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Prevalência de partos na água e resultados maternos e neonatais em uma maternidade do setor suplementar de saúde

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2014. / Made available in DSpace on 2015-02-05T20:44:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / OBJETIVO: descrever a prevalência dos partos na água em relação aos nascimentos de uma maternidade do Setor Suplementar de Saúde; estimar a associação entre as características sociodemográficas e obstétricas das mulheres na internação com o parto na água e fora dela e comparar os resultados maternos e neonatais destes partos. MÉTODO: tratase de um estudo transversal, realizado em um Hospital e Maternidade do Setor Suplementar de Saúde da Grande Florianópolis - SC. A amostra foi composta por todas as mulheres que tiveram parto normal de junho/2007 a maio/2013. Os dados foram coletados no livro de registro de nascimentos e nos prontuários, de forma retrospectiva, de janeiro a julho de 2013, por meio de um formulário. Utilizou-se o programa EPI INFO 7 (7.1.0.6) versão 2012 para a organização dos dados e o Software Stata SE 9.0 para a análise estatística descritiva, bivariada e multivariada. Foram estimadas as prevalências e testada a associação entre as diversas variáveis e o parto na água por meio do teste qui-quadrado. Foram calculadas as razões de chance (Odds Ratio) brutas e ajustadas com intervalo de confiança de 95% por meio de regressão logística. A análise ajustada foi realizada nas variáveis que apresentaram valor de p<0,20. Permaneceram no modelo as variáveis com valor de p<0,05. RESULTADOS: foram apresentados em dois artigos. No primeiro, dos 871 partos normais ocorridos no período de 2008 a 2012, a prevalência dos partos na água foi de 13,66%, sendo a maior em 2012 (18,97%). A maioria das mulheres que teve parto normal tinha entre 20 e 34 anos (81,22%), era da cor branca (93,11%), possuía companheiro (69,60%), ensino superior completo (86,93%), era primípara (69,17%), com gestação a termo (69,50%), havia realizado de 6 a 8 consultas no pré-natal (43,85%) e não apresentou intercorrências na gestação (87,46%). No momento da internação, estava na fase ativa do trabalho de parto (57,59%), com bolsa íntegra (63,79%). Não houve associação entre as características sociodemográficas e obstétricas da internação com o desfecho. No segundo artigo, foram estudadas 973 mulheres que tiveram parto normal no período de junho de 2007 a julho de 2013. As mulheres que pariram na água tiveram maior chance de não usarem ocitocina no trabalho de parto (OR= 0,40 - IC95% 0,24;0,67), de não serem submetidas à analgesia de parto (OR= 0,19 - IC95% 0,12;0,31) e de não serem submetidas à amniotomia (OR=0,25 - IC95% 0,12;0,51). Essas mulheres não adotaram a posição horizontal no momento do parto e não foram submetidas à episiotomia. Os neonatos nascidos na água tiveram maior chance de não serem submetidos à aspiração das vias aéreas superiores (OR=1,73 - IC95% 1,01;2,95), não apresentaram diferença no Apgar do primeiro e quinto minuto e na taxa de internação em terapia intensiva em relação aos nascidos fora dela. CONCLUSÃO: na maternidade estudada, a prevalência de parto na água vem aumentando gradativamente, a partir de 2010. A razão de chance das mulheres que parem na água de não serem submetidas à ocitocina, analgesia e amniotomia é maior do que as que parem fora dela. Essas mulheres são assistidas em posição não supina, sem episiotomia e os seus recém-nascidos não são aspirados logo após o nascimento. O parto na água contribui para a redução de intervenções obstétricas e propicia às mulheres parirem de forma mais espontânea, além de não estar associado a nenhum prejuízo ao bem-estar do recém-nascido.<br> / Abstract : OBJECTIVE: To describe the prevalence of water births in association with birth in a maternity of the Supplemental Health Sector and to estimate the association between the sociodemographic and obstetric characteristics of the maternal and neonatal outcomes from births which occurred in the water and out of it. METHODS: A cross-sectional study was developed in a Supplemental Maternity Hospital and Health Sector of Florianópolis-SC. The sample consisted of all women who had normal birth in June 2007 to May 2013. Data were collected in the book of birth registration and records retrospectively from January to July 2013 through a formulary. The EPI INFO program 7 (7.1.0.6) - version 2012, was used to organize data which and the StataSE 9.0 software was used for the descriptive, bivariate and multivariate analysis. Prevalence were estimated and tested the association between the different variables, with regard to water birth we tested through the Chi-squared test. Was calculated the crude and adjusted odds ratio with a confidence interval of 95% by the logistical regression. The adjusted analysis was performed by blocks of variables with p<0.20. We kept subsequent models and variables with p < 0.05. RESULTS: The results were presented in two articles. In the first, of the 871 normal births in the period 2008 to 2012, the prevalence of water births was 13.66%, being the highest in 2012 (18.97%). Most women who had normal birth were between 20 and 34 years (81.22%), were white (93.11%), had companion (69.60%), complete higher education (86.93%), primiparous (69.17%), with term gestation (69.50%) were performed 6-8 consultations in pre-natal (43.79%) and had no difficulties in pregnancy (87,46%). At the time of admission, she was in the active phase of labor (57.59%), with full bag (63.79%). There was no association between sociodemographic and obstetric characteristics between hospitalization and the result. In the second article were studied 973 women who had normal births in the period 2007 to July 2013. Women who gave birth in the water were more likely to not use oxytocin in labor (OR= 0,40 - CI95% 0,24;0,67), not to be subjected to analgesic delivery (OR= 0,19 - CI95% 0,12;0,31) and not be subject to amniotomy (OR=0,25 - CI95% 0,12;0,51). These women did not adopt the horizontal position at the time of delivery and were not subjected to episiotomies. New born in water had higher chance not to be subjected to aspiration of the upper airways (OR=1,73 - CI95% 1,01;2,95), showed no difference in the Apgar score at one and five minutes and the rate of hospitalization in intensive care in relation to children born out of it. CONCLUSION: In the studied maternity, the prevalence of water birth is gradually increasing from 2010. The odds ratio for women who give birth in water not to be subjected to oxytocin, analgesia and amniotomy is greater than those who conduct their labor elsewhere. These women are not assisted in the supine position without episiotomy and their newborns were not aspirated after birth. The water birth helps to reduce obstetric interventions and promotes women giving birth more spontaneous way, besides not being associated with any prejudice to the welfare of the newborn.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/129139
Date January 2014
CreatorsScheidt, Tânia Regina
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Brüggemann, Odaléa Maria
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format140 p.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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