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[en] MEDIA AND SELF EXTERNALIZATION: INTIMITY EXHIBITION AND CULT OF BODY IN FORMATION OF CONTEMPORANY SUBJECTIVES / [pt] MÍDIA E EXTERIORIZAÇÃO DO SELF: EXPOSIÇÃO DE INTIMIDADE E CULTO AO CORPOBRUNO THEBALDI DE SOUZA 06 September 2018 (has links)
[pt] Entende-se, aqui, o complexo processo de formatação das subjetividades contemporâneas a partir de dois fenômenos principais, os quais são observados não de forma isolada, mas em concomitância, isto é, ocorrendo ao mesmo tempo, sem que se anulem. Ao contrário, os dois se somam. São eles: a exibição de particularidades da vida dita privada nos meios de comunicação, em especial nas redes sociais da Web em sua fase 2.0, como Facebook, Twitter, Instagram e YouTube, a qual podemos aludir como exposição de intimidade, e a crescente e desenfreada preocupação com a obtenção do chamado corpo perfeito, em geral associado, nas narrativas midiáticas, ao porte torneado ou musculoso, fomentando o movimento conhecido como culto ao corpo. Na tentativa de encontrar proximidades, afastamentos e ambiguidades entre o atual modelo de subjetividade predominante, que começou a emergir a partir de meados do século XX, e o anterior, em voga, sobretudo, entre os séculos XIX e primeira metade do XX, esta tese de doutorado coteja dois momentos históricos distintos. Para tanto, a opção foi analisar o discurso de periódicos nacionais, de grandes e pequenas cidades, situado nesses dois recortes temporais. Dessa investigação, a conclusão foi a de que, ao contrário do que alega a maioria dos estudos sobre o tema, a força da exteriorização, tão marcante aos dias atuais, também já estava presente e se fazia sentir no modelo subjetivo de antes, ainda que atuasse de modo diferente: se hoje o predomínio é o da exteriorização ativa, quando o próprio indivíduo expõe a si mesmo, anteriormente o mais observado era o que batizamos de exteriorização passiva, quando o indivíduo é exteriorizado por terceiros, às vezes sem o seu consentimento ou sapiência. Igualmente os objetivos almejados com a exteriorização cambiaram de um momento a outro: no século XIX e primeira metade do XX, buscava-se, notadamente, constranger e/ou envergonhar o outro, especialmente pela difusão de comportamentos considerados desviantes ou inapropriados à moral da época; agora, por sua vez, procura-se, sobre todas as coisas, a captura do olhar do outro, ser visto, o que ascende o sentimento de prestígio social. / [en] It is understood, here, the complex process of formatting of the contemporary subjectivities from two main movements, observed not in isolation manner, but in concomitance, that is, both occurring at the same time, without being annulled. On the contrary, add up each other. They are: the exhibition of particularities of private life in the media, especially in the social networks from the Web 2.0, such as Facebook, Twitter, Instagram and YouTube, which is alluded as exhibition of intimacy, and the growing and unbridled preoccupation with obtaining the so-called perfect body, usually associated, in the mediatic narratives, with the turned or muscular body, fomenting the movement known as cult of the body. In an attempt to find closeness, distanceness and ambiguitiess between the current predominant model of subjectivity, which began to emerge from the mid-twentieth century, and the past, in vogue, especially between the nineteenth and first half of the twentieth century, this PhD thesis matches two different historical moments. For that, the option was to analyze the discourse of Brazilian periodicals, of large and small cities, located in these two temporal cuts. From this investigation, the conclusion was that, contrary to most of the studies defend, the force of externalization, so striking to present days, was already present and felt in the previous subjective model, even though acting differently: if today the predominance is that of active exteriorization, when the individual exposes himself, before the most often observed was what we call passive exteriorization, when the individual is externalized by others, sometimes without your consent or wisdom. Likewise, the goals of exteriorization have changed from the first moment to the next: in the nineteenth and first half of the twentieth, the aim was to embarrass the other, especially through the diffusion of behaviors considered deviant or inappropriate to the moral of the age; now, in turn, it
searches for, above all, capture the look of the other, to be seen, which ascends the sense of social prestige.
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