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[pt] A UNIDADE DOS SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO: CAMINHO DE RENOVAÇÃO PASTORAL A PARTIR DO CONCEITO DE MYSTÉRION / [it] L UNITÀ DEI SACRAMENTI DELL INIZIAZIONE: CAMMINI DI RINNOVAMENTO PASTORALE DAL CONCETTO DI MYSTÉRION

ELZA FERREIRA DA CRUZ 12 May 2023 (has links)
[pt] O objetivo desta dissertação é discutir a necessidade da recuperação teológico-pastoral do sentido unitário dos três sacramentos da Iniciação à Vida Cristã, como caminho de renovação pastoral, a partir da compreensão dos sacramentos como mystérion. Diante de um mundo que vive uma ‘crise de sentido,’ com as relações fragmentadas e uma consciência predominantemente autorreferencial e individualizante, e ao mesmo tempo busca um retorno ao sagrado, através de espiritualidades sensibilizantes, o cristianismo tem muito o que oferecer à humanidade: o senso de comunhão, de unidade na diversidade. Atendendo à convocação do Magistério de Francisco, que convida a pastoral a uma conversão em estado permanente de missão, os pastoralistas apontam que a inspiração catecumenal é um caminho renovador para iniciar na vida cristã. Iniciar é formar o cristão na sua integralidade, o que requer novos processos de transmissão da fé com um itinerário mistagógico que una Palavra, celebração e se desdobre em atos na comunidade eclesial e na existência mundana. Como passo fundamental, é necessário uma nova relação entre catequese e sacramentos, a partir da recuperação do sentido pleno dos sacramentos como espaço de realização da história salvífica. Fizemos um percurso em três capítulos, começando com uma análise das reflexões apresentadas pela Igreja sobre a Iniciação à Vida Cristã no Magistério de Francisco, nos documentos 107 da CNNB e no Novo Diretório para Catequese de 2020. A ótica presente nesse primeiro capítulo nos conduziu à necessidade de realizar, no segundo capítulo, um discernimento através de uma abordagem histórica do sentido unitário dos sacramentos de Iniciação cristã a partir do conceito de mystérion. Os primeiros cristãos testemunham que Cristo visibiliza o mistério e compreendem as ações de Cristo, da Igreja e de suas ações celebrativas como mistérios. Nessa relação, batismo, unção e eucaristia formam um conjunto unitário, iniciar-se era celebrar porque o celebrar era mergulhar na ação de Deus, na história para salvação dos homens, e na nova vida cristã numa dinâmica triunitária. Ao longo da história, essa relação sacramentos-mistério, unidade dos três sacramentos, foi se fragmentando com consequências no campo pastoral, na imagem de Deus, na forma de se vivenciar os atos celebrativos como ‘coisas’ separadas da vida. O Movimento Litúrgico, a teologia sacramental do século XX, desembocam no Concílio Vaticano II, que recupera o conceito de Igreja Mistério, iluminando o ser sacramental da Igreja e ressignificando o sentido dos sete sacramentos. O Concílio pede também a recuperação do catecumenato, a revisão da crisma, em vista da unidade entre os sacramentos, além de expressar a centralidade da eucaristia. Esse caminho iniciado no Concílio continua sendo construído e, assim, no terceiro capítulo buscamos evidenciar a importância da recuperação pastoral e teológica da unidade dos três sacramentos e, dentro dessa ótica, apontar um caminhar juntos, para renovação pastoral que leve a efetivas mudanças na vida eclesial, na construção de uma cultura eucarística a fim de contribuir para desenvolver uma sociedade fraterna, na qual o cristão possa viver do que celebra. / [it] L obiettivo di questa dissertazione è proprio discutere la necessità della ripresa di una teologia pastorale in senso unitario, attraverso i tre sacramenti dell iniziazione cristiana, come un percorso di rinnovamento pastorale dalla comprensione dei sacramenti come mystérion. Di fronte a un mondo che ci si trova in una crisi esistenziale, senza un senso, con dei rapporti in frammenti, una coscienza prevalentemente autoreferenziale e individualista, la quale tramite la spiritualità prova di avvicinarsi al sacro, il cristianesimo ha molto da offrire all umanità: il senso della comunione, l unità nella diversità, ecc. Accogliendo il richiamo del magistero di Papa Francesco, il quale invita la pastorale a una conversione in modo permanente di missione, i pastoralisti segnano che l inspirazione catecumenale è um cammino di rinnovamento da iniziare nella vita cristiana. Iniziare significa formare il cristiano di maniera integrale, il che richiede dei nuovi processi per trasmettere la fede con una via mistagogica che sia condotta dalla Parola alla celebrazione e si allarga nei gesti dentro la comunità ecclesiale e fuori d essa. È imprescindibile che ci sia un nuovo rapporto tra la catechesi e i sacramenti attraverso il pieno recupero dei sacramenti come posto per la realizzazione della salvezza. Abbiamo fatto un percorso in tre capitoli, incominciando con l analisi sulle riflessioni presentate dalla Chiesa riguardo l Iniziazione alla Vita Cristiana nel magistero di Francesco, nei documenti 107 della CNNB e nel Nuovo Direttorio per la catechesi 2020. Il punto di vista presentato nel capitolo primo ci há condotto a realizzare, nel capitolo secondo, un discernimento tramite un approccio storico di senso unitario dei sacramenti dell Iniziazione cristiana secondo la definizione di mystérion. I primi cristiani testimoniano che Cristo consente il mistero e comprende le azioni di Cristo, della chiesa e i gesti delle celebrazioni come misteri. In questa relazione il battesimo, l unzione e l eucaristia formano un insieme unitario. Iniziare significava celebrare, perché festeggiare era immergersi nell azione di Dio, nella storia per la salvezza degli uomini, e anche nella nuova vita cristiana composta da una dinamica trinitaria. Iniziare significa addentrare in una nuova esistenza, in una storia di un Dio che è Padre, figlio e Spirito Santo, in una connessione tra celebrare ed esistere. Nel corso della storia la relazione tra sacramento e mistero, unità dei tre sacramenti, è stata frammentata con delle conseguenze nell ambito della pastorale, nell immagine di Dio, e nel modo di vivere le celebrazioni come qualcosa staccata dalla vita. Il movimento liturgico, la teologia sacramentaria del XX secolo sboccano nel Concilio Vaticano II, il quale riprende la definizione del Mistero della Chiesa, chiarendo l essere sacramentario della chiesa e portando nuovo significato ai sette sacramenti. Il Concilio richiede ancora il recupero del catecumenato, la riforma della Cresima riguardo i sacramenti, inoltre esprimere la centralità dell eucaristia. Il percorso, iniziato nel Concilio, continua a essere costruito e così al capitolo terzo evidenziamo l importanza del recupero della pastorale, dell unità dei sacramenti, del camminare insieme, sinodale, per il rinnovamento della pastorale che ci porti cambiamenti efficaci nella vita ecclesiale, nella costruzione di una cultura eucaristica con l obiettivo di sviluppare una società fraterna, in cui i cristiani possano vivere quello che celebrano.

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