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Humanização e política de saúde: um estudo sobre os usos e sentido das propostas de humanização nas políticas de atenção à saúde da mulher

A humanização tem sido um termo frequentemente utilizado em relação às práticas de saúde no SUS, tornado-se uma bandeira de luta levantada sempre que se pensa em políticas de saúde. A polissemia do termo chama a atenção para a possibilidade de sua utilização em diferentes contextos, direcionados a diferentes
auditórios. Esse trabalho tem pode objetivo analisar os usos e sentidos da noção de humanização nas propostas de ações voltadas à saúde da mulher. A história das práticas e saberes construídos em torno da saúde da mulher, com ênfase no movimento feminista, no planejamento familiar e na constituição do Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher foi resgatada no sentido contextualizar a
discussão proposta. Diversas propostas de ações de saúde foram analisadas, assim como os projetos selecionados pelo Prêmio David Capistrano da Política Nacional de Humanização, visando a identificação de núcleos de sentidos no discurso oficial sobre humanização, e a forma como esse discurso está sendo percebido pelos profissionais. Foram identificados e discutidos quatro núcleos de sentidos: humanização enquanto atributo das relações interpessoais; humanização e redução da mortalidade materna; humanização e otimização de recursos; e humanização e processos de organização de trabalho. Concluímos que a manutenção do processo de formulação e implantação de ações de forma verticalizada, fragmentada, sem
que as modificação propostas sejam pactuadas com os profissionais que deveriam implantá-las e os usuários que deveriam se beneficiar delas, acaba por promover a perpetuação do modelo assistencial vigente. / The term humanization is frequently employed to refer to health practices within the Brazilian Unified Health System (SUS), and this idea is defended whenever one thinks about public health policies. This polysemous word emphasizes the possibility of its being employed in different contexts, addressed to different publics. This work aims to analyze uses and senses of the notion of humanization in actions proposals concerned with womens health. The history of practices and knowledge on womens health, focusing on the feminist movement, on family planning and on the constitution of the Womens Integral Healthcare Program, has been recovered so as to contextualize this discussion. Several health actions proposals have been analyzed,
as well as the projects selectes by the David Capistrano Prize for National Humanizations Politics to identify central meanings in the official discourse on humanization, and how such discourses is being apprehended by health workers. Four nucleus of senses have been identified and discussed: humanizations as attribute of inter personal relations; humanization and reduction of maternal mortality; humanizations and resources optimization; and humanization and labor organization processes. We came to the conclusion that the processes of formulation and implantation of actions in a vertical and fragmented way, without making a pact with the professionals supposed to implemented changes, nor with the users who would benefit from them, ands up in perpetuating the present healthcare model.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:5132
Date04 May 2005
CreatorsEliane Carnot de Almeida
ContributorsRuben Araújo de Mattos, Kenneth Rochel de Camargo Junior, Jane Dutra Sayd, Ana Luiza d'Ávila Viana, Regina Duarte Benevides de Barros
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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