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ModernizaÃÃo do Atraso: A Hegemonia Burguesa do CIC e a AlianÃas Eleitorais da "Era Tasso"Maria Cristina de Queiroz Nobre 25 February 2008 (has links)
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A âEra Tassoâ caracteriza um momento Ãmpar da histÃria polÃtica do Cearà e sua compreensÃo como fenÃmeno social abre tambÃm as possibilidades para se pensar o Brasil contemporÃneo. Este estudo busca captar a particularidade da polÃtica neste Estado federativo nas Ãltimas dÃcadas, considerando a âEra Tassoâ como um novo ciclo de hegemonia burguesa: particularidade histÃrica da polÃtica cearense inserida em um processo de carÃter nacional, antecipando a hegemonia neoliberal no Brasil. A partir de Gramsci toma-se este ciclo de hegemonia burguesa enquanto âcritÃrio metodolÃgicoâ para desvelar a realidade cearense das Ãltimas dÃcadas: um perÃodo experimental de modernizaÃÃo econÃmica e polÃtica de carÃter conservador que encarna uma Ãpoca histÃrica, a da convergÃncia contraditÃria do processo democrÃtico brasileiro dos anos 1980 com a inserÃÃo do paÃs na mundializaÃÃo do capital nas dÃcadas seguintes. A partir do resgate da teoria gramsciana da Hegemonia com as categorias de âhegemoniaâ, ârevoluÃÃo passivaâ, âtransformismoâ e âEstadoâ desenvolve-se uma reflexÃo sobre a polÃtica, privilegiando, de modo exclusivo, seus momentos de processos eleitorais, o que permite configurar a âEra Tassoâ como um ciclo de hegemonia polÃtico-cultural e econÃmica com extraordinÃria forÃa eleitoral. As alianÃas eleitorais, estabelecidas pela elite empresarial do CIC que suporta a âEra Tassoâ, sÃo, assim, o fio condutor desse estudo. AtravÃs de pesquisa documental e de jornais, apresentam-se as vÃrias campanhas eleitorais de todo o ciclo de hegemonia (1986, 1990, 1994 e 1998), captando a dinÃmica de constituiÃÃo das alianÃas, o perfil e o comportamento polÃtico-partidÃrio dos deputados aliados eleitorais da elite empresarial, bem como a forÃa resistente dos clÃs familiares na polÃtica cearense. Resta evidente o esforÃo da nova elite em se constituir como alternativa polÃtica tanto aos setores mais atrasados da polÃtica, como aos partidos e movimentos sociais de esquerda que lhes fizeram oposiÃÃo, consolidando sua forÃa no apoio, cada vez mais, dos setores oligÃrquicos com forte poder na tradiÃÃo polÃtica local. Para tanto, estabelece-se ainda um debate com autores clÃssicos, como Faoro (2001) e Leal (1997), e, ao mesmo tempo, com estudiosos contemporÃneos que tÃm analisado esse aspecto geral da realidade polÃtica brasileira. A âEra Tassoâ, enfim, aparece como um novo ciclo de hegemonia que se constituiu a partir de uma âtransiÃÃo pelo altoâ, renovando a polÃtica cearense, ao mesmo tempo em que restabeleceu diversos elementos da polÃtica tradicional: um novo ciclo hegemÃnico que possibilitou uma recomposiÃÃo de forÃas das classes dominantes em um momento de grande mobilizaÃÃo social. / The âTasso Eraâ shapes up a unique moment within the political history of the State of Ceara, and oneâs understanding of this social phenomenon will also help with an analysis of Brazil today. This work aims at grasping a particular political aspect in this federative state, encompassing late decades, and taking into account the âTasso Eraâ as a new cycle of bourgeois hegemony: a historical detailed aspect of politics in the state that anticipates the neoliberal hegemony in Brazil. Leaning on Gramsci, the author approaches that bourgeois hegemonic cycle, considering its âmethodological criterionâ, to uncover the actual situation in the state as seen in late decades: an experimental period of economic and political modernization, supported by politics of a conservative nature, that gives bodily form to a historical epoch, namely, a conflicting convergence within Brazilian democratic process in the 80âs leading to the countryâs insertion in the world of capital dominance seen in the following decades. Starting from a redefining of Gramsciâs theory of Hegemony and his categories of âhegemonyâ, âpassive revolutionâ, âtransformismâ and âStateâ, the author develops a reflection about politics highlighting, not in an exclusive way, its instances of political processes, which allows one to configure the âTasso Eraâ as a political, cultural and economic hegemonic cycle of major electoral force. Electoral alliances that were established by CICâs entrepreneurial elite and give support to the âTasso Eraâ are, therefore, the leading thread for this work. By means of research of documents and newspapers, the several electoral campaigns of the hegemonic cycle (1986, 1990, 1994 and 1998) are presented by the author, and the inner workings of alliances, the political-party behavior of representatives associated with the entrepreneurial elite and the resisting force of state political family groups were captured. It remains evident that the new elite is trying hard to present itself as a political option not only to backward sectors of the political spectrum but also to left-wing parties and social movements that once opposed it, thus consolidating its strength on growing supporting from oligarchic sectors that derive their power from local political tradition. The author analyses classical works, such as Faoro and Leal, as well as contemporary studies that have approached this general aspect of the political Brazilian reality. Therefore, the âTasso Eraâ presents itself as a new hegemonic cycle that shaped itself from a âchange from aboveâ and renewed the political process in the state of Ceara and at the same time reestablished several elements of traditional politics: a new hegemonic cycle that promoted a reshape of forces within the dominant classes at a time of huge social mobilization.
