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[en] INCOME AND CONSUMPTION INEQUALITY OVER TIME: A COHORT ANALYSIS USING BRAZILIAN HOUSEHOLD DATA / [pt] EVOLUÇÃO DA DESIGUALDADE DE RENDA E CONSUMO ENTRE FAMÍLIAS NO BRASIL: UMA ANÁLISE DE COORTE

SERGIO PINHEIRO FIRPO 10 November 2009 (has links)
[pt] Este trabalho apresenta os dados de desilgualdade, entre as famílias, da renda, dos rendimentos do trabalho e do consumo de bens não duráveis, a partir dos microdados da PNAD [Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios] (Brasil, de 1976 a 1997) e da POF [Pesquisa de Orçamentos Familiares] (regiões metropolitanas 1987-88 e 1995-96). Para os dados da PNAD obtêm-se, a cada ano, índices de theíl da renda e da renda do trabalho para grupos de famílias com chefes nascidos ao mesmo ano e com a mesma escolaridade. Para a POF, obtêm-se esses índices para essas duas variáveis e para consumo, para famílias nascidas na mesma década e com a mesma escolaridade. Com os dados da POF, analisa-se a evolução temporal da desigualdade de consumo, a qual tende a ser um indicador bem mais fiel, do que a desigualdade de renda, da disparidade permanente de recursos disponíveis e de bem estar entre famílias. Segundo a hipótese de renda permanente, espera-se que a desigualdade de consumo para uma mesma coorte cresça com o tempo. Caso haja impedimentos à validade dessa hipótese, tais como consumidores prudentes (motivo precaução para a poupança), ou restrição de crédito, a desigualdade de consumo passa a depender da evolução da distribuição de rende e de rendimentos do trabalho, podendo, então, crescer ou não com o tempo. / [en] This thesis presents income, earnings and consumption inequality data among Brazilian families. Those data were generated from two different sources: PNDA’s (National Household Survey) micro data for Brazil from 1976 to 1997 and POF’s (Household Expenditures Survey) micro data for the Brazilian metropolitan areas in 1987/88 and 1995/96. Theil’s indexes for family income and earnings among families headed by individuals with same age and educational level were calculated from the PNAD’s data for each year. The same procedure was used for POF’s data, but measures of consumption inequality were also done. From PNAD’s data, one can identify the part of inequality that is explained by age, cohorts, and time effects. The same sort of hypothesis tha Deaton and Paxson (1994) used to identify those three different effects was applied in this current work. In general, the consumption inequality tends to be a more accurate estimator of the permanent disparity of resources and of well being among families than the income inequality is. Therefore, calculations of consumption inequality were held using POF’s data. According to the permanent income hypothesis (PIH), one should expect that the consumption inequality among families of the same cohort grows as time evolves. In the case that there are some constraints to the PIH, as prudent consumers or credit constraints, the consumption inequality stars depending on the temporal evolution of income and earnings distribution, which allows that consumption inequality does not grow with time.
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[en] THREE ESSAYS ON MACROECONOMICS / [pt] TRÊS ENSAIOS EM MACROECONOMIA

ANDRE DE QUEIROZ BRUNELLI 18 March 2021 (has links)
[pt] Esta tese é composta por três ensaios. Os dois primeiros investigam a relação entre a renda per capita das famílias e as frações dos gastos setoriais, tanto em séries temporais quanto em cross-section nos EUA do pós-guerra. O primeiro usa uma abordagem parcial para estimar o aumento da dispersão do consumo (renda) e os efeitos de renda nos EUA de 1980 a 2010. Mostramos que os efeitos da renda são heterogêneos entre as famílias agrupadas por quintis de renda e, em seguida, a dispersão do consumo é correlacionada com as duas principais forças de transformação estrutural (efeitos de preço e renda) na contabilização da magnitude de transformação estrutural nas partes das despesas de consumo nos EUA durante esse período. O segundo estende um modelo canônico de Bewley-Aiyagari em tempo contínuo incorporado a um ambiente de dois setores para representar quantitativamente três regularidades empíricas nos EUA do pós-guerra (o preço relativo dos bens cai e a parcela de gastos dos produtos cai sistematicamente com a renda per capita, tanto em séries temporais quanto no cross-section) sem se afastar das preferências padrão Stone-Geary. Avaliamos a importância de mudanças na renda e nos preços relativos para mudanças estruturais nas parcelas dos gastos de consumo nos EUA do pós-guerra e concluímos que são forças equivalentes. Reforçamos que a conciliação dessas três principais regularidades empíricas nos EUA do pós-guerra exige uma teoria do crescimento que acomode a demanda de longo prazo e forneça fatores de mudança estrutural. Finalmente, o terceiro ensaio usa um conjunto de dados de painel exclusivo com registros administrativos em nível individual de transações de crédito, benefícios do programa, demografia individual e características de contratos de trabalho para estudar como os consumidores respondem a um choque de liquidez decorrente de liberações de saques de contas inativas do Fundo de Garantia por tempo de serviço (FGTS) no Brasil em 2017. Usando um design de identificação de diferenças entre diferenças, encontramos um aumento no consumo e uma dívida total diminuída após o anúncio: durante até doze meses subsequentes, para cada USD 1 de benefício do programa, os consumidores a média aumentaram os gastos de consumo em USD 0,53 - 25 porcento dos quais ocorrem durante a janela de anúncio - e a dívida total diminuiu em USD 0,07, especialmente em dívidas de folha de pagamento. A resposta ao consumo ocorreu principalmente por meio de gastos com cartão de crédito, mas também foram encontradas evidências de bens duráveis financiados por dívida. Os consumidores endividados usaram liquidez de curto prazo nas modalidades de dívida (cheque especial e dívida com cartão de crédito), além dos gastos com cartão de crédito para suavizar consumo. Consumidores restritos, medidos como jovens ou idosos, mostraram respostas mais fortes ao consumo. / [en] This thesis is comprised of three essays. The first two investigate the relationship between households per capita income and sectoral expenditure shares both in times series and in cross-section in the postwar US. The first uses a partial approach to estimate the rise of consumption (income) dispersion and income effects in the US from 1980 to 2010. We show that income effects are heterogeneous across households grouped by income quintiles and then consumption dispersion correlates the two main driving forces of structural change (price and income effects) in accounting for the magnitude of structural change in the shares of consumption expenditure in the US over this period. The second extends a canonical Bewley-Aiyagari model in continuous time embedded with a two-sector environment to depict quantitatively three empirical regularities in the postwar US (relative price of goods falls and expenditure shares of goods falls systematically with per capita income, both in times series and in cross-section) without departing from benchmark Stone-Geary preferences. We assess the importance of changes in income and relative prices for structural change in the shares of consumption expenditure in the postwar US and conclude they are nearly equivalent forces. We reinforce that reconciling these three main empirical regularities in the postwar US calls for a growth theory that accommodates long-run demand and supply drivers of structural change. Finally, the third essay uses a unique panel dataset with individual-level administrative records of credit transactions, program benefits, individual demographics and features of labor contracts to study how consumers respond to a liquidity shock arising from withdrawals releases from inactive accounts of the Guarantee Fund for Time of Service (FGTS) in Brazil in 2017. Using a difference-in-differences identification design, we find consumption rose and total debt declined after the announcement: during up to twelve subsequent months, for each USD 1 of program benefit, consumers on average increased consumption spending by USD 0.53 - 25 percent of which occurs during the announcement window - and total debt declined by USD 0.07, specially in payroll debt. Consumption response occurred mostly via credit card spending, but evidence of debt-financed durables was also found. Indebted consumers used short-term liquidity in debt modalities (overdraft debt and credit card debt) in addition to credit card spending to smooth consumption. Constrained consumers, measured as young or old, showed stronger consumption responses.

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