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Território e identidade: conflitos socioambientais na comunidade quilombola onze negras Cabo de Santo Agostinho/PE

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Previous issue date: 2011 / Na sociedade contemporânea são grandes as preocupações frente às alterações
ambientais e a maneira como as relações humanas estão entrelaçadas a esta
problemática. O acelerado desenvolvimento científico e tecnológico baseado na utilização
de recursos da biodiversidade e no conhecimento de comunidades tradicionais nos leva a
discutir a atual realidade. Cabe questionar os padrões de desenvolvimento a serem
adotados e o envolvimento da região, de modo que a utilização desses recursos se dê em
bases sustentáveis, que garantam o desenvolvimento socioeconômico e a conservação do
meio ambiente, preservando assim a identidade e o espaço vivido das comunidades
tradicionais. É nesta perspectiva de estudo que esta pesquisa de baseia, trilhando seus
esforços na compreensão da temática dos conflitos socioambientais, território e identidade.
A pesquisa se desenvolveu com base no conceito de conflito socioambiental de Acselrad
(1995). Entende-se conflito socioambiental como um conflito social em torno do modo de
apropriação e uso dos elementos da natureza, envolvendo relações de poder onde os
sujeitos envolvidos constroem uma dimensão ambiental para suas lutas. A comunidade
quilombola Onze Negras, Cabo de Santo Agostinho-PE, surge, com referencial empírico,
como um espaço de conflitos a partir do qual foi possível destacar alguns dos conflitos
socioambientais existentes pela perspectiva da própria comunidade, que vê nestes
conflitos a perda de sua identidade, aspecto trabalhando aqui segundo os princípios de
Castells (1999), que define identidade como fonte de significado e experiência de um povo.
Ela permite a um indivíduo localizar-se em um dado sistema social e ser localizado por
este. Com isto há também uma invasão do território, que é trabalhado no contexto de
Haesbaert (2005), que enfatiza que o território inspira a identificação (positiva) e a efetiva
apropriação ; assim, em qualquer acepção, tem a ver com poder, mas não apenas com o
tradicional poder político . Diz respeito a poder tanto no sentido mais concreto, de
dominação, quanto no sentido mais simbólico, de apropriação. Na visão de Raffestin
(1993), o território se forma a partir do espaço e é o resultado de uma ação conduzida por
um ator sintagmático (ator que realiza um programa) em qualquer nível. Ao se apropriar de
um espaço, concreta ou abstratamente, o ator territorializa o espaço. Diante dessa
conjuntura, esta pesquisa teve como objetivo analisar as condições em que se processam
os conflitos socioambientais na comunidade quilombola Onze Negras, identificando os
atores envolvidos e como os mesmos influenciam a perda de território e identidade da
comunidade. O estudo caracterizou a Comunidade Quilombola Onze Negras e identificou,
junto a comunidade, os principais conflitos existentes, os atores envolvidos e como se dá a
participação social na resolução dos mesmos. Em um enfoque dialético, a metodologia da
pesquisa se estruturou na Triangulação de Métodos (Minayo, 1994), estabelecendo
abordagens qualitativas com enfoque interdisciplinar na análise e discussão dos
resultados. O estudo, de um modo geral, evidenciou que a produção social do espaço
possui profundos rebatimentos nos conflitos socioambientais e que o território quilombola
vem sendo invadido pela pressão das empresas que se instalam no seu entorno. Ainda
assim, a comunidade preza por sua identidade e a participação social é efetiva na busca
da resolução dos conflitos existentes

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/2875
Date31 January 2011
CreatorsALBUQUERQUE, Elielton Alves de
ContributorsGEHLEN, Victoria Regia Fernandes
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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