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[en] PRISON OR MASS GRAVE: (NECRO)POLITICS OF DRUGS AND BESIEGED TERRITORIES IN POST-DICTATORSHIP RIO DE JANEIRO / [pt] PRISÃO OU VALA: (NECRO)POLÍTICA DE DROGAS E TERRITÓRIOS SITIADOS NO RIO DE JANEIRO PÓS-DITADURAMATHEUS GUIMARAES DE BARROS 27 April 2023 (has links)
[pt] A presente dissertação busca contribuir para desvelar a racionalidade colonialista da guerra às drogas que tem orientado a política de segurança pública do estado do Rio de Janeiro desde o fim do regime militar. Trata-se de uma pesquisa
com natureza teórica que mobiliza diferentes fontes: bibliográficas, estatísticas, legislativas e, ocasionalmente, jornalísticas. Sua base epistemológica é o conceito de necropolítica, entendido como centro gravitacional de uma reflexão mais ampla desenvolvida por Achille Mbembe sobre o mundo contemporâneo. Considerando o recorte temporal que vai de 1988 a 2018, demonstra-se que a guerra às drogas fluminense faz parte de uma engrenagem racista que, respaldada pela branquitude
e impulsionada pela violência estatal própria do neoliberalismo, perpetua sofisticadamente o processo secular de extermínio da população pobre e negra, moradora de favelas e periferias. Essa guerra move e legitima, nos territórios urbanos pauperizados, uma gestão governamental pelo terror, praticada mediante o rompimento de limites ao exercício do poder de matar, direta ou indiretamente, os corpos julgados descartáveis e hostis, inimigos do projeto civilizatório brasileiro, agora encampados na imagem racializada do traficante. A prisão e a vala são tomadas,
aqui, como duas expressões fundamentais dessa dinâmica genocida. Este trabalho
ainda ressalta a importância de um outro modo de lidar com a questão das drogas,
distinto do proibicionismo de guerra, sem deixar de lado a necessidade de uma crítica radical da própria lógica bélico-colonial que o sustenta, o que exige colocar na ordem do dia o questionamento tanto da hegemonia neoliberal quanto da conservação histórica de privilégios brancos no Brasil. / [en] This dissertation is aimed at unveiling the colonialist rationality of the war
on drugs that has informed public security policy in the state of Rio de Janeiro
since the end of the military regime. It is a theoretical study based on bibliographic,
statistical, legislative, and, occasionally, journalistic sources. Its epistemological
foundation is the concept of necropolitics, which Achille Mbembe developed as the
gravitational center of a more comprehensive reflection on the modern world. Considering the period between 1988 and 2018, we demonstrate that the war on drugs
in Rio de Janeiro is part of a racist mechanism that, backed by whiteness and propelled by the state violence typical of neoliberalism, sophisticatedly perpetuates the
secular process of extermination of the poor and black people who live in the favelas and outskirts. This war moves and legitimizes, in impoverished urban areas, a
governmental management through terror by exceeding the limits of power in order
to kill, directly or indirectly, bodies deemed disposable and hostile, enemies of
the Brazilian civilizing project, now embodied in the racially constructed image of
the drug dealer. Prison and mass grave are seen as two basic manifestations of
this genocidal dynamic in this context. This study further points to the importance
of another way to deal with the drug issue, one that is different from war prohibitionism, without leaving aside the necessity of a radical critique of the war-like
rationale that sustains it, which demands questioning both the neoliberal hegemony
and the historical preservation of white privilege in Brazil.
