[pt] Esta dissertação propõe uma perspectiva alternativa acerca da
modernidade e da política moderna. Para tanto, divide-se em cinco grandes partes:
além da introdução e da conclusão, há três capítulos centrais dedicados a textos de
cinco pensadores considerados clássicos. O primeiro dos capítulos centrais se
lança à problematização do sujeito moderno, através de alguns textos de
Montaigne e Descartes. O capítulo seguinte parte das fronteiras do sujeito para as
fronteiras do Estado moderno: com Maquiavel e Hobbes, a discussão se volta à
produção do Estado nas articulações espaço-temporais. Em seguida, o capitulo
dedicado a Kant defende que sujeito, Estado e sistema são epicentros da
modernidade e que nele as aporias entre Montaigne e Descartes e entre Maquiavel
e Hobbes estão expressas com ainda maior complexidade. Operando nos limites,
origens e fins, desses epicentros, a interpretação aqui proposta das três críticas e
dos escritos políticos de Kant busca interpretá-lo como a máxima expressão das
insolúveis contradições da modernidade na relação entre o universal e o particular.
A perspectiva deste texto opera na íntima imbricação entre sujeito, Estado e
sistema internacional modernos. Somente dessa forma é que se pode consolidar
sua reivindicação central, que poderia ser formulada da seguinte maneira: a
política é a produção de limites, fronteiras e subjetividades na interação com a
alteridade. Ao final do texto, pretende-se que muitas aberturas tenham sido feitas,
consciente e inconscientemente, não se perdendo de vista, no entanto, que muitos
fechamentos terão sido promovidos, consciente e inconscientemente. / [en] This dissertation proposes an alternative perspective on modernity and
modern politics. To that task, it is divided in five major parts: in addition to the
introduction and the conclusion, there are three central chapters devoted to texts
from five thinkers considered classics. The first of these chapters problematizes
the modern subject through some of Montaigne’s and Descartes’ texts. The next
one goes from the boundaries of the modern subject to the boundaries of the
modern State: with Machiavelli and Hobbes, it is discussed the production of the
State in spatio-temporal articulations. Then, the chapter dedicated to Kant claims
that subject, State and system are epicenters of modernity and that in Kant are
expressed, in even more complexity, both the aporias between Montaigne and
Descartes and between Machiavelli and Hobbes. Working in the limits, origins
and ends, of these epicenters, the interpretation proposed of the Kant’s three
critiques and of his political writings aims at interpreting him as the highest
expression of modernity’s insoluble contradictions in the relation between the
universal and the particular. This text’s perspective works in the intimate
imbrications among modern subject, modern State and modern international
system. Only this way can consolidate its central claim that could be formulated
as follows: politics is the production of limits, boundaries and subjectivities in the
interaction with otherness. At the end, the text intends to provide with many
conscious and unconscious openings, without losing sight that many closures will
also be promoted, consciously and unconsciously
| Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:17913 |
| Date | 05 August 2011 |
| Creators | VICTOR COUTINHO LAGE |
| Contributors | JOAO FRANKLIN ABELARDO PONTES NOGUEIRA |
| Publisher | MAXWELL |
| Source Sets | PUC Rio |
| Language | Portuguese |
| Detected Language | English |
| Type | TEXTO |
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