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Uma antena parabólica enfiada na lama: ensaio de diálogo complexo com o imaginário do ManguebitLIRA, Paula de Vasconcelos 03 1900 (has links)
Submitted by Caroline Falcao (caroline.rfalcao@ufpe.br) on 2016-05-25T17:36:26Z
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Previous issue date: 2000-03 / Uma antena parabólica enfiada na lama é imagem que suscita 6 expressa o processo de criação do mangueBit, fenômeno artístico surgido em Recife, no início da década de noventa. Essa imagem reproduz significados universais, inaugurando especificidades de um grupo de amigos, que encontra na transformação da cidade do Recife estratégia para enfrentar a angústia diante da morte.
A Manguetown, Recife, enquanto cidade-feminina do mangue, é o cenário dessa história. Seus personagens são esses amigos que se divertem criando. Percebem a cidade aterrada por invasões equivocadas, decorrentes da expansão urbana, ao mesmo tempo em que consideram a diversidade, fertilidade e riqueza como frutos possíveis da vivência do caos-lama, precursor de sua criatividade. Intencionam a transformação da cidade quando a reconhecem inerente à natureza de seu ecossistema manguezal. Assim, na história que encenam, a Manguetown ressurge eterna,
porque também imaginária, como a cidade dos alquimistas.
A pesquisa sobre ato de criação do mangueBit focalizou os mitos de origem do grupo, elucidado através das recorrências temáticas encontradas em campo. Reflexões, músicas, shows, entrevistas com os personagens, expressões metafóricas, documentos produzidos pela mídia, outros apenas disponíveis em sites na Internet, demos {fita ou CD para demonstração do trabalho de uma banda), dentre outras, são fontes de onde jorram os recomeços característicos da narrativa mítica.
Ancorada no imaginário do grupo e na pesquisa de campo, esbocei etnografia do mangueBit, que desemboca na Cena Pop Recifense. Nesse caminho participei de diálogos presenciando questões relativas aos pares particularuniversal, natureza-cultura, considerados relevantes pelo pensamento da complexidade. Produto e produtor destas interações, sintetizo a compreensão das festas do mangueBit através da amplitude das imagens que transparecem o círculo enquanto arquétipo universal.
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Manguebit: uma discursividade literomusical guerrilheira / Manguebit: une guÃrilla discours literomusicalFrancisco Talvanes Sales Rocha 27 September 2006 (has links)
Ce travail aborde les relations interdiscursives qui, à notre avis, ont Ãtà constitutives dans l‟Ãmergence de la discursività manguebitiÃnne : celles que ce sont donnÃes avec les gestes archiÃnonciatives de Josuà de Castro de âHommes et Crabes‟, avec les archiÃnonciations littÃromusicales de Jorge Ben (en particulier la pÃriode entre 1964 et 1974), et, par la controverse, avec l‟armorialisme. Comme rÃfÃrence thÃorique, nous adaptons la proposition de l‟Analyse du Discours (AD) de Dominique Maingueneau, dÃment adaptÃe au domaine d‟etudes des processus discursifs littÃromusicaux par Nelson Costa, ajoutÃe de quelques principes philosophiques de la ThÃorie Critique, dÃveloppÃs par l‟Ãcole de Frankfurt. Dans notre analyse, nous nous servons des concepts de positionnement, champ discursif, pratique discursive, communautà de discours, dialogisme, polyphonie, investissement gÃnÃrique, cÃnographie, ethos, code du langage ; notions de modernitÃ, capitalisme, industrie culturelle, classe sociale, guÃrilla culturelle, contre culture, etc. , sans trop les bureaucratiser, ni à nous mÃmes, sachant Ãtre fidÃle et infidÃle (mais sans frivolitÃs) quand l‟a exigà le mouvement analytique. Les hypothÃses envisagÃes sur la constitution de l‟identità intradiscursive du Mouvement Manguebit ont trouvà soutien dans les analyses, ce que renforce le potentiel heuristique de l‟AD, surtout par son ouverture à l‟incessante reconstitution, tant en dialogue avec les autres sciences sociales, qu‟avec la rÃflexion philosophique. / Este trabalho aborda as relaÃÃes interdiscursivas que, a nosso ver, foram constitutivas na emergÃncia da discursividade manguebitiana: as que se deram com os gestos arquienunciativos de Josuà de Castro de âHomens e Caranguejosâ, com as arquienunciaÃÃes literomusicais de Jorge Ben (com destaque para o perÃodo entre 1964 e 1974), e, por meio polÃmico, com o armorialismo. Como referencial teÃrico, adotamos a proposta de AD de Dominique Maingueneau, devidamente adaptada ao campo de estudo dos processos discursivos literomusicais por Nelson Costa, mais alguns princÃpios filosÃficos da Teoria CrÃtica, desenvolvido pela Escola de Frankfurt. Em nossa anÃlise, utilizamo-nos dos conceitos de posicionamento, campo discursivo, prÃtica discursiva, comunidade discursiva, dialogismo, polifonia, investimento genÃrico, cenografia, ethos, cÃdigo de linguagem; noÃÃes de modernidade, capitalismo, indÃstria cultural, classe, guerrilha cultural, contracultura, etc., sem burocratizÃ-los em demasia, nem a nÃs mesmos, sabendo ser fiel e infiel (mas sem leviandades) quando o movimento analÃtico o exigiu. As hipÃteses levantadas acerca da constituiÃÃo da identidade intradiscursiva do Movimento Manguebit encontraram respaldo nas anÃlises, algo que sà reforÃa o potencial heurÃstico da AD, principalmente pela sua abertura à reconstituiÃÃo incessante, tanto em diÃlogo com outras ciÃncias sociais, quanto com a reflexÃo filosÃfica.