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Modernização do atraso: a hegemonia burguesa do CIC e as alianças eleitorais da "Era Tasso"NOBRE, Maria Cristina de Queiroz January 2008 (has links)
NOBRE, Maria Cristina de Queiroz. Modernização do atraso: a hegemonia burguesa do CIC e a alianças eleitorais da "Era Tasso" . 2008. 324 f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Ciências Sociais, Programa de Pós- Graduação em Sociologia, Fortaleza-CE, 2008. / Submitted by Liliane oliveira (morena.liliane@hotmail.com) on 2012-01-10T12:18:26Z
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Previous issue date: 2008 / The “Tasso Era” shapes up a unique moment within the political history of the State of Ceara, and one’s understanding of this social phenomenon will also help with an analysis of Brazil today. This work aims at grasping a particular political aspect in this federative state, encompassing late decades, and taking into account the “Tasso Era” as a new cycle of bourgeois hegemony: a historical detailed aspect of politics in the state that anticipates the neoliberal hegemony in Brazil. Leaning on Gramsci, the author approaches that bourgeois hegemonic cycle, considering its “methodological criterion”, to uncover the actual situation in the state as seen in late decades: an experimental period of economic and political modernization, supported by politics of a conservative nature, that gives bodily form to a historical epoch, namely, a conflicting convergence within Brazilian democratic process in the 80’s leading to the country’s insertion in the world of capital dominance seen in the following decades. Starting from a redefining of Gramsci’s theory of Hegemony and his categories of “hegemony”, “passive revolution”, “transformism” and “State”, the author develops a reflection about politics highlighting, not in an exclusive way, its instances of political processes, which allows one to configure the “Tasso Era” as a political, cultural and economic hegemonic cycle of major electoral force. Electoral alliances that were established by CIC’s entrepreneurial elite and give support to the “Tasso Era” are, therefore, the leading thread for this work. By means of research of documents and newspapers, the several electoral campaigns of the hegemonic cycle (1986, 1990, 1994 and 1998) are presented by the author, and the inner workings of alliances, the political-party behavior of representatives associated with the entrepreneurial elite and the resisting force of state political family groups were captured. It remains evident that the new elite is trying hard to present itself as a political option not only to backward sectors of the political spectrum but also to left-wing parties and social movements that once opposed it, thus consolidating its strength on growing supporting from oligarchic sectors that derive their power from local political tradition. The author analyses classical works, such as Faoro and Leal, as well as contemporary studies that have approached this general aspect of the political Brazilian reality. Therefore, the “Tasso Era” presents itself as a new hegemonic cycle that shaped itself from a “change from above” and renewed the political process in the state of Ceara and at the same time reestablished several elements of traditional politics: a new hegemonic cycle that promoted a reshape of forces within the dominant classes at a time of huge social mobilization. / A “Era Tasso” caracteriza um momento ímpar da história política do Ceará e sua compreensão como fenômeno social abre também as possibilidades para se pensar o Brasil contemporâneo. Este estudo busca captar a particularidade da política neste Estado federativo nas últimas décadas, considerando a “Era Tasso” como um novo ciclo de hegemonia burguesa: particularidade histórica da política cearense inserida em um processo de caráter nacional, antecipando a hegemonia neoliberal no Brasil. A partir de Gramsci toma-se este ciclo de hegemonia burguesa enquanto “critério metodológico” para desvelar a realidade cearense das últimas décadas: um período experimental de modernização econômica e política de caráter conservador que encarna uma época histórica, a da convergência contraditória do processo democrático brasileiro dos anos 1980 com a inserção do país na mundialização do capital nas décadas seguintes. A partir do resgate da teoria gramsciana da Hegemonia com as categorias de “hegemonia”, “revolução passiva”, “transformismo” e “Estado” desenvolve-se uma reflexão sobre a política, privilegiando, de modo exclusivo, seus momentos de processos eleitorais, o que permite configurar a “Era Tasso” como um ciclo de hegemonia político-cultural e econômica com extraordinária força eleitoral. As alianças eleitorais, estabelecidas pela elite empresarial do CIC que suporta a “Era Tasso”, são, assim, o fio condutor desse estudo. Através de pesquisa documental e de jornais, apresentam-se as várias campanhas eleitorais de todo o ciclo de hegemonia (1986, 1990, 1994 e 1998), captando a dinâmica de constituição das alianças, o perfil e o comportamento político-partidário dos deputados aliados eleitorais da elite empresarial, bem como a força resistente dos clãs familiares na política cearense. Resta evidente o esforço da nova elite em se constituir como alternativa política tanto aos setores mais atrasados da política, como aos partidos e movimentos sociais de esquerda que lhes fizeram oposição, consolidando sua força no apoio, cada vez mais, dos setores oligárquicos com forte poder na tradição política local. Para tanto, estabelece-se ainda um debate com autores clássicos, como Faoro (2001) e Leal (1997), e, ao mesmo tempo, com estudiosos contemporâneos que têm analisado esse aspecto geral da realidade política brasileira. A “Era Tasso”, enfim, aparece como um novo ciclo de hegemonia que se constituiu a partir de uma “transição pelo alto”, renovando a política cearense, ao mesmo tempo em que restabeleceu diversos elementos da política tradicional: um novo ciclo hegemônico que possibilitou uma recomposição de forças das classes dominantes em um momento de grande mobilização social.
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