Return to search

Uma crítica à democracia pragmática de Richard Posner a partir de Jacques Rancière

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas. Programa de Pós-Graduação em Direito / Made available in DSpace on 2012-10-26T11:52:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1
301259.pdf: 1489275 bytes, checksum: 7213f002271fa4fe33cb3e1f5c9b8b41 (MD5) / Objetiva-se criticar, por meio da obra de Jacques Rancière, a democracia pragmática de Richard Posner demonstrando como esta proposta exclui a prática da política e, dessa maneira, a própria democracia. O jurista norte-americano Richard Posner, um dos principais nomes da escola da Análise Econômica do Direito, fundamenta sua teoria da democracia pragmática, na democracia de elites de Joseph Schumpeter. A democracia pragmática é representativa e bipartidária, pressupõe o fato da desigualdade (de capacidades) e reduz a política a um mercado eleitoral (disputa pelos votos dos eleitores) com o objetivo de garantir a estabilidade econômica e política. Para criticar esse modelo de Posner, busca-se resgatar, por meio da obra do filósofo franco-argelino Jacques Rancière, a democracia como prática da política. Rancière, de maneira oposta a Posner, funda a política e a democracia na ausência de fundamento: a igualdade. Para Rancière, a política se dá quando a parcela dos sem parcela (aqueles sem título algum, o demos que se atribui a igualdade como título) expõe o dano que sofre: aqueles que não têm direito de serem contados como seres falantes conseguem ser contados e instituem uma comunidade pelo fato de colocarem em comum o litígio. A partir de Rancière, pode-se afirmar que Posner relega à política limites extremamente estreitos de maneira a ter-se uma ordem policial (a ordem social pré-constituída na qual cada parte tem um lugar previamente atribuído) e não política. Conclui-se que a democracia pragmática se identifica com a pós-democracia, esta denunciada por Rancière como o governo que se apoia na necessidade objetiva da economia. / The objective is to criticize, through the work of Jacques Rancière, Richard Posner's pragmatic democracy demonstrating how the proposal excludes the practice of politics and thus, democracy itself. The American jurist Richard Posner, a leading name in the school of Economic Analysis of Law, grounds his pragmatic theory of democracy, democracy of elites of Joseph Schumpeter. The pragmatic democracy is representative and bipartisan, presupposes the fact of inequality (capacity) and reduces politics to an electoral market (competing for the votes of the voters) in order to ensure the economic and political stability. To criticize this Posner's model, seeks to recover, through the work of the French-Algerian philosopher Jacques Rancière, democracy as a practice of politics. Rancière, in a manner opposite to Posner, deep politics and democracy in the absence of foundation: equality. For Rancière, politics is when no part of the parcel (those without a title, the demos that are claimed to be equal as him title) that exposes the damage suffered: those who have no right to be counted as speaking beings can be counted and establishing a community because they put together the case. From Rancière, it can be said that Posner relegates politics very narrow limits so as to have a police order (the pre-established social order in which each party has a place previously assigned), not politics. We conclude that pragmatic democracy is identified with the post-democracy, as Rancière is denounced by the government that rests on objective need of the economy.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/96422
Date January 2012
CreatorsHeinen, Luana Renostro
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Rosa, Alexandre Morais da
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.058 seconds