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As ondas musicais do Pós - ManguebitMAIA JÚNIOR, Ricardo César Campos 26 February 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2017-06-22T14:29:24Z
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Previous issue date: 2016-02-26 / tese aborda o debate sobre algumas das ondas musicais que surgiram após o Manguebit – manifestação cultural que marcou a cultura local nos
anos 1990 e que teve importantes representantes da música pernambucana reconhecidos nacionalmente e no mundo afora, como: Chico Science, Nação
Zumbi, Mundo Livre S/A, Mestre Ambrósio, Otto etc. Tendo como foco as análises a partir dos estudos culturais, comunicacionais, sociológicos e
antropológicos sobre Cena, Movimento e Carreiras Musicais, principalmente. Escolhemos algumas das manifestações musicais que mais destacaram-se
dentre os agrupamentos musicais do Pós-Manguebit: Recife Lo-fi, TsuMangue e Cena Beto. Como forma de encontrar alguns pontos-chave no
ambiente musical do Grande Recife do século XXI. As formas de agrupamentos em meio à música despertam o interesse da pesquisa em
entender como ocorrem essas dinâmicas de encontros e desencontros, consensos e dissensos, afinidades sociais e violências simbólicas, só para
citar algumas maneiras de partilha do sensível musical. E o conceito de onda musical ajuda-nos a entender melhor como os agentes contemporâneos
atuam de forma fragmentada, efêmera, líquida e fluída nos grupos que têm a música enquanto sentido aglutinador das manifestações culturais. As
movimentações da música alternativa contemporânea da Região Metropolitana da capital pernambucana, tendo como estudo de caso as
ondas do Pós-Manguebit pretendem abordar uma parcela da complexa dinâmica cultural recifense mais recente. / The thesis discusses the debate on the musical wave that emerged after the
Manguebit - cultural event that marked the local culture in the 1990s and had important representatives of Pernambuco music recognized nationally and
worldwide, as Chico Science, Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, Mestre Ambrósio, Otto etc. Focusing on analysis from cultural studies,
communication, sociological and anthropological on scene, movement and music careers, mostly. We chose some of the musical manifestations that
most stood out among the musical groups of the Post-Manguebit: Recife Lo-fi, TsuMangue and Cena Beto. In order to find some key points in the musical
environment of Recife of the twenty-first century. The grouping forms amid music arouse the interest of research to understand how these dynamics of
meetings and disagreements, consensus and dissent, social affinities and symbolic violence, just to name a few ways of sharing sensitive musical. And
the concept of musical wave helps us to better understand how the contemporary agents act in a fragmented, ephemeral, liquid and fluid way in
groups that have music as a unifying sense of cultural manifestations. The drives by the contemporary alternative music in the Metropolitan Region of
Recife, having as a case study of the waves of Post-Manguebit intend to approach a portion of the complex latest Recife cultural dynamics.
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[en] MANGUE: BIT, SCENE AND AUTORSHIP / [pt] MANGUE: BIT, CENA E AUTORIALUCAS DE FREITAS 07 December 2016 (has links)
[pt] O Manguebit, cena Mangue ou, como é mais comumente conhecido,
Manguebeat, movimentação cultural que eclodiu em Recife no início dos anos de
1990, foi abordado por duas dimensões dos impactos que os usos dos aparatos
tecnológicos tiveram em relação à autoria. Primeiro, refletiu-se sobre os diferentes
horizontes de expectativas mais ou menos rascunhados pelas próprias mídias (LP,
K7, CD etc.), nos diversos momentos em que os articuladores do Manguebit as
utilizaram em experimentos musicais. Dos K7, o amadorismo e descentramento
da figura unitária do autor, às práticas da indústria fonográfica quando contrata
alguns mangueboys, o profissional e o filtro imposto pelas estratégias de
marketing – negociações do choque de distintos modus operandi. Depois, a
construção da cena Mangue foi abordada a partir das estratégias coletivas e o uso
de equipamentos e espaços precários enquanto condições de existência, as saídas
encontradas pelos mangueboys para a formação de uma cena cultural num
momento de extrema hostilidade ao contemporâneo e de forte tensionamento
socioeconômico – criação de circuitos alternativos a partir de festas, bares,
festivais e coletâneas, o investimento em amplas parcerias e autopromoção. / [en] Manguebit, Mangue scene or, as is more commonly known, Manguebeat – a
cultural movement which pop up in Recife in early 1990 – was addressed using
two different dimensions of the impacts brought by the use of technological
devices on the matter of authorship. First, this study reflects on the different
horizons of expectations more or less framed by the media themselves (LP, K7,
CD etc.), in the distinct moments in which the organizers of Manguebit utilized
them in their musical experiments. From K7 – the amateurism and decentration of
unitary figure of the author – to the practices of the music industry when hires
some mangueboys, and the professional posture and filters imposed by marketing
strategies – including negotiations after shock of different modus operandi. Then
development of the Mangue scene was discussed from collective strategies and
the use of precarious equipment and spaces as existence conditions, the way outs
created by mangueboys to the formation of a cultural scene at a time of extreme
hostility to the contemporary and strong socioeconomic tension – creation of
alternative circuits with parties, bars, festivals and compilations, extensive
investment in partnerships and self-promotion.
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