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[pt] O EFEITO DE DIFERENTES INVESTIDORES DE VENTURE CAPITAL NO DESEMPENHO DE STARTUPS EM ESTÁGIO INICIAL NOS EUA E BRASIL / [en] THE EFFECTS OF DIFFERENT VENTURE CAPITAL INVESTORS ON EARLY-STAGE VENTURES PERFORMANCE IN THE UNITED STATES AND BRAZILRAONI ARRUDA BACELAR DA SILVA 22 May 2023 (has links)
[pt] A indústria de Capital de Risco tem recebido atenção significativa de
formuladores de políticas, investidores e empreendedores em todo o mundo devido
à sua história de sucesso em mercados desenvolvidos, especialmente nos Estados
Unidos. No entanto, sua implementação em países em desenvolvimento enfrenta
desafios que levam os investidores a se adaptar, especialmente nos estágios iniciais
e mais arriscados. Nesses segmentos, outros investidores, como Anjos,
Aceleradoras e Corporate Venture Capital (CVC), tornam o ambiente mais
competitivo, fornecendo mais opções para empreendedores que buscam capital. No
entanto, a literatura ainda não aborda os efeitos que esses investidores de diferentes
perfis têm em suas startups investidas. O paradigma da escada financeira, que
implica que os IVCs atuam apenas em estágios avançados, ainda está presente, mas
isso tem mudado na última década nos Estados Unidos e mais recentemente no
Brasil. Nesta tese, examinamos os efeitos de diferentes investidores em startups em
estágios iniciais nos Estados Unidos e no Brasil por meio de três artigos de pesquisa
relacionados. No primeiro artigo, realizamos uma revisão sistemática da literatura
de CVC de 2005 a 2019, identificando mecanismos impulsionadores e efeitos em
empreendimentos investidos. Isso fornece uma compreensão mais ampla dos
múltiplos fatores que influenciam a relação entre investidores e empreendimentos,
as diferenças nos perfis e incentivos de diferentes tipos de investidores de VC e
como eles influenciam os empreendimentos. Este artigo também revela tendências
e lacunas na literatura que orientam os artigos seguintes. No segundo artigo,
investigamos os efeitos comparativos e conjuntos dos principais tipos de
investidores de VC (IVC, CVC, Grupo de anjos e Aceleradoras) em 13.098
empreendimentos em estágios iniciais que receberam sua primeira rodada de
investimento nos Estados Unidos de 2005 a 2016. Os resultados mostram que
empreendimentos em estágios iniciais apoiados por IVCs alcançaram melhores
resultados do que seus pares em todos os objetivos de estágios iniciais,
contradizendo o efeito de marco esperado de investidores como Grupos de anjos
e Aceleradoras e levantando questões sobre a validade de alguns aspectos do
paradigma da escada financeira. No terceiro artigo, focamos nos resultados de
1.937 empreendimentos de estágio inicial que receberam seu primeiro investimento
no Brasil entre 2000 e setembro de 2022. Examinamos empreendimentos apoiados
por IVCs, CVCs, Anjos e Aceleradoras, e os resultados indicam diferenças
significativas em relação aos EUA. No Brasil, os IVCs não apresentaram presença
tão marcante como nos EUA, e o desempenho positivo esperado foi observado
apenas em empreendimentos apoiados por IVCs altamente experientes. Além disso,
os Anjos apresentaram o melhor desempenho para objetivos específicos de estágio
inicial. No geral, nossa análise dos dois mercados demonstra diferenças
significativas nos efeitos dos investidores de VC sobre o desempenho de
empreendimentos de estágio inicial. O modelo de investidor IVC demonstra
superioridade em relação aos seus pares no mercado americano, enquanto no Brasil,
outros investidores também se destacam, especialmente Anjos. Essas diferenças
podem ser devido a fatores no ambiente econômico local, moldando os perfis dos
investidores e influenciando a maneira como eles operam no país. / [en] The Venture Capital industry has gained widespread attention from
policymakers, investors, and entrepreneurs worldwide due to its success history in
developed markets, particularly in the United States. How ever, its implementation
in developing countries faces challenges that drive investors to adapt, particularly
in the earliest and riskiest stages. In these segments, other investors, such as Angels,
Accelerators, and Corporate Venture Capital (CVC), make the environment more
competitive, providing more options to entrepreneurs seeking capital. Nevertheless,
the literature still fails to address the effects these investors of different profiles
have on their invested startups. The finance escalator paradigm, implying that
IVCs only act in advanced stages, is still present, but this has been changing in the
last decade in the US and more recently in Brazil. In this thesis, we examine the
effects of different investors on early-stage startups in the US and Brazil through
three related research articles. In the first article, we conduct a systematic review of
the CVC literature from 2005 to 2019, identifying driving mechanisms and effects
on invested ventures. This provides a broader understanding of the multiple factors
influencing the relationship between investors and ventures, the differences in
profiles and incentives of distinct types of VC investors, and how they influence
ventures. This article also reveals trends and gaps in the literature that guide the
following articles. In the second article, we investigate the comparative and joint
effects of the main VC investor types (IVC, CVC, Angel Group, and Accelerator)
on 13,098 early-stage ventures that received their first investment round in the US
from 2005 to 2016. The results show that early-stage ventures backed by IVCs
achieved better results than their peers in all early-stage goals, contradicting the
milestone effect expected from investors like Angel Groups and Accelerators and
raising questions on the validity of some aspects of the finance escalator
paradigm. In the third article, we focus on outcomes for 1,937 early-stage ventures
that received their first investment round in Brazil between 2000 and September
2022. We examine ventures backed by IVCs, CVCs, Angels, and Accelerators, and
the results indicate significant differences from the US. In Brazil, IVCs have not
shown a pervasive presence as in the US, and the expected positive performance
was only true for ventures backed by highly experienced IVCs. Additionally,
Angels revealed the best performance for specific early-stage goals. Overall, our
analysis of the two markets demonstrates significant differences in the effects VC
investors have on the performance of early-stage ventures. The IVC model investor
demonstrates superiority over its peers in the American market, while in Brazil,
other investors also stand out, especially Angels. These differences may be due to
factors in the local economic environment, shaping investors profiles and
influencing the way they operate in the country.
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[pt] O PAPEL DA INOVAÇÃO ABERTA NA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA / [en] THE ROLE OF OPEN INNOVATION IN THE ENERGY TRANSITIONHUDSON LIMA MENDONCA 13 April 2020 (has links)
[pt] A transição energética se põe como um dos grandes desafios de nosso
tempo. Até 2050 são previstos mais de 13 trilhões de dólares de investimentos só em
energia elétrica, sendo 77 por cento em fontes renováveis. Nesse contexto o paradigma das
inovações abertas deve exercer um papel fundamental, reduzindo os custos das
tecnologias atuais, criando novos mercados e remodelando os existentes através da
interação dos cinco principais atores desse processo: universidades, corporações,
governos, empreendedores e capitalistas de risco. No nosso primeiro artigo,
mostramos a importância da interação desses três primeiros atores ao redor de
políticas públicas orientadas às missões. Construímos um framework capaz de
endereçar as melhores práticas desse tipo de política quando estas são aplicadas à
transição energética. No segundo, buscamos identificar os padrões que levaram
startups de energia ao sucesso ou ao fracasso o longo dos últimos 20 anos.
Descobrimos que os modelos de negócio, os valores investidos e o perfil dos
investidores exerceram um papel fundamental nestas trajetórias. Por fim, dada a
relevância da relação entre startups e corporações na transição energética,
analisamos no terceiro artigo o papel do corporate venture capital (CVC) ao longo
dos últimos 25 anos e identificamos a existência de uma quinta onda de CVC, que
possui notáveis particularidades e que leva as unidades de CVC ao centro
estratégico de inovação das corporações modernas. De modo geral concluímos que
todos os cinco principais atores possuem papeis distintos, mas fundamentais, na
transição energética. / [en] The energy transition is one of the most significant challenges of our time.
By 2050, more than 13 trillion of dollars of investments are expected in the electricity
sector, with 77 percent from renewable sources. In this context, the open innovation
paradigm should play a key role in reducing the costs of current technologies,
creating new markets and reshaping the existing ones through the interaction of the
five main stakeholders in this process: universities, corporations, governments,
entrepreneurs and venture capitalists. In the first article, we show the importance of
the interaction of the first three actors around mission-oriented public policies. We
build a framework that can address the best practices of this type of policy when
applied to the energy transition context. In the second, we seek to identify the
patterns that have led energy startups to success or failure over the past 20 years.
We find that business models, invested values, and investor profiles play a key role
in these trajectories. Finally, considering the relevance of the relationship between
startups and corporations during the energy transition, we analyzed in the third
article the role of corporate venture capital (CVC) over the last 25 years and we
recognize the fifth wave of CVC, which has many particularities and drives the
CVC units to the innovation s strategic center of modern corporations. Overall, we
conclude that all these main five stakeholders have a distinct but fundamental role
in the energy transition.
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