persiste nos dias
atuais entre diversos hospedeiros/reservatórios em numerosos focos silvestres em vários
países do mundo e atualmente é considerada uma doença reemergente. Devido à alta taxa
de letalidade e ao seu potencial de epidemização, a peste é classificada como doença de
notificação Classe I de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional (RSI) vigente, o
que exige vigilância permanente dos focos, sobretudo porque a Y. pestis pode ser usada
como agente de bioterrorismo. A vigilância da peste no Brasil baseia-se na pesquisa da
bactéria em roedores e pulgas e de anticorpos antipestosos em animais sentinela (algumas
espécies de roedores resistentes à infecção e carnívoros domésticos, como os cães e gatos).
O conhecimento das características dos isolados de cada foco permitirá detectar a
introdução de uma nova cepa e, consequentemente, a sua origem, se de outro foco ou por
ato deliberado. Os estudos de tipagem molecular de cepas brasileiras de Y. pestis por
diferentes técnicas, como a RAPD-PCR, PCR-ribotipagem e RFLP-IS100, revelaram, na
maioria das vezes, padrões genômicos idênticos entre as cepas, independentemente das
fontes, procedência e ano. Recentemente, um estudo utilizando MLVA (análise de
múltiplos locos do número variável de repetições em tandem), mostrou que as cepas de Y.
pestis do Brasil apresentavam polimorfismo. Este trabalho teve como objetivo caracterizar
isolados de Y. pestis em um mesmo evento epidemiológico através de locos VNTR
(número variável de repetições em tandem). Um conjunto de vinte cepas de Y. pestis
isoladas durante a investigação de uma epizootia em um foco da Chapada do Araripe,
município de Exu, Pernambuco, Brasil, em agosto de 1967, foi analisado. As cepas
conservadas na bacterioteca do SRP (Serviço de Referência em Peste) foram reativadas e a
identificação bacteriológica confirmada pela suscetibilidade ao bacteriófago antipestoso.
Alterações no genoma foram pesquisadas pela presença ou ausência de genes de virulência
nos plasmídeos prototípicos da Y. pestis e na Ilha de Patogenicidade (HPI) das yersínias,
através da multiplex-PCR. Foram analisados seis locos VNTR pela reação de PCR. A
ausência de alguns genes de virulência foi evidenciada em dez cepas, sugerindo que
modificações genômicas ocorreram nesses isolados. Apesar disso, dos seis VNTR
analisados cinco se revelaram monomórficos e apenas um apresentou polimorfismo,
gerando três alelos. Colônias morfologicamente diferentes, grandes e pequenas, em
algumas cepas, apresentaram padrão VNTR atípico, com duas bandas amplificadas. Por
MLVA as cepas revelaram-se geneticamente relacionadas, o que reflete a relação
epidemiológica desses isolados. Ao mesmo tempo, é necessário a análise de um maior
número de VNTRs para confirmar a relação genética dessas cepas, em comparação com
cepas de outros focos

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/1936
Date January 2006
CreatorsEdson Pessoa Junior, Morse
ContributorsMaria Paiva de Almeida, Alzira
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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