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[en] POLICIES FOR THE EDUCATION OF CHILDREN IN BRAZIL IN THE YEARS 1950/1960 / [fr] POLITIQUES POUR LNULLÉDUCATION DE LNULLENFANT OU BRÉSIL AU COURS DES ANNÉES 1950-1960 / [pt] POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA NO BRASIL NOS ANOS 1950/1960ARISTEO GONCALVES LEITE FILHO 18 August 2008 (has links)
[pt] Esta tese tem como objetivo investigar o lugar da infância
e da Educação Infantil nas políticas de educação e saúde
elaboradas no período do desenvolvimentismo no Brasil
(1950/1960). Trata-se de uma pesquisa histórica que recorre
a aportes teóricos e metodológicos da história, sobretudo
da história cultural. A partir dos documentos encontrados
nos arquivos pesquisados, são tratadas questões atuais da
época estudada: a creche como um mal necessário; as
iniciativas públicas e privadas que originaram políticas de
educação para as crianças pequenas; a educação infantil
como direito da mulher trabalhadora; a educação das mães; o
papel do Estado nas iniciativas (campanhas, programas e
projetos) e a criação de órgãos públicos e propostas
destinadas à educação das crianças no Brasil, no período
estudado A pesquisa evidencia as tensões existentes nos
anos 1950/1960 em relação à criança e a sua educação fora
da família: liberação das mães para o trabalho versus o
desenvolvimento da criança; educação pré-primária
preparatória para o ensino primário versus educação pré-
primária com objetivo em si mesma; educação das crianças
pequenas como dever do Estado versus dever da família e da
sociedade; voluntariado (boa vontade) das pessoas nos
programas de assistência e proteção à infância versus
formação de educadoras (profissionalismo); educadora mãe
versus educadora formada; instituições de educação pré-
primária como continuação do lar versus espaço para o
desenvolvimento das crianças; a criança como centro do
trabalho nas creches e jardins- de-infância versus a
educadora, professora ou jardineira como centro do processo
educativo. / [en] This thesis aims at investigating how infancy and Early
Childhood Education fit in Education and Health
Policymaking in Brazil, from 1950 to 1960, the so-called
period of desenvolvimentismo This historical research
explores theoretical and methodological contributions,
mainly from cultural history. Based on the examination of
records and files of that period of time, some issues are
going to be dealt with, such as: the preschool as a
necessary evil; public and private initiatives that gave
origin to educational policies for small children; Early
Childhood Education as working women´s children right,
women´s right to education; the role of the State in
educational initiatives (campaigns, programs and projects);
and the creation of public organs and proposals destined to
children´s education in Brazil. This research highlights
the existing tensions in the years 1950/1960, as far as
children and their education outside home and family are
concerned, which are: mother´s access to work versus
child´s development; preschool education conceived as a
preparatory stage for primary school versus an educational
stage with an end in itself; children`s education as a duty
of the State versus a duty owed to the family and society;
volunteering (benevolent interest) needed in early
childhood care and protection programs versus
professionalism (educators` formation); the motherly
educator versus the professional educator; the preschool
institution seen as a substitute for home care versus the
space for children´s development; child-centered
educational process in preschools and kindergarten versus
the idea that the teacher or educator is at the center of
this process. / [fr] Cette thèse a pour objet d´étudier la place de l´enfant et
de l´éducation de l´enfant dans les politiques d´éducation
et de santé élaborées pendant la période dite du
desenvolvimentismo au Brésil (1950-1960). Il s´agit d´une
recherche de nature historique qui se fonde sur des
théories et des méthodologies propres à l´histoire, surtout
celles de l´histoire culturelle. A partir des documents
trouvés dans les archives consultées, on a analysé des
questions pertinentes à l´époque étudiée : la crèche comme
un mal nécessaire ; les initiatives publiques et privées
qui sont à l´origine des politiques d´éducation des petits
enfants ; l´éducation de l´enfant comme droit de la femme
qui travaille ; la formation des mères ; le rôle de l´Etat
dans les initiatives (campagnes, programmes et projets) et
la création d´organismes publics et de propositions
destinées à l´éducation des enfants au Brésil, durant la
période étudiée. La recherche met en évidence les tensions
existantes dans les années 1950-1960 quant à l´enfant et à
son éducation hors de la famille : la libération de la mère
pour le travail opposée au développement de l´enfant ;
l´école maternelle préparant à l´enseignement primaire
opposée à l´école maternelle comme fin en soi ; l´éducation
des petits enfants comme devoir de l´Etat opposée au devoir
de la famille et de la société ; le volontariat (bénévolat)
des personnes dans les programmes d´assistance et de
protection de l´enfance opposé à la formation d´éducatrices
(professionalisme) ; la mère éducatrice opposée à
l´éducatrice diplômée ; les écoles maternelles comme
continuation du foyer opposées à un espace propre au
développement de l´enfant ; l´enfant comme centre d´intérêt
dans les crèches et les jardins d´enfants opposé à
l´éducatrice, institutrice ou jardinière comme point de
départ du processus éducatif.
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[pt] BEBÊS E LIVROS: RELAÇÃO, SUTILEZA, RECIPROCIDADE E VÍNCULO / [fr] BÉBÉS ET LIVRES: RELATION, SUBTILITÉ, RÉCIPROCITÉ ET LIENMARIA NAZARETH DE SOUZA SALUTTO DE MATTOS 19 March 2018 (has links)
[pt] Esta tese, Bebês e livros: relação, sutileza, reciprocidade e vínculo, busca compreender especificidades da relação dos bebês no encontro com os livros. Que itinerários percorrem até o encontro com este objeto? Que elementos convidam, provocam o bebê a essa interação? O que os gestos e ações dos bebês revelam, desvelam sobre seus modos de receber e compreender este artefato da cultura? Indagações que subjazem à premissa de que o bebê atua sobre objetos e situações a partir de sua condição de pessoa. A relação, tomada como princípio, assume a sutileza como fio que tece convites, abertura para o acolhimento dos diferentes itinerários de cada bebê no seu processo de imersão no mundo, para o qual o bebê se dá em pequenas doses. A pesquisa foi realizada em uma creche filantrópico-conveniada, da zona sul da cidade do Rio de Janeiro. A primeira parte da tese versa sobre essas considerações na construção das categorias bebês, relação, sutileza, reciprocidade e vínculo. Categorias que orientam a segunda parte da pesquisa, na qual se desdobram reflexões sobre as ações dos bebês com as outras pessoas – bebês e adultos – e com os livros. Ações construídas e observadas a partir da proposta de cenários literários que envolveram objetos – livros, tecido, câmera fotográfica –, e as pessoas da pesquisa. Os itinerários relacionais dos bebês apontam para uma relação subversiva com o livro, que se coaduna com os movimentos inaugurais, espontâneos, marcados pela força dos gestos que põem o livro al dente; do livro que instiga jogo a partir de sua materialidade – abre-fecha-abre-fecha –, dos brinquedos com a língua; da reciprocidade e do vínculo que se desdobram a partir das relações e interações entre pessoas e livros. Especificidades que convidam a refletir sobre o antes, sobre gestos e movimentos que despontam possível gênese da descoberta do livro pelo bebê. A partir dessa relação, o livro revela-se como matéria e materialidade fora do lugar ordenado, sacralizado que, por vezes, ocupa institucional e socialmente, levando-o a ser alterado, modificado, atualizado a partir da força transformadora do bebê. Faces e interfaces geracionais que se fiam na sutileza, na reciprocidade, no vínculo, confirmando a relação como princípio. Os estudos da Filosofia Antropológica de Martin Buber, da Psicologia e Psicanálise de Donald W. Winnicott compõem o tecido sob o qual tece, fia, se desfia, se fabula sobre bebês e livros. / [fr] Cette thèse, Bébés et livres: relation, subtilité, réciprocité et lien cherche à comprendre des spécificités de la relation des bébés dans sa rencontre avec les livres. Quels chemins trace-t-il jusqu à la rencontre de cet objet? Quels éléments invitent, attirent le bébé à cette interaction? Quelles manières de recevoir et de comprendre cet artefact de la culture sont révèlées et dévoilées par les gestes et les actions des bébés? Questions qui sont soumises à la prémisse que le bébé agit sur des objets et des situations à partir de son statut de personne. La relation prise comme principe nécessite de subtilité comme d un fil qui tisse des invitations, ouverture pour accueillir des différents itinéraires de chaque bébé dans son processus d immersion dans le monde, pour lequel le bébé est donné à petites doses. La recherche a été réalisée dans une crèche philanthropique-convenue, situé dans la zone sud de la ville de Rio de Janeiro. La première partie de la thèse traite de ces considérations pour la construction des catégories bébés, relation, subtilité, réciprocité et lien. Celles qui guident la deuxième partie de la recherche, dans laquel les réflexions se déroulent sur les actions des bébés envers d autres personnes - bébés et adultes - et des livres. Actions construites et observées à partir de la proposition de scénarios littéraires impliquant des objets - livres, tissu, caméra, - et les participants à la recherche. Les itinéraires relationnels des bébés pointent vers une relation subversive avec le livre qui s inscrit dans les mouvements inauguraux, spontanés, marqués par la force des gestes dont ils prennent le livre aux dents; du livre qui incite à jouer à partir de sa matérialité - ouvrir-fermer-ouvrir-fermer - jeux et jouets avec la langue; de la réciprocité et du lien qui se déroulent à partir des relations et interactions entre les gens et les livres. Des spécificités qui invitent à réfléchir sur l avant, sur des gestes et des mouvements qui pointent vers une possible genèse de la découverte du livre par le bébé. A partir de cette relation le livre se révèle comme matière et matérialité, au-delà de la place ordonnée et sacralisée qui, parfois, occupe à la fois institutionnellement et socialement, en devenant un objet à être modifié, actualisé par la puissance de transformation du bébé. Faces et interfaces générationnelles qui se tissent en subtilité, réciprocité, lien, misant en evidence la relation en tant que principe. Les études de la Philosophie Anthropologique de Martin Buber, la Psychologie et la Psychanalyse de Donald W. Winnicott composent le tissu où on enfile, désenfile, fabule sur bébés et les livres.
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