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Família, pessoa com síndrome de down e nutricionista

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem / Made available in DSpace on 2012-10-23T02:52:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1
239922.pdf: 12803300 bytes, checksum: c717328716edca781072ed3b4c27837a (MD5) / Este estudo buscou construir junto com algumas famílias com pessoas com Síndrome de Down (SD) uma sistematização metodológica de educação nutricional no processo de re-significação do ato de comer dessas famílias que foi identificado e compreendido durante a prática de cuidado nutricional, despertando para a importância da autonomia e da independência relativa na escolha alimentar de seus integrantes. Os postulados do Interacionismo Simbólico guiaram esta pesquisa, estabelecendo o processo de construção-desconstrução-reconstrução da realidade encontrada. Teve como metodologia, os preceitos da pesquisa qualitativa-participante que se interligaram com os instrumentos metodológicos da escuta e da observação sensível, além das atividades lúdicas. Esta pesquisa envolveu onze visitas domiciliares a cada uma das cinco famílias com pessoas com SD, durante um período de sete meses. Os resultados foram expressos por análise qualitativa. Para apresentá-los, o trabalho se estrutura em cinco capítulos por onde os aspectos teóricos, filosóficos e metodológicos sustentam as discussões e as reflexões do contexto explorado. Parte da compreensão até então divulgada sobre a SD, revisitando o arcabouço teórico e chega a uma compreensão sobre o significado do ato de comer que integra razão e emoção, imaginário e rede simbólica, onde o verbal e o não-verbal se complementaram. Categoriza elementos de interação entre o social e o individual na construção do significado do ato de comer, tais como: rotina e mídia: do social para o individual e vive-versa, o estigma de ser "diferente" e a permissividade alimentar, símbolos significantes do ato de comer para as famílias e evidenciando a sistematização metodológica de educação nutricional. Conclui que a família tem um papel fundamental como educadora nutricional para seus membros, como transmissora do primeiro significado do ato de comer, a partir de sua construção social e cultural. Evidencia que as pessoas com SD, repetem comportamentos alimentares idênticos aos de seus pais e, que estar com alteração de peso não é uma característica estigmatizante da SD. A predisposição genética para a obesidade nas pessoas com SD pode ser combatida pela compreensão mais ampla sobre o significado do ato de comer. Comprova a ação do tempo espiralesco no contexto familiar, determinando um ritmo familiar de interação entre o interno de cada pessoa e o seu entorno, presente no seu quotidiano. Um ritmo familiar que torna a prática da autonomia e da independência relativa das pessoas com SD na escolha de seus alimentos, uma realidade. Mostra que, estando a nutricionista no ambiente simbólico das famílias, ela pode contribuir com a re-significação do ato de comer, envolvendo todos os seus integrantes. A sistematização metodológica de educação nutricional deve ser específica às particularidades e necessidades de cada família.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/89803
Date January 2007
CreatorsGiaretta, Andréia Gonçalves
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Ghiorzi, Angela da Rosa
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format1 v| retrs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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