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Da solidariedade à economia solidária : um estudo sobre os processos socioespaciais ocorridos no conjunto palmeiras (Fortaleza-CE) / From solidarity through Solitarity Economy:a study concerning the sociogeographic process ocurred at the neighborhood of Conjunto Palmeiras (Fortaleza - CE)

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Previous issue date: 2013-03-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present dissertation intended to conduct a a socio-spatial study on Bairro Conjunto Palmeiras, located in city of Fortaleza outskirts, where happens one of the country most famous experiences of Solidarity Economy: the first and largest Brazilian Community Bank, Banco Palmas. The aim of this study was to characterize the social processes that gave rise to such Solidarity Economy experience and identify its social and spatial policies.In this sense, I used the following theoretical categories: territory, civil society, solidarity economy, reciprocity, GIS, identity and the discourse of crime. The methodology was thus qualitative and quantitative involving ethnographic aspects, non-directive interviews and free mapping software. I concluded that social struggles waged in the first decades after the occupation of the neighborhood had a solitary nature - were in favor of worker‟s awareness and class confrontation; were guided in a non-market logic (reciprocity and community work), driven mainly by the Catholic Church. Currently, however, the solidarity of the neighborhood is very focused on Solidarity Economy linked to Banco Palmas - which, from the 2000‟s, became involved with various private apparatus of hegemony and went to seek no more class confrontation, but cooperation between them, through the inclusion of the poor into the capitalist system in a sort of "conflict management". With that, in addition to reify poverty, new solidarity perpetuates (through the collective intellectual who became the Banco Palmas) an alleged "official version" of the opinion, stories and wishes of the neighborhood residents - which, in turn, fragments and fetishizes the very social struggle of the neighborhood. Without seeking other ways of fighting without it being by raising bids,such solidarity could end up depoliticizing past social movements - as it has been happening with the Conjunto Palmeiras Residents Association , with Banco Palmas and some former neighborhood militants. / A presente dissertação teve como pretensão realizar um estudo socioespacial do Bairro Conjunto Palmeiras, localizado na periferia da cidade de Fortaleza-CE, onde acontece uma das experiências de Economia Solidária mais famosas do país: o primeiro e maior Banco Comunitário do Brasil, o Banco Palmas. O objetivo foi caracterizar os processos sociais que deram origem a tal experiência de Economia Solidária, bem como identificar as consequências sociais, espaciais e políticas desta. Neste sentido, utilizei as seguintes categorias teóricas: território, sociedade civil, economia solidária, reciprocidade, SIG, identidade e fala do crime. A metodologia, assim, foi quali-quantitativa, envolvendo aspectos etnográficos e entrevistas não-diretivas, além de mapeamentos em software livre. Conclui que as lutas sociais travadas nas primeiras décadas após a ocupação do bairro tinham um cunho solidário ¿ eram em prol da conscientização e do enfrentamento de classe pelos trabalhadores e pautadas em uma lógica não mercantil (reciprocidade e trabalhos comunitários), levados principalmente pela Igreja Católica; atualmente, no entanto, a solidariedade do bairro está muito centrada na Economia Solidária ligada ao Banco Palmas ¿ que, a partir dos anos 2000, envolveu-se com diversos aparelhos privados da hegemonia, e passou a buscar não mais o enfrentamento de classe, mas a cooperação entre elas, através da inclusão dos pobres no sistema capitalista (em uma espécie de ¿administração de conflitos¿). Com isso, além de reificar a pobreza, a nova solidariedade perpetua uma suposta ¿versão oficial¿ sobre a opinião, histórias e vontades dos moradores do bairro ¿ que, por sua vez, fragmenta e fetichiza a própria luta social do bairro. Sem buscar outras maneiras de fazer a luta sem que seja através da captação de editais de financiamento, tal solidariedade pode acabar despolitizando os movimentos sociais solidários de outrora

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.udesc.br #179.97.105.11:handle/1369
Date16 March 2013
CreatorsVarella, Marcelo Cunha
ContributorsSartori, Ademilde Silveira
PublisherUniversidade do Estado de Santa Catarina, Mestrado Profissional em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Sócio-Ambiental, UDESC, BR, Gestão sócio-ambiental
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UDESC, instname:Universidade do Estado de Santa Catarina, instacron:UDESC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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