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Jornada no plural, gênero no feminino:considerações sobre a relação entre trabalho doméstico e valor / The invisible workday of women: reflections on the relation between domestic work and value

The unpaid domestic work is the object of our analysis, socially identified as the place of women, where the use of time is invisible to the "world of
work". We conducted a literature review with analysis of primary data
(previous research) and secondary data; traversed the theoretical- methodological way from Marx to seek the understanding of what are the ontological and contemporary work activities, revisiting how social reproduction is processed and how domestic work is set. Research results show that women work more than men in almost all societies, particularly in rural regions of so-called "developing countries", as we could observed in the State of Alagoas, and in surveys conducted by the research group Gender and Human Emancipation - CNPq. Throughout the history of private property, the activities of social reproduction were allocated to an ever more private space. In capitalism, this process has its basic core in the domestic space; that in this mode of production is separated from the production of goods. This separation characterizes the basis of the current system of sociosexual division of labor, with a sense of economic, cultural and political characters. There is unpaid domestic work useful to capital, an outsourcing of free time socially necessary to the maintenance of the offspring. Unpaid domestic work also contributes to the replacement of the commodity labor power, which plays a part in the production value of this commodity. It is a social use value that is different than the social value resulting from any form of production, which is naturalized by the patriarchal ideology. Contemporary developing societies, demonstrate current government policies of private regulation of collective demands of reproduction, called compensatory policies, deepen the locus of the house as the female space preferred. There is a “natural feminine workday”, supported ideologically by the feminization of social demands of motherhood, which must be addressed for a better understanding of the role of unpaid domestic work in the logic of capitalist exploitation. / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas / O trabalho doméstico não remunerado é o objeto de nossa análise, identificado socialmente como o lugar do feminino, em que o uso do tempo é invisível ao “mundo do trabalho”. Realizamos pesquisa bibliográfica com a análise de dados primários (pesquisas anteriores) e secundários; percorremos o caminho teórico-metodológico a partir de Marx, para buscar o entendimento do que são as atividades de trabalho ontológico e contemporâneo, como se processa a reprodução social e como se situa o trabalho doméstico. Resultados de pesquisas evidenciam que as mulheres trabalham mais do que os homens em quase todas as sociedades, particularmente em regiões rurais dos chamados “países em desenvolvimento”, a exemplo do que pudemos observar no Estado de Alagoas, em pesquisas realizadas pelo grupo de pesquisa Gênero e Emancipação Humana - CNPq. Ao longo da história da propriedade privada, as atividades de reprodução social foram alocadas a um espaço cada vez mais privado; no capitalismo, esse processo tem seu núcleo básico no espaço doméstico, que, nesse modo de produção, é separado da produção de bens. Esta separação caracteriza a base do atual sistema de divisão sociossexual do trabalho, com sentido de caráter econômico, cultural e político. Há um trabalho doméstico não remunerado útil ao capital, uma terceirização gratuita do tempo socialmente necessário à manutenção da prole e à reposição da mercadoria força de trabalho, que contribui para a produção de parte do valor dessa mercadoria. Trata-se de um valor de uso social que, diferentemente do valor de uso social resultante de toda a forma de produção, é naturalizado pela ideologia patriarcal. Nas sociedades contemporâneas em desenvolvimento, as atuais políticas governamentais de regulação privada das demandas coletivas de reprodução, as chamadas políticas compensatórias, aprofundam o lócus da casa como o espaço feminino preferencial. Há uma “jornada feminina natural”, sustentada ideologicamente pela feminização das demandas sociais da maternidade, que deve ser enfrentada para a maior compreensão do papel do trabalho doméstico não remunerado na lógica da exploração capitalista.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufal.br:riufal/1442
Date02 May 2013
CreatorsSilva, Geice Queila de Lima
ContributorsMagalhães, Belmira Rita da Costa, http://lattes.cnpq.br/1964810411309274, Lima, João Vicente Ribeiro Barroso da Costa, http://lattes.cnpq.br/5278455249783896, Bem, Arim Soares do, http://lattes.cnpq.br/2412104394050513
PublisherUniversidade Federal de Alagoas, Brasil, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, UFAL
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFAL, instname:Universidade Federal de Alagoas, instacron:UFAL
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relationbitstream:http://www.repositorio.ufal.br:8080/bitstream/riufal/1442/2/license.txt, bitstream:http://www.repositorio.ufal.br:8080/bitstream/riufal/1442/1/Jornada+no+plural%2C+g%C3%AAnero+no+feminino+considera%C3%A7%C3%B5es+sobre+a+rela%C3%A7%C3%A3o+entre+trabalho.pdf

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