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[en] AT THE EDGE OF LANGUAGE: REREADING SUBALTERNITY THROUGH MISRECOGNITION AND SINTHOME / [pt] NA BORDA DA LINGUAGEM: RELENDO A SUBALTERNIDADE COMO FALHA NO RECONHECIMENTO E SINTOMA

LARA MARTIM RODRIGUES SELIS 07 August 2020 (has links)
[pt] A presente tese parte do diagnóstico de Gayatri Spivak sobre a subalternidade. Mais especificamente, os capítulos 2 e 3 tomam a conclusão de Spivak sobre a incapacidade de falar do subalterno como seu centro de gravidade, ao redor do qual orbitam as problematizações teóricas, articulações conceituais, críticas e argumentos. De forma geral, a tese acompanha a proposição de Spivak, de modo que não é sua intenção provar tal diagnóstico errado. No entanto, é um dos objetivos da tese demonstrar como tal diagnóstico pode estar incompleto. Nesse sentido, o capítulo 3 questiona se o conceito de subalternidade expressa uma forma de vida moderna/colonial que pode ser identificada apenas pela marca da exclusão na arena simbólica. Com tal problematização, o argumento da tese busca distanciar-se das análises que lêem a problemática do subalterno através de lentes estritamente epistemológicas, propondo, em seu lugar, um giro ontológico capaz de apreciar a experiência de indeterminação. A fim de construir esse giro, a tese articula os estudos subalternos com contribuições advindas da psicanálise Lacaniana. Assim, a partir dos conceitos de Lacan, o capítulo 4 busca encontrar uma gramática capaz de interpretar o subalterno em duas dimensões diagnósticas: como perda da experiência e como experiência da perda. Portanto, para dar conta da primeira dimensão, a tese realiza uma releitura da teoria Lacaniana da foraclusão em conjunto com as reflexões dos Estudos Subalternos. Em segundo lugar, relativo à leitura da última dimensão, a experiência da perda, a tese mobiliza um engajamento crítico com as conceituações de Lacan sobre o registro do Real, com foco nas suas operações no campo da teoria das pulsões, as quais aparecem no texto através das discussões sobre o retorno invertido do real, sobre a dessublimação e a travessia do fantasma. O capítulo 5, por sua vez, combina as preocupações teóricas da tese com exemplos concretos, sentidos e contextos históricos na América Latina. Em particular, o capítulo 6 enfatiza uma análise do caso das trabalhadoras pobres e racializadas, cujas experiências políticas estão relacionadas às duas dimensões do diagnóstico da perda mencionadas acima. A função desse momento final é, portanto, acionar uma contribuição analítica que traga aplicação histórica à gramática conceitual proposta e apresentada pelos capítulos iniciais da tese. / [en] This dissertation starts with Gayatri Spivak s diagnosis on the subaltern. More specifically, in Chapters 2-3, Spivak s conclusion about the subaltern disability to speak becomes a sort of gravity center around which orbitate theoretical problematizations, conceptual articulations, critiques and argumentative proposals. In many degrees, this dissertation follows Spivak s proposition, in that it does not intend to prove Spivak s diagnosis wrong. It does aim, however, to show how such diagnosis is incomplete. In that sense, Chapter 3 questions whether the subaltern translates a life form of the modern/colonial system that can only be demarcated by its exclusion from the symbolic arena. With this problematization, the general objective is to move away from a strictly epistemological take on the subaltern problematique towards an ontological turn capable of appreciating the experience of indeterminacy as having an ontological status of its own. In order to construct that turn, the dissertation articulates subaltern studies with Lacanian psychoanalysis contributions. Drawing in Lacan s concepts, chapter 4 tries to find a grammar capable to interpret both the subaltern s expulsion from experience and the subaltern s experiences of denial. Hence, while that first level of interpretation is accomplished through a rereading of Lacan s theory of foreclosure along with subalternalists reflections, the second one is sustained by a critical engagement with Lacan s conceptualizations around the register of Real and its operations as drives - generally related with inverted returns, desublimation, and crossing of fantasy. The Chapter 5 combines such theoretical preoccupation with concrete examples, meanings, and historical contexts related to Latin America reality. In particular, Chapter 6 focus in the case of female workers, which points towards political dynamics that embrace the diagnoses of loss mentioned above. The role of this final moment is to bring an analytical piece capable of offering a historical application of the conceptual grammar about the subaltern as it was developed along the previous chapters of the dissertation.

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