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Efeitos da naringenina em modelos animais de convulsão e depressão: aspectos comportamentais, envolvimento do adrenorreceptor alfa-1 e estresse oxidativo / Effects of naringenin on convulsion and depression models: behavioral, alpha-1 adrenoreceptor involvement and oxidative stress

PRADO, S.M.C. Efeitos da naringenina em modelos animais de convulsão e depressão: aspectos comportamentais, envolvimento do adrenorreceptor alfa-1 e estresse oxidativo. 2016. 123f. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) - Campus de Sobral, Universidade Federal do Ceará, Sobral. 2016. / Submitted by Mestrado Biotecnologia (biotecnologiasobral@gmail.com) on 2017-01-24T12:22:52Z
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Previous issue date: 2016-07-14 / Epilepsy has a high prevalence and severity in the world. Beyond the severity of the epileptic
disorder per se, this disorder is usually accompanied by psychiatric comorbidities, and
depression is the most prevalent. Thus, the treatment of epilepsy should not be restricted only
to seizures, but should also include the treatment of depression, since both conditions directly
affect the quality of life of patients. Accordingly, the effects of naringenin in classical models
of anxiety, depression and seizure were studied. In this work, we investigated the involvement
of the α1-adrenoceptor in the effects of naringenin in the models aforementioned, as well as
the effects of naringenin treatment on oxidative stress by means of lipid peroxidation and
concentration of nitrite/nitrate in brain areas. Naringenin was administered in mice, in acute
and chronic (15 days) forms, at doses of 10, 20 and 50 mg / kg (p.o.) to perform the open field
test, elevated plus maze (EPM), tail suspension and pilocarpine-induced seizure. Results
showed that the acute and chronic treatments with naringenin did not affect the number of
crossings, rearing and grooming of the animals. They also did not show anxiolytic effect on
the EPM test but showed anti-immobility effect in the tail suspension test at all doses of the
acute treatment, and in doses of 10 and 20 mg / kg in the chronic treatment. In the test of
seizure induced by pilocarpine, acute treatment with three doses of naringenin did not affect
the latency of seizure onset nor death of animals, however chronic treatment with naringenin
at doses of 20 and 50 mg / kg reduced the seizure latency, reducing also, death latency in the
treatment at the highest dose (50 mg / kg). Research on engagement of the α1-adrenoceptor
showed that this receptor seems to mediate the antidepressant effects of acute and chronic
treatments with naringenin at a dose of 20 mg / kg. Likewise, it appears to be responsible for
the reduction of the seizure onset latency observed in acute and chronic naringenin treatments
in doses of 20 and 50 mg / kg, also reducing latency of death observed in chronic treatment at
the highest dose. The evaluation of oxidative stress showed that acute treatment with three
doses of naringenin had no effect on this parameter. However, chronic treatment with
naringenin at a dose of 10 mg / kg reversed the increased levels of lipid peroxidation, without
interfering with the concentration of nitrite/nitrate in brain areas. Chronic treatment at a dose
of 20 mg / kg did not interfere with peroxidation lipid concentration nor nitrite/nitrate and
chronic treatment in the highest dose (50 mg / kg) increased the levels of lipid peroxidation in
the hippocampus, without interfering with other brain areas and in the concentration of
nitrite/nitrate. In conclusion, this study suggests that the dose of 10 mg / kg proved to be the
safest in relation to the treatment of comorbid depression in epilepsy, and that the effects of
naringenin on the antidepressant activity and on the latency of seizure and death appears to be
mediated by α1-adrenoceptor. / A epilepsia apresenta alta prevalência e severidade no mundo. Além da gravidade do
transtorno epiléptico per se, esse distúrbio está normalmente acompanhado de comorbidades
psiquiátricas, sendo a depressão a mais prevalente. Assim, o tratamento da epilepsia não deve
se restringir apenas às crises convulsivas, mas deve incluir também o tratamento da depressão,
uma vez que ambas as condições interferem diretamente na qualidade de vida dos pacientes.
Nesse sentido, foram estudados os efeitos da naringenina em modelos clássicos para
ansiedade, depressão e convulsão. Foi investigado o envolvimento do adrenorreceptor α1 nos
efeitos da naringenina nos modelos supracitados e os efeitos do tratamento com a naringenina
sobre o estresse oxidativo por meio do índice de peroxidação lipídica e concentração de
nitrito/nitrato nas áreas cerebrais. A naringenina foi administrada em camundongos, de forma
aguda e crônica (15 dias), nas doses de 10, 20 e 50 mg/Kg (v.o.) para realização dos testes do
campo aberto, labirinto em cruz elevado (LCE), suspensão da cauda e convulsão induzida por
pilocarpina. Os resultados mostraram que os tratamentos agudo e crônico com naringenina
não interferiram na atividade locomotora espontânea, rearing e grooming dos animais, não
apresentaram efeito ansiolítico no teste de LCE, mas mostraram efeito anti-imobilidade no
teste da suspensão da cauda em todas as doses no tratamento agudo, e nas doses de 10 e 20
mg/kg no tratamento crônico. No teste da convulsão induzida por pilocarpina, o tratamento
agudo com as três doses de naringenina não interferiu na latência de convulsão e morte dos
animais, enquanto tratamento crônico com naringenina nas doses de 20 e 50 mg/kg reduziu a
latência de convulsão, com redução da latência de morte no tratamento com a maior dose (50
mg/kg). A investigação do envolvimento do adrenorreceptor α1 mostrou que esse receptor
parece mediar os efeitos antidepressivos do tratamento agudo e crônico com naringenina na
dose de 20 mg/kg, assim como parece ser responsável pela redução da latência de convulsão
observada nos tratamentos agudo e crônico com naringenina nas doses de 20 e 50 mg/kg e
pela redução da latência de morte observada no tratamento crônico com a maior dose. A
avaliação do estresse oxidativo mostrou que o tratamento agudo com as três doses de
naringenina não interferiu nesse parâmetro. Entretanto, o tratamento crônico com naringenina
na dose de 10 mg/kg reverteu o aumento dos níveis de peroxidação lipídica, sem interferir na
concentração de nitrito/nitrato nas áreas cerebrais, o tratamento crônico com a dose de 20
mg/kg não interferiu na peroxidação lipídica e na concentração nitrito/nitrato, e o tratamento
crônico com a maior dose (50 mg/kg) aumentou os níveis de peroxidação lipídica no
hipocampo, sem interferir nas outras áreas cerebrais, bem como na concentração de
nitrito/nitrato. Em conclusão, o estudo sugere que a dose de 10 mg/kg se mostrou a mais
segura em relação ao tratamento da depressão comórbida da epilepsia, e que os efeitos da
naringenina sobre a atividade antidepressiva e sobre a latência de convulsão e morte parecem
ser mediados pelo adrenorreceptor α1.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/21764
Date14 July 2016
CreatorsPrado, Suelli
ContributorsMelo, Carla, Aguiar, Lissiana
PublisherUniversidade Federal do Ceará
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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