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Veredito: escola, inclusão, justiça restaurativa e experiência de si

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Previous issue date: 2009 / This thesis starts from a genealogical inspiration to examine in which ways the inclusion device has been operating through the discourse of Restorative Justice at school, where the security mechanisms are exactly a possibility condition to this joining between education and justice through the technology of the Restorative Circle, which seeks for the individuals oneself experiences transformations in the condition of an offender. This research focus on these discursive practices in Porto Alegre’s schools, using interviews, questionnaires and documental analysis, trying to understand how we are constituting ourselves in different contexts of power, knowledge and modes of subjectivity, being this last one the main effect of this scholar-justice’s machinery. In this sense, the Restorative Circle is placed as a process of truth and government, using the exercise of sovereign, disciplinary and control power, through the use of oneself technologies such as public exposure, confession, accountableness and agreement, crossed by a state reasoning, in which the individual and his attitudes should coincide with administrative security standards. Hence, the offender student from nowadays is considered as a potential risk in the future and, in this relationship, are produced moral and scientific verdicts, in which the individuals in a position of students are placed to experience themselves, in a particular moral and christian domain, of a metaphysics justice, of science in manuals, methodologies and reports, questioning themselves through values such as guilt, shame, heal, accountableness, humility, offenses, justice.Hereby, we have the control of the individuals and the populations in a contemporary biopolitics, in which the control becomes widespread, ensuring this specially by means of self-narratives contexts, in which the individual constitute himself by own codes of the effective regime of truth. A juridical act of conscience, added to a whole written and documental technology, in which the court is assumed as a way of existence, in which individual shall be constantly providing accounts of themselves, judging themselves, expressing them truth, assuming obligations, occupying the moral place of the offender, of the accounted, of the restored, assuming this identity and being cloistered within it, resulting as an ultimate final the self-government. / Esta tese parte de uma inspiração genealógica para analisar de que modos o dispositivo da inclusão vem funcionando por meio do discurso da Justiça Restaurativa na escola, sendo justamente os mecanismos de segurança uma condição de possibilidade para essa filiação entre educação e justiça através da tecnologia do Círculo Restaurativo em que se busca a transformação das experiências de si mesmo dos indivíduos colocados na posição de ofensor. Esta pesquisa debruça-se sobre essas práticas discursivas nas escolas de Porto Alegre, a partir de entrevistas, questionários e análise documental, buscando entender como estamos nos constituindo em diferentes relações de poder, saber e modos de subjetivação, sendo este último o efeito principal dessa maquinaria jurídico-escolar. Nesse sentido, o Círculo Restaurativo coloca-se como um procedimento de verdade e governo, empregando o exercício do poder soberano, disciplinar e de controle, por meio de tecnologias de si tais como a exposição pública, a confissão, a responsabilização e o acordo, atravessados por uma razão de estado, em que o sujeito e suas condutas deverão coincidir com padrões administrativos de segurança.Assim, o aluno ofensor de hoje é tomado como risco em potencial no futuro e nessa relação são produzidos vereditos morais e científicos, em que os indivíduos em posição de alunos são colocados a experimentar a si mesmo, em um determinado domínio moral, cristão, de uma justiça metafísica, da ciência com seus manuais, metodologias e relatórios, se problematizando a si mesmo por meio de valores como culpa, vergonha, cura, responsabilização, humildade, ofencionalidade, justiça. Temos aí o controle dos indivíduos e das populações em uma biopolítica contemporânea, em que o controle torna-se generalizado, garantindo isso principalmente pelos espaços de auto-narração, em que o indivíduo se faz nos próprios códigos do regime de verdade vigente. Um ato jurídico da consciência, somado a toda uma tecnologia de escrita e documentação, em que o tribunal é assumido como modo de existência, em que o indivíduo deverá estar constantemente prestando contas de si, julgando-se, expressando sua verdade, assumindo obrigações, ocupando o assento moral do ofensor, do responsabilizado, do restaurado, assumindo essa identidade e sendo enclausurado dentro dela, tendo como fim último o auto-governo.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/2689
Date January 2009
CreatorsSchuler, Betina
ContributorsPereira, Marcos Villela
PublisherPